Os efeitos econômicos da pandemia de covid-19 impactam a intenção de compras na Black Friday, de acordo com sondagem realizada pela área de Pesquisa e Audiência do UOL AD LAB, em parceria com a MindMiners, empresa de pesquisas digitais. Isso desafia marcas a adotarem estratégias ainda mais precisas na comunicação com seus públicos.
No levantamento realizado em junho deste ano, 69% dos respondentes disseram ter intenção de consumir produtos e serviços na Black Friday. Embora seja uma fatia significativa, houve queda de 11 pontos percentuais em relação ao ano passado (80%). Se olhado apenas o público do UOL, no entanto, a inclinação a comprar é de 78% este ano. Em 2019, era de 87%, mostrando um recuo menor, de 9 pontos percentuais.
Participaram da sondagem 500 pessoas em todas as regiões do país, com maior participação do Sudeste (47%), e foco nas classes B (40%) e C (45%), por meio de questionário online. Tiveram maior peso as faixas etárias de 31 a 40 anos (28%) e acima de 41 anos (36%). Por gênero, a divisão foi de 52% mulheres e 48% homens.
Entre os motivos apontados para não comprar na Black Friday em 2020, a contenção de gastos por causa da pandemia (42%) aparece em primeiro lugar. Em seguida, “Não há nada que me interesse ou esteja precisando no momento” (26%), “Não acredito nos descontos apresentados” (17%) e “Não acho os descontos da Black Friday atrativos” (10%).
Como marcas podem se posicionar?
Os números também mostram caminhos para marcas elaborarem planos de mídia mais assertivos nesse cenário, buscando uma segmentação atenta aos aspectos favoráveis à compra, que possam contribuir na performance. Veja insights apontados pela pesquisa:
1. Focar nos e-shoppers
Já está claro que as compras pela internet destravaram durante a quarentena, e devem permanecer no hábito dos consumidores. Por isso, o foco nos e-shoppers pode ser estratégico nas campanhas de Black Friday. Esses consumidores já prevalecem na pesquisa: 86% disseram realizar compras online (91% entre a audiência do UOL). A maior parte (61%) diz que aumentou a frequência de compras pela internet durante a pandemia (70% entre o público do UOL). E ainda pretendem manter ou aumentar o hábito (82% no geral, 81% no UOL).
2. Investir na fidelização
Intensificar a comunicação com a base de clientes é outro modo de tornar mais certeiros os investimentos em mídia com foco na Black Friday. De acordo com a pesquisa, entre os entrevistados que pretendem comprar na data, 57% preveem consumir em lojas onde já são clientes e compram regularmente. Entre a audiência UOL, esse índice é de 64%. Em resposta aberta, as razões passam pela confiança, reputação e segurança: “Pela confiança e qualidade”; “Confio que são promoções verdadeiras”; “Questões de segurança”, disseram alguns entrevistados.
3. Antecipar campanhas
Black Friday é uma data para compras planejadas. No levantamento, 84% dos respondentes costumam pesquisar na internet os preços dos produtos e serviços antes da data (89% entre o público do UOL). A maioria (54%) faz a busca com dois ou mais meses de antecedência. Na data da pesquisa, 36% dos entrevistados já pensavam nos produtos que querem comprar na promoção (43% no UOL). Para otimizar investimentos em mídia num período de altíssima disputa por atenção, é necessário que a publicidade digital também se antecipe. Quanto antes rodarem campanhas digitais de branding, coletando dados sobre interesses, mais direto ao ponto será a estratégia.