Desafios sociais não são ‘trend’, mas precisam ser considerados por marcas

Os desafios sociais “sumiram” dos mapas de tendências. Um ano atrás, ainda sob efeito da fase mais aguda da pandemia, desigualdade, exclusão digital e suas consequências no mercado de trabalho eram apontados como algumas das grandes preocupações em relatórios globais como “Fjord Trends”, da Accenture, “The Future 100”, da Wunderman Thompson Intelligence e “Tech Trends”, do Future Today Institute.
O alerta era claro: esses problemas, agravados pela covid-19, seriam sentidos por gerações. Portanto, deveriam ser enfrentados ativamente por governos, sociedades e também por marcas. Empresas eram chamadas a agir no curto, médio e longo prazos.
Corta para 2022. Com a pandemia mais sob controle, o chamado coletivo parece ter se arrefecido. E o otimismo retornou aos relatórios que vislumbram o futuro. Um mundo de oportunidades voltou a surgir, com o metaverso, NFTs e novas plataformas digitais figurando como presença quase unânime nas listas. No universo das tendências globais, os problemas sociais – mais sentidos fora dos grandes eixos econômicos – até aparecem em algum contexto, mas ficaram visivelmente menores.
“O ponto de partida do planejamento e das inovações dentro das empresas costuma ser o lugar do hype, das pautas tecnológicas, geralmente importadas do Vale do Silício. No entanto, enquanto se discute como serão as campanhas publicitárias no metaverso, não se debate que a pobreza, a falta de qualificação de nossa mão de obra, a desigualdade social não vão se tornar virtuais no futuro próximo”, pontuou recentemente o perfil da curadoria de conhecimento Inesplorato, em discussão levantada no LinkedIn.
Esta é uma reflexão necessária ao meio publicitário brasileiro, que muito se inspira nos cases internacionais. Daqui para frente, apenas adaptar estratégias de fora soará insuficiente. A pandemia não só aumentou os desafios sociais por aqui, como também ampliou a diferença entre a realidade brasileira e a do mundo. Enquanto o globo começou a dar sinais de recuperação rumo ao pós-pandemia, o Brasil segue a ritmo mais lento e sai da crise ainda mais desigual.
“Quem sabe chamando de ‘trend’ o mercado começa a prestar mais atenção”, provoca a Inesplorato. Enquanto isso, a complexidade só aumenta. O contexto dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e suas consequências pelo mundo – que também ficaram de fora dos relatórios globais – adiciona novos pontos de imprevisibilidade e de distanciamento entre as realidades dos países. São movimentos ainda indefinidos em termos de impacto e amplitude.
O que há de verdadeiramente nosso para trabalhar são os desafios de sempre, só que agravados. Mas “até quando os problemas sociais do Brasil serão tratados como desafios de filantropia e responsabilidade social das empresas?”, questiona a curadoria. “O que é preciso para que executivos e executivas entendam que planejar o futuro de qualquer negócio aqui passa essencialmente pelo enfrentamento de nossos problemas estruturais?” Talvez, olhar para dentro possa trazer as respostas necessárias.
Desafios sociais não são ‘trend’, mas precisam ser considerados por marcas

Os desafios sociais “sumiram” dos mapas de tendências. Um ano atrás, ainda sob efeito da fase mais aguda da pandemia, desigualdade, exclusão digital e suas consequências no mercado de trabalho eram apontados como algumas das grandes preocupações em relatórios globais como “Fjord Trends”, da Accenture, “The Future 100”, da Wunderman Thompson Intelligence e “Tech Trends”, do Future Today Institute.
O alerta era claro: esses problemas, agravados pela covid-19, seriam sentidos por gerações. Portanto, deveriam ser enfrentados ativamente por governos, sociedades e também por marcas. Empresas eram chamadas a agir no curto, médio e longo prazos.
Corta para 2022. Com a pandemia mais sob controle, o chamado coletivo parece ter se arrefecido. E o otimismo retornou aos relatórios que vislumbram o futuro. Um mundo de oportunidades voltou a surgir, com o metaverso, NFTs e novas plataformas digitais figurando como presença quase unânime nas listas. No universo das tendências globais, os problemas sociais – mais sentidos fora dos grandes eixos econômicos – até aparecem em algum contexto, mas ficaram visivelmente menores.
“O ponto de partida do planejamento e das inovações dentro das empresas costuma ser o lugar do hype, das pautas tecnológicas, geralmente importadas do Vale do Silício. No entanto, enquanto se discute como serão as campanhas publicitárias no metaverso, não se debate que a pobreza, a falta de qualificação de nossa mão de obra, a desigualdade social não vão se tornar virtuais no futuro próximo”, pontuou recentemente o perfil da curadoria de conhecimento Inesplorato, em discussão levantada no LinkedIn.
Esta é uma reflexão necessária ao meio publicitário brasileiro, que muito se inspira nos cases internacionais. Daqui para frente, apenas adaptar estratégias de fora soará insuficiente. A pandemia não só aumentou os desafios sociais por aqui, como também ampliou a diferença entre a realidade brasileira e a do mundo. Enquanto o globo começou a dar sinais de recuperação rumo ao pós-pandemia, o Brasil segue a ritmo mais lento e sai da crise ainda mais desigual.
“Quem sabe chamando de ‘trend’ o mercado começa a prestar mais atenção”, provoca a Inesplorato. Enquanto isso, a complexidade só aumenta. O contexto dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e suas consequências pelo mundo – que também ficaram de fora dos relatórios globais – adiciona novos pontos de imprevisibilidade e de distanciamento entre as realidades dos países. São movimentos ainda indefinidos em termos de impacto e amplitude.
O que há de verdadeiramente nosso para trabalhar são os desafios de sempre, só que agravados. Mas “até quando os problemas sociais do Brasil serão tratados como desafios de filantropia e responsabilidade social das empresas?”, questiona a curadoria. “O que é preciso para que executivos e executivas entendam que planejar o futuro de qualquer negócio aqui passa essencialmente pelo enfrentamento de nossos problemas estruturais?” Talvez, olhar para dentro possa trazer as respostas necessárias.
Desafios sociais não são ‘trend’, mas precisam ser considerados por marcas

Os desafios sociais “sumiram” dos mapas de tendências. Um ano atrás, ainda sob efeito da fase mais aguda da pandemia, desigualdade, exclusão digital e suas consequências no mercado de trabalho eram apontados como algumas das grandes preocupações em relatórios globais como “Fjord Trends”, da Accenture, “The Future 100”, da Wunderman Thompson Intelligence e “Tech Trends”, do Future Today Institute.
O alerta era claro: esses problemas, agravados pela covid-19, seriam sentidos por gerações. Portanto, deveriam ser enfrentados ativamente por governos, sociedades e também por marcas. Empresas eram chamadas a agir no curto, médio e longo prazos.
Corta para 2022. Com a pandemia mais sob controle, o chamado coletivo parece ter se arrefecido. E o otimismo retornou aos relatórios que vislumbram o futuro. Um mundo de oportunidades voltou a surgir, com o metaverso, NFTs e novas plataformas digitais figurando como presença quase unânime nas listas. No universo das tendências globais, os problemas sociais – mais sentidos fora dos grandes eixos econômicos – até aparecem em algum contexto, mas ficaram visivelmente menores.
“O ponto de partida do planejamento e das inovações dentro das empresas costuma ser o lugar do hype, das pautas tecnológicas, geralmente importadas do Vale do Silício. No entanto, enquanto se discute como serão as campanhas publicitárias no metaverso, não se debate que a pobreza, a falta de qualificação de nossa mão de obra, a desigualdade social não vão se tornar virtuais no futuro próximo”, pontuou recentemente o perfil da curadoria de conhecimento Inesplorato, em discussão levantada no LinkedIn.
Esta é uma reflexão necessária ao meio publicitário brasileiro, que muito se inspira nos cases internacionais. Daqui para frente, apenas adaptar estratégias de fora soará insuficiente. A pandemia não só aumentou os desafios sociais por aqui, como também ampliou a diferença entre a realidade brasileira e a do mundo. Enquanto o globo começou a dar sinais de recuperação rumo ao pós-pandemia, o Brasil segue a ritmo mais lento e sai da crise ainda mais desigual.
“Quem sabe chamando de ‘trend’ o mercado começa a prestar mais atenção”, provoca a Inesplorato. Enquanto isso, a complexidade só aumenta. O contexto dos conflitos entre Ucrânia e Rússia e suas consequências pelo mundo – que também ficaram de fora dos relatórios globais – adiciona novos pontos de imprevisibilidade e de distanciamento entre as realidades dos países. São movimentos ainda indefinidos em termos de impacto e amplitude.
O que há de verdadeiramente nosso para trabalhar são os desafios de sempre, só que agravados. Mas “até quando os problemas sociais do Brasil serão tratados como desafios de filantropia e responsabilidade social das empresas?”, questiona a curadoria. “O que é preciso para que executivos e executivas entendam que planejar o futuro de qualquer negócio aqui passa essencialmente pelo enfrentamento de nossos problemas estruturais?” Talvez, olhar para dentro possa trazer as respostas necessárias.
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