Corpos como fontes de dados. Pessoas como criadoras dos conteúdos que moldam a cultura. O futuro da comunicação tende a ficar cada vez mais complexo à medida que as vozes atuantes e as fontes de informações e dados ficam mais fragmentadas e centradas nos indivíduos. Esses dois movimentos estão entre as tendências do SXSW apresentadas por José Saad Neto, da GoAd Media, no evento ABA SXSW Insights.
O encontro realizado na quinta (6) reuniu nomes do mercado publicitário que participaram do SXSW 2021, maior festival de inovação do mundo, com o objetivo de debater sobre os aprendizados e insights gerados. Com apoio do UOL, a GoAd realizou uma curadoria extensa sobre os principais temas do festival, que podem ser conferidos na apresentação do evento da ABA, no White Paper SXSW 2021, e também serem debatidos de forma exclusiva dentro das agências e marcas.
Conheça tendências apontadas no SXSW que trarão inovação para o segmento de comunicação:
Internet das pessoas: You of things
“É a internet e a conexão saindo dos smartphones, computadores e outros dispositivos conectados, e grudando no nosso próprio corpo. É como se nós, pessoas, passássemos a ser a internet”, explica Saad. A expressão destacada no SXSW pela futurista Amy Webb amplia a ideia de internet das coisas, e chama a atenção para o fato de que os corpos em si passam a ser uma fonte inesgotável de dados e biodados.
Nesse contexto, a questão da privacidade de dados se aprofunda, exigindo novos debates e regulamentações. E campos de comunicação surgem no conceito de Body Plataformization, o corpo se tornando plataforma. “A gente vê mais espaço não só para uma coleta de dados, mas também para o surgimento de espaços de mídia na relação com as pessoas, que vão exigir novas orientações, soluções e formas de se conectar”, diz Saad.
Cultura de comunidades: futuro das relações
Os conteúdos gerados pelas pessoas cada vez mais moldam a cultura. E esse é um movimento que tende a se intensificar com a massificação da produção audiovisual em plataformas de mídias sociais, a exemplo do fenômeno TikTok, que foi destaque do ano no festival. “O vídeo é impulsionado ainda mais pelas ambiências digitais. A liquidez e a potência do vídeo geram engajamento e empatia”, analisa Saad.
A cultura de comunidade se materializa em três pontos principais, segundo o mapeamento da GoAd: na economia que gira em torno dos criadores de conteúdo, no D2C (estratégias de comunicação voltadas diretamente às comunidades), e na ideia de que o coletivo é melhor do que o individual (we better then me). “Nesse contexto, o conteúdo de marca precisa ser mais inteligente e orientado por dados para que se conecte às comunidades criando um campo de valor digital.”
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