Lançado há cerca de um ano, o jogo Fortnite, na versão Battle Royale (batalha de sobrevivência), ostenta números exuberantes: alcançou 125 milhões de jogadores em junho e superou a marca de 8,3 milhões de gamers conectados simultaneamente no mundo, segundo anunciou a desenvolvedora Epic Games neste mês. Isso é uma amostra de que o universo gamer já ultrapassa o nicho. É um fenômeno cultural. Quem não se lembra das dancinhas dos jogadores da Copa inspiradas nos jogos eletrônicos?
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Marcas que querem garantir seu lugar no coração dos fãs de Fortnite já estão se movimentando. A Samsung, por exemplo, destaca em suas ações a jogabilidade de Fortnite em seus smartphones. O maior atleta e streamer do game no mundo, o americano Tyler “Ninja” Blevins, é a estrela de um filme publicitário lançado em outubro para divulgar o celular Galaxy Note9.
Já a Red Bull patrocina o mesmo atleta mundialmente e, no Brasil, o contratado é João “Flakes Power” Sampaio, um dos maiores youtubers do jogo no país. Ao lado do também youtuber Bruno “PlayHard” Bittencourt, ele lidera um time profissional recém-criado com o apoio da Red Bull para o game, o Frontline.
Anúncio de mundial mexe com o mercado
O momento é oportuno para a criação e atualização de times, bem como para as marcas se aproximarem, já que a Epic Games anunciou um campeonato mundial para 2019. Times já consagrados em outros games, como Brazilian Crusaders, INTZ, Team Liquid e Black Dragons já se preparam, montando equipes profissionais dedicadas ao Fortnite.
Patrocinar atletas e times é o modo clássico que marcas encontram para se associar ao jogo, sendo elas marcas endêmicas ou não-endêmicas. A vantagem dos atletas e times de eSports é que eles costumam ter uma base sólida de fãs engajados. São pessoas que acompanham conteúdo em streaming de jogos, além de lives em que interagem com o público. A partir desses conteúdos, há um mar de possibilidades de ações de marcas parceiras.
Por que o jogo é uma febre?
Fortnite tem duas versões: Save The World (jogador contra o ambiente) e Battle Royale (batalha de sobrevivência). Esta última, mais recente, é que virou um fenômeno viciante para gamers no mundo todo.
Tanto magnetismo do Fortnite se explica por diversos atributos. Pra começar, é o primeiro game multiplataforma lançado mundialmente, ou seja, está disponível tanto em computadores (PC e Mac), celulares (iOS e Android), como em consoles de videogames (Microsoft Xbox, Sony PS4 e Nintendo Switch). E é gratuito. Esses dois elementos juntos, de saída, já ampliam muito o potencial de popularização.
E tem ainda a mecânica do jogo, em si. Na versão Battle Royale, até 100 jogadores são lançados em um mapa onde vence o último player que sobrar. Parte da estratégia está em construir fortificações para proteção ou criar emboscadas, o que exige raciocínio, além do reflexo nas disputas.
Embora o formato de batalha de sobrevivência seja violento, o design do jogo foi criado de um modo lúdico, sem sangue, nem morte: há apenas eliminação. Os personagens são estilizados, vestem skins (roupas e acessórios divertidos que parecem fantasias de ginasta, dinossauro, bicho de pelúcia), e comemoram com dancinhas bem-humoradas. Isso faz com que pais e filhos simpatizem com o jogo.
Quando celebridades embarcaram na onda de Fortnite, o jogo viu sua popularidade subir vertiginosamente. Só a disputa que contou com o gamer Ninja e o cantor canadense Drake jogando em dupla alcançou 650 mil visualizações simultâneas na plataforma Twitch, foi um recorde. A batalha foi em março deste ano. Um dia depois, a Epic Games anunciou um torneio para reunir celebridades e jogadores profissionais — um passo que levou diversos outros famosos a também entrar publicamente na brincadeira.
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Este é o segundo artigo da série do blog UOL AD_LAB sobre jogos de eSports, que ajudam a mapear oportunidades para marcas. Leia também sobre Counter Strike: Global Offensive (CS:GO).