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Mais do que sustentável, futuro será regenerativo no pós-covid, diz report da WT

Imagem: Reprodução/ECOA/iFood

A pandemia trouxe um senso maior de urgência sobre a necessidade de cuidado com o planeta e a sociedade. É o que aponta o estudo “Regeneration Rising: Sustainability Futures”, da agência Wunderman Thompson, realizado nos EUA, Reino Unido e China. O relatório busca compreender os impactos da covid-19 na relação das pessoas com o meio ambiente e suas comunidades, e aponta como marcas e negócios podem atuar de forma positiva nessas questões.

O estudo analisa que os efeitos econômicos e climáticos da pandemia são desiguais pelo mundo, agravando contrastes. E a tendência é que o conceito de “regeneração” atualize o de “sustentabilidade” num futuro próximo. “Reduzir danos não é mais o bastante. Precisamos do impacto positivo da regeneração: restaurar ecossistemas, reverter as mudanças climáticas, diminuir a desigualdade e a injustiça”, defende o relatório, que une pesquisa quantitativa com 3 mil pessoas, além de entrevistas com especialistas.

O report aponta que as práticas regenerativas podem abrir campos de atuação para marcas, ao contribuir na remodelagem das relações entre pessoas e seus meios. “Como nosso relatório mostra, uma série de oportunidades estão sendo desobstruídas e apontam para novas maneiras de as marcas inovarem, envolvendo parceiros e negócios, abrindo caminho para um futuro melhor”, diz Marie Stafford, global director da Wunderman Thompson Intelligence.

No Brasil, marcas como iFood, que lançou o programa iFood Regenera, já trabalham esse conceito. Como parte da campanha, lançou o branded content “Responsa compartilhada”, que foi ancorado no vertical ECOA, do UOL. A estação realiza cobertura diária de iniciativas de pessoas, instituições e empresas que criam soluções sustentáveis para tornar o mundo melhor. 

Pessoas esperam que marcas atuem

E a expectativa das pessoas é de que marcas contribuam na recuperação do planeta: 86% dos entrevistados disseram esperar que as empresas façam sua parte na solução de grandes desafios, como mudanças climáticas ou justiça social. E 75% dizem que as respostas das empresas à pandemia elevaram o padrão das marcas quando se trata de ajudar a combater alguns dos maiores problemas do mundo.

E aqui é importante apontar que a ideia de sustentabilidade, segundo a pesquisa, vai além das questões climáticas e ambientais, abrangendo também problemas sociais, para a maior parte dos entrevistados. Para 80% dos respondentes, a sustentabilidade está intimamente ligada a problemas como pobreza, desigualdade e justiça social.

E o público está disposto a se engajar nas causas e contribuir com mudanças positivas. Muitos, aliás, declaram que já estão atuando. Entre os entrevistados, 94% responderam que estão fazendo algum esforço para viver de forma mais sustentável e 46% estão fazendo tudo o que podem. E 80% disseram estar dispostos a mudar algo em seu estilo de vida para ajudar no esforço de regeneração.

Nas perguntas focadas apenas nas questões ambientais, a pesquisa aponta comportamentos relacionados a consumo: 85% das pessoas entrevistadas disseram estar preparadas para repensar a maneira como vivem e gastam para enfrentar as mudanças climáticas. E 70% declararam que estão preparadas para fazer mudanças dramáticas em seu estilo de vida se isso ajudar a combater as mudanças climáticas.


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