Ativo e cheio de energia, o público maior de 45 anos está revolucionando o conceito de envelhecimento. Com mais acesso a cuidados para corpo e mente que as gerações anteriores, experimenta um estilo de vida mais saudável e potente, prolongando fases produtivas da vida. Isso mexe nos ponteiros de toda a sociedade, segundo observam profissionais do mercado ouvidos pelo UOL para Marcas.
“É um público que está redefinindo o que amadurecer e envelhecer significam. É muito mais conectado à sociedade e mais engajado do que foram seus antecessores. É uma geração que está repensando muitas coisas e fazendo o resto da sociedade repensar também”, afirma Agatha Kim, VP de Estratégia da agência BETC HAVAS.
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De acordo com o estudo FDC Longevidade, da Fundação Dom Cabral, pessoas de 45 a 60 anos representam 25% da população brasileira, movimentam cerca de R$ 1,8 trilhão por ano na economia e são responsáveis por mais da metade da renda produzida no Brasil.
No entanto, grande parte das marcas ainda não enxerga o público maduro como alvo de suas ações, afirma Silvia Ruiz, jornalista, autora da coluna Ageless, do VivaBem UOL. “A minha geração está fora do radar da maioria das marcas, que nos ignora completamente, concentrando os esforços na geração millennial. Ou até se comunica, mas armada de estereótipos”, afirma.
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Para dar visibilidade às discussões relacionadas aos temas da maturidade, com muita informação e histórias inspiradoras, Silvia encabeça o Ageless Talks, evento ancorado no vertical VivaBem, de saúde e bem-estar do UOL, que chega à sua terceira edição.
Previsto para o dia 23 de junho, o próximo Ageless Talks traz como tema “Gerontescência: A revolução da maturidade”. O objetivo é debater se há uma segunda adolescência na maturidade, além de abrir conversas sobre beleza, saúde e sexualidade. O encontro híbrido contará com cinco painéis de debates entre especialistas em saúde e bem-estar e celebridades, com a presença da plateia. O bate papo presencial será no Teatro UOL, em São Paulo, com transmissão ao vivo pela home do UOL.
Como marcas podem conversar e engajar o público 45+? Para Clea Klouri, sócia-fundadora do Hype50+ e Silver Makers, agências especializadas nesse perfil, é preciso conhecer para não estereotipar. “É importante que as marcas estudem, pesquisem, entendam esse público e consigam fazer comunicações mais assertivas e adequadas”, afirma.
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E a comunicação tem de parar de repetir clichês. “Deve ser o mais natural, o mais orgânica possível. A comunicação deve ser livre de estereótipos e as pessoas precisam refletir o que elas são. Esse público quer protagonismo, quer que as marcas e as empresas o vejam, entendendo suas necessidades, dores e desafios. Quer que desenvolvam produtos, serviços e comunicação que atendam essas necessidades”, diz.