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‘Gameverso’: Cultura gamer não é só jogar, é também apreciar, diz estudo

Imagem: Onur Binay/Unsplash

A cultura gamer não é só para jogadores. Ela também abraça quem apenas curte acompanhar as partidas e os expoentes desse universo, num movimento que começa a se assemelhar ao de esportes praticados fora das telas. Essa é a constatação do estudo “Gameverso – Onde tudo está conectado”, realizado pela MindMiners, com o objetivo de mapear comportamentos dos consumidores e oportunidades para a publicidade.

“Compreender esse mundo é essencial para as marcas, especialmente em relação aos interesses e desejos desse público tão amplo. Somente assim será possível oferecer experiências mais relevantes e personalizadas, gerando uma melhor conexão”, afirma a pesquisa.

O levantamento foi focado em quem se identifica com o território gamer. Entre os respondentes, 83% dizem que jogamE 17% não jogam – apenas interagem com jogos eletrônicos de outras formas. Tanto jogadores como plateia gostam de apreciar. Do total, 40% dizem consumir conteúdos relacionados a esse universo, como podcasts, vídeos, posts em redes sociais; 32% acompanham streamings de jogos e de gamers; 20% seguem jogadores nas redes sociais e 17% acompanham eventos.

Ao todo, foram ouvidas 2.000 pessoas acima de 18 anos, conectadas à internet e identificadas com o meio gamer, por meio de questionário online, distribuídas por todas as regiões do país, segundo parâmetros do IBGE de gênero, faixa etária e perfil de renda (classes ABC).

Esse gosto se populariza à medida que os smartphones suportam uma variedade cada vez maior de games, dos simples aos mais complexos. “Atualmente, é possível encontrar milhões de jogos disponíveis para smartphones, o que foi essencial para a rápida expansão do segmento. Podemos dizer que ele se tornou mais popular, uma vez que ter um celular é mais fácil (e barato) do que possuir um videogame da geração atual em casa.”

Os números comprovam a alta aderência da cultura gamer aos dispositivos móveis. Entre os respondentes, 74% elegeram celulares e tablets como suas plataformas favoritas para jogar. Em segundo lugar nas menções, aparecem os computadores (PC e Notebook, com 44%. Depois, os consoles (Playstation/Xbox), com 43%.

A força do conteúdo, comunidades e mídias sociais movimenta de forma significativa esse universo. O principal meio para saber dos jogos é o YouTube (mencionado por 53% dos entrevistados); seguido de redes sociais (43%); amigos (25%) e sites especializados (19%). Entre as redes, a mais utilizada pelo público consultado é o WhatsApp (89%); seguido de YouTube (85%); Instagram (78%); Facebook (67%) e TikTok (47%).

O levantamento também buscou investigar as temáticas de maior interesse. Tecnologia foi o assunto mais citado, com 55% das menções. E supera o próprio tema de videogames (mencionado por 51%). Mas também outras áreas chamam atenção. Em terceiro lugar aparece cinema (48%); seguido de saúde e autocuidado (44%) e viagens (42%).

Esse público curte eSports (esportes eletrônicos) e também esportes tradicionais. Entre os respondentes, 87% disseram acompanhar futebol e 72%, times de eSports. Vôlei (mencionado por 41%); basquete (32%) também estão no radar. E 25% dizem que têm costume de fazer apostas em eventos esportivos.

Consumo

Beber e comer combinam com videogame. Entre os que jogam, 48% dizem que consomem algum alimento ou bebida durante a partida. O mais citado é água (56%). Depois, vêm refrigerante (51%); chocolate (45%), snacks (44%) e sucos (41%). E quem é gamer curte mostrar que é fã: 45% dos entrevistados dizem que já compraram produtos temáticos de jogos, como camisetas, bonés ou canecas.


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