As pessoas de mídia precisam ser valorizadas nas equipes das agências. E é isso que Paulo Ilha, VP de mídia da DPZ&T, tem buscado colocar em prática. Vencedor do Caboré 2018 de melhor profissional de mídia do ano, ele acredita que a sua indicação demonstra que o esforço da agência nesse sentido está no rumo certo.
“Eu fiquei muito feliz pelo reconhecimento da transformação da área de mídia da DPZ&T. Vejo que o setor nas agências passa por uma profunda transformação e, em alguns casos, tem perdido valor. Nosso movimento é o contrário. É de valorização da atividade e dos profissionais.”
Segundo Paulo, o modelo de gestão de profissionais mudou na agência, com atenção especial à geração dos millennials, que precisa enxergar propósito no que faz, enquanto preza por ambientes que ofereçam qualidade de vida além do trabalho.
“Criamos um modelo muito mais transparente, de cuidar do desenvolvimento das pessoas. Isso cria um ambiente interessante. Normalmente, em agência, não é isso que acontece”, afirma. Além disso, a equipe mais que dobrou. Passou de 40 para mais de 80. Todas as posições são compartilhadas e as pessoas estimuladas a entender o todo, com lideranças treinadas para gerir e dar feedback concreto.
Outro aspecto da valorização está em desenvolver um profissional com um perfil que foge do modelo tradicional. “A chave foi criar um mindset digital para toda a comunicação. A gente pensa na tática de TV da mesma forma que no digital, medindo resultado no negócio, tomando decisões nas contas sempre com pensamento híbrido.”
Para isso, novas habilidades são necessárias. “A função é muito mais abrangente do que era antes. Se tornou mais ampla, com muitos mais recursos, com decisões baseadas em dados, o que exige outro tipo de formação.”
Paulo acredita que, nas agências, as áreas de mídia precisam tirar o foco da compra de anúncios para pensar em negócios. “Os profissionais precisam adquirir conhecimento mais profundo do negócio e não se ater apenas no investimento das campanhas. A gente criou um time que pensa estrategicamente os recursos. Isso muda o valor dos próprios profissionais.”
Um exemplo de como toda a movimentação na DPZ&T surtiu resultado foi o da campanha para Renault Captur, segundo Paulo, lançada no primeiro semestre. “Foi um projeto que aumentou as vendas do modelo em cerca de 80%. Partiu do uso maciço de dados digitais e trabalhou conectado realtime nos resultados para tudo dentro da campanha.”
Minibio
Paulo Ilha é graduado em comunicação social/publicidade pela Universidade de Blumenau. Iniciou a carreira já como mídia na LDC. Passou por Young&Rubicam, como supervisor de mídia. Na Africa, atuou como diretor de mídia. Entrou na DPZ&T como vice-presidente de Mídia, onde está desde 2016.