Por Rodrigo Flores, diretor de conteúdo
Olhe em volta. Respire e preste atenção nos sinais. Talvez você não tenha notado, mas vivemos uma era de revoluções tecnológicas. Sim, no plural. Hoje vamos falar só de duas: a da publicidade e da produção de conteúdo. E não é pouca coisa.
Empresas de mídia nunca falaram com tantas pessoas, nunca produziram tanto. É só olhar os números crescentes de audiência. Até a década de 90, jornais se orgulhavam de ter uma tiragem de centenas de milhares de exemplares. Hoje, os mesmos periódicos são lidos regularmente por dezenas de milhões de pessoas. Os pares de olhos se multiplicaram exponencialmente. O problema é que ao mesmo tempo em que os números de alcance crescem, a rentabilidade e as margens despencam. Ser veículo virou negócio de risco, no qual só os grandes sobrevivem.
Em paralelo, a publicidade lida com seus próprios fantasmas, e busca formatos que não sejam apenas interessantes para seus anunciantes. Isso só não basta. É preciso ser relevante para o consumidor.
Esse duplo dilema aproximou anunciantes e produtores de conteúdo. Dessa relação surgiu o branded content, com a missão de servir como nova fonte de receita para os veículos e trazer uma nova narrativa para marcas e produtos. No centro desse furacão está você, o leitor-consumidor.
Branded content é um produto novo, em fase de maturação. Mas o que todos concordam, e que não deve mudar, é que para ser bom, ele precisa ser bom para o consumidor-leitor. A parte branded só dá certo se o content estiver bem resolvido. E pela experiência na produção de conteúdo, empresas de mídia estão na vanguarda desse movimento de produção de branded content de qualidade.
Voltaremos ao tema em outros posts. O assunto é interessante e rende um bom papo. Até lá, se quiser continuar a conversa, envie um tuíte @rodflores. Estou ansioso para trocar uma ideia com vocês.