Marcas podem investir na cultura, patrocinar, criar plataformas culturais, amplificar, fazer parcerias. Mas quem cria a cultura são as pessoas. Por isso, o relatório “The Culture Shift”, lançado pela VML, focou nos movimentos que estão criando novos hábitos, em áreas como turismo, educação e mercado de luxo, para oferecer às marcas um ponto de vista sobre como elas podem encontrar seu lugar nos novos territórios.
A partir de uma abordagem que uniu ciência de dados e arte, o documento busca trazer uma lente humana para uma curadoria de tendências verificadas nos números, trazendo insights que ajudam a compreender a narrativa das novas transformações que se desenham.
Veja três movimentos na cultura identificados pelo estudo, que trazem oportunidades para marcas:
Tecnologia para melhorar experiências
A popularização das inteligências artificiais generativas tem ajudado as pessoas a potencializar seus nichos de atuação, organizando melhor as experiências que criam. E elas têm expressado isso nas redes, inclusive descobrindo novas formas de engajar comunidades.
No setor de turismo, influenciadores usam a ferramenta para criar roteiros de viagens que são compartilhados com suas audiências. Alguns até organizam grupos de viajantes. Quem segue o roteiro ou viaja junto obtém uma perspectiva do destino chancelada pelo influencer e identificada com a comunidade, sem ter o trabalho de criar um itinerário. E no B2B, a tecnologia está revolucionando a forma como as marcas se conectam com as empresas, gerando conteúdo, e fornecendo experiências personalizadas.
Educação informal em alta
Muitas mudanças culturais são impulsionadas por grupos de pessoas pioneiras, que enfrentam desafios ou realizam descobertas e experimentações que com o passar do tempo se tornam comuns. Algumas assumem papel de educadoras informais, ao compartilharem suas histórias e soluções encontradas. Acompanhar essa modalidade de trendsetter traz oportunidades para marcas.
Na área de saúde e bem-estar, a Geração Z e a Geração Millennials recorrem cada vez mais a influenciadores que são pacientes de algum tratamento para obter conselhos de saúde. Eles querem ver a pessoa por trás dos sintomas, fazer parte de uma comunidade e aprender como conviver com suas condições. Já no setor de drinks, a popularidade da cerveja caseira está crescendo à medida que consumidores aprendem a preparar bebidas com seus ingredientes e sabores favoritos. É um mercado em franco crescimento nos EUA.
Propósito como razão de compra
A busca por um propósito maior no estilo de vida das pessoas tem cada vez mais influenciado no desejo de consumo e mexido nos ponteiros de decisão na hora da compra. As pessoas têm se identificado e preferido marcas alinhadas às mesmas preocupações, sejam em relação à sustentabilidade ou outros posicionamentos.
Isso tem se refletido nas estratégias das marcas. No mercado de alta renda, o luxo consciente está dando lugar ao luxo puramente exclusivo, à medida que clientes globais mudam seus hábitos pensando na sustentabilidade e em questões de saúde mental. E, no comércio de modo geral, há uma transição perceptível entre apenas seguir modas e optar por produtos que evocam bem-estar e emoções positivas.
