O cenário das plataformas de streaming está cada vez mais concorrido, com a multiplicação de players disputando a atenção e a carteira de assinaturas dos consumidores. Somado a isso, há um contexto econômico ainda delicado no país. Para enfrentar esse desafio, Antonio Forjaz, country manager Brasil do Prime Video, diz que a estratégia para conquistar novos clientes e retê-los é buscar engajamento constante com filmes e séries, sem pesar no bolso do consumidor.
“O mercado é altamente competitivo e precisamos garantir que entregamos valor ao consumidor constantemente. Sabemos que atualmente o consumidor tem várias assinaturas de entretenimento, então, buscamos garantir que os clientes entendam a proposta de valor do Prime Video, por um valor de assinatura acessível. A retenção passa em primeiro lugar por garantir esse engajamento com os nossos conteúdos e serviços”, afirma o executivo.
Por ser um benefício incluído na assinatura Prime, de compras e delivery da Amazon Brasil, o Prime Video se difere da concorrência por entregar outros serviços agregados ao consumidor. “[O engajamento é] tanto do streaming como de distribuição de canais, conteúdos recém-saídos do cinema para aluguél ou esportes ao vivo. E, depois, tem várias frentes onde conseguimos aumentar o valor percebido do programa pelo cliente. Tentamos trabalhar todas elas em simultâneo.”
Mas, no que cabe à estratégia de Prime Video, o marketing é focado nos lançamentos de filmes e séries, que visam engajar para reter clientes e, claro, conquistar novos assinantes. “Naturalmente procuramos esse efeito nas nossas campanhas de marketing, e sim, a métrica de assinaturas é uma delas. A Amazon é uma empresa extremamente data-driven. Olhamos para dezenas de métricas para cada iniciativa criada, mas no fim do dia o sucesso de um serviço de streaming resume-se ao balanço entre novos entrantes e pessoas que cancelam.”
No dia a dia do marketing do Prime Video, isso se traduz em estratégias de lançamentos de filmes e séries que, para além do tamanho da produção, procuram compreender o gosto do brasileiro, para criar ações locais específicas. “É natural que as maiores produções se reflitam em maior suporte de marketing, até por serem maiores apostas. No entanto, isso é apenas uma primeira camada de decisão. A verdade é que o nosso trabalho parte do consumidor. E, neste caso, os nossos consumidores são todos os brasileiros.”
Segundo ele, nesse sentido, uma produção local original, de menor tamanho que uma global, pode ganhar investimento de peso. Foi o caso da série brasileira “Dom”, que liberou sua segunda temporada este ano. “Fizemos uma campanha enorme porque sabemos que os nossos consumidores já se apaixonaram pela série”, diz. “Procuramos sempre entender o que é importante para o consumidor local, e é a partir daí que tomamos as nossas decisões, independentemente das nossas premissas iniciais sobre produção de conteúdo. ‘Dom’ é uma mega produção brasileira, mas que no contexto mundial é menor que muitos títulos vindos dos Estados Unidos.”
Para conversar de forma próxima ao consumidor brasileiro, o trabalho com creators tem sido cada vez mais relevante para a marca. “Em digital, nossa estratégia fica mais focada em cobertura no universo proprietário e um trabalho bem integrado com influenciadores”, diz. “O marketing de influência desempenha um papel com uma importância crescente dentro da estratégia de comunicação. Sempre atentos aos hábitos de consumo dos nossos clientes, acreditamos que os influenciadores digitais representam um canal direto e ao mesmo tempo humanizado entre nossos lançamentos e o público.”
