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2025 será o ano da preguiça, segundo relatório da WGSN sobre hábitos de consumo

Imagem: Elisabeth Lies/Unsplash

Marcas podem esperar por consumidores mais relaxados e autoindulgentes este ano, segundo apontam alguns comportamentos emergentes mapeados pelo relatório “Principais tendências para 2025”, da WGSN, consultoria global de previsão de tendências e análise de dados. “Preguiça terapêutica”, “Pijamas diurnos”, e ascensão do “Mercado kidult” são alguns dos movimentos que refletem a ideia de que 2025 será o ano da preguiça para alguns perfis de consumidores.

Mudanças de comportamento apontam para novos hábitos de consumo. De acordo com o documento, mercados como os de beleza, moda, decoração, tecnologia e esportes serão possivelmente impactados por esses novos movimentos emergentes.

Veja tendências para 2025, segundo a WGSN:

Preguiça terapêutica

Em 2025, o ócio ganha contornos de prática saudável. “A tendência da Preguiça Terapêutica transforma o conceito de ‘bed rotting’, ou passar longos períodos na cama e ser intencionalmente improdutivo, em um ritual de autocuidado recheado de hedonismo tátil”, diz o relatório.

Segundo a WGSN, esse comportamento surge em resposta aos crescentes níveis de burnout e ansiedade, propondo um descanso sem culpa. Isso interessa ao setor de beleza e decoração, diz o mapeamento. “Nossas camas se tornarão zonas de bem-estar e santuários de autocuidado. Imagine produtos de uso noturno que melhoram a saúde da pele e dos cabelos enquanto você descansa, ou roupas de cama sensoriais, impregnadas com ingredientes e aromas nutritivos que unem cuidados com a pele e sono.”

Mercado kidult

O adulto-moleque que mora em muitos dos que amaram as séries “Stranger Things” e “Cobra Kai”, da Netflix, revelou um mercado. Para além da nostalgia, os kidults, ou os jovens que adiam a vida adulta, morando com os pais até mais de 30 anos, são um fenômeno mundial que irá moldar tendências e culturas globais por anos.

“Para os adultos cansados de responsabilidades, vemos um renascimento da nostalgia cultural, com grupos de ‘Dungeons and Dragons’ voltando à ativa e pessoas comprando brinquedos e produtos de sua infância”, diz o estudo, recomendando que as marcas repensem em como se conectar com os ‘jovens de alma’, em todos os setores.

Pijamas de rua

O clima de preguiça deve sair da cama e chegar às ruas, seja por descontração, para simplificar o guarda-roupa de quem trabalha em home-office, ou a mala dos viajantes que querem evitar taxas de bagagens. Pijamas de rua, ou pijamas diurnos, com estampas ousadas e divertidas devem ganhar seu território em 2025.

“Eles permitem que os usuários transitem do mar para o bar e, por fim, para a cama. Pense neles como uma versão mais animada do antigo conjunto de moletom. Na moda esportiva, esses pijamas priorizam o descanso e a recuperação, com ingredientes de bem-estar como colágeno, ácido hialurônico e canabidiol (CBD) infundidos diretamente no tecido”, diz a análise. Segundo os dados mapeados pela WGSN, os pijamas têm superado vestidos e roupas de banho dentro da categoria de moda resort nos últimos dois anos.

IA companheira

Mesmo com o fim da pandemia, o isolamento social cresce mundialmente. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a solidão como uma ameaça à saúde global. Essa dificuldade de estabelecer conexões – somada ao avanço acelerado das tecnologias de IA – fará com que as pessoas recorram cada vez mais aos dispositivos tecnológicos.

Segundo o relatório, em 2025, veremos robôs humanóides, dispositivos de IA vestíveis e agentes digitais cumprindo papéis sociais. “Pense neles como assistentes inteligentes, cuidadores ou companheiros digitais”, diz o mapeamento. Segundo a WGSN, essas novas interações devem se intensificar este ano, “com a IA se conectando de forma mais profunda com os seres humanos para fornecer apoio emocional, aliviar a solidão e redefinir nossos relacionamentos com a tecnologia”.


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