Networking|6 ago, 2025|

Busca da Gen Z por bem-estar começa a redesenhar o setor de eventos, diz Thiago Aranha, da agência VOE

Fotos Divulgação

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Débora Yuri - UOL para Marcas

Mais saúde, autocuidado e equilíbrio; menos bebidas alcoólicas, comida processada e estresse. Além de abrir novas oportunidades de negócio, a busca da Geração Z por bem-estar vem impulsionando a transformação de um mercado.

“Com essa mudança de comportamento, os jovens começaram a redesenhar o setor de eventos”, diz Thiago Aranha, head de criação e planejamento da VOE, uma das agências da 4ZERO4 — grupo brasileiro especializado em brand experience e live marketing. 

A transição foi acelerada pela pandemia, ele acrescenta. “Durante o isolamento, muita gente sentiu que alguns hábitos fugiram das rédeas — por exemplo, o consumo de álcool. Daí veio a vontade de adotar um estilo de vida mais saudável.”

Mudança de comportamento gera novas fontes de receita 

Levantamentos recentes respaldam a tendência. A pesquisa Covitel 2023, realizada pela organização global de saúde Vital Strategies, apontou que o consumo frequente de álcool entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 10,7% no pré-Covid para 8,1% em 2023. 

Em estudo do ano passado, a consultoria Go Magenta ouviu 1.000 brasileiros com mais de 18 anos. Do total de entrevistados, 62% afirmaram já ter considerado reduzir a quantidade de bebida alcoólica ingerida para levar uma vida mais saudável e equilibrada. 

No mercado de eventos, os números significam a expansão de um público com perfil diferente. O grupo prioriza, cada vez mais, experiências que combinem entretenimento e bem-estar. 

Vale para festivais culturais, encontros corporativos e convenções, indica o Grupo 4ZERO4. A ascensão desse comportamento tem gerado novas fontes de receita para setores como bebidas não alcoólicas, alimentação funcional, fitness e wearables, além de plataformas de bem-estar e saúde mental.

Economia do bem-estar cresce e setor de bebidas se adapta 

O movimento protagonizado pela Gen Z está diretamente conectado ao crescimento da economia do bem-estar, que movimentou US$ 6,3 trilhões em 2023, segundo o Global Wellness Institute. A projeção é de que ela siga em curva ascendente, atingindo US$ 9 trilhões até 2028.

Um exemplo dessa mudança, no varejo, são os RTD (ready to drink) — bebidas prontas que se tornaram foco entre os lançamentos das fabricantes. “Temos feito muitas ações com produtos da Coca-Cola que integram essas linhas. RTD é uma bebida de festa e tem álcool, mas o teor alcoólico não é tão alto”, explica Thiago Aranha. 

Já Heineken 0.0 — uma das principais apostas da Heineken para os próximos anos — vem ampliando o alcance de seus patrocínios esportivos. Depois de Champions League e Fórmula 1, a marca de cerveja sem álcool decidiu ingressar também nos universos do skate e da corrida de rua. 

“O setor de bebidas está se adaptando. Paralelamente, outros vivem um boom, como o de alimentos funcionais”, observa Aranha. “E existem ainda marcas novas surgindo, como a Mamba Water, que investe na sustentabilidade e só é vendida na lata de alumínio — um produto 100% reciclado e reciclável.” 

No brand experience, trilhas de autocuidado e áreas para massagem

Diante de um mercado em mutação, a VOE tem atuado para conectar marcas a esse novo perfil de consumidor de forma autêntica e estratégica. A agência vem desenvolvendo experiências que traduzem as demandas recentes em ativações concretas — como festivais com trilhas de autocuidado e eventos corporativos com espaços dedicados ao relaxamento e equilíbrio emocional.

Seus cases incluem desde Bradesco ativando estações de água gratuita e área para massagens no Lollapalooza até o “Spa de Mal-Estar da Wandinha”. A brincadeira foi criada para a 2ª temporada do hit da Netflix, lançada no início do mês. 

Para dialogar com o consumidor que busca experiências mais conscientes e responsáveis — sem abrir mão do entretenimento —, as marcas precisam descobrir qual o seu papel nessa jornada, diz Aranha. 

“O importante é entender seu lugar de fala dentro do universo do bem-estar e trazer verdade sem ser oportunista. A verdade ajuda a contar histórias mais legais e proporcionar algo de valor”, afirma. “No brand experience, a lembrança da marca fica muito mais guardada pela pessoa. Se a iniciativa não gerar conexão real, pode provocar uma reação negativa mais intensa do que se fosse apenas uma propaganda.”  

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Networking|6 ago, 2025|

Busca da Gen Z por bem-estar começa a redesenhar o setor de eventos, diz Thiago Aranha, da agência VOE

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Débora Yuri - UOL para Marcas

Mais saúde, autocuidado e equilíbrio; menos bebidas alcoólicas, comida processada e estresse. Além de abrir novas oportunidades de negócio, a busca da Geração Z por bem-estar vem impulsionando a transformação de um mercado.

“Com essa mudança de comportamento, os jovens começaram a redesenhar o setor de eventos”, diz Thiago Aranha, head de criação e planejamento da VOE, uma das agências da 4ZERO4 — grupo brasileiro especializado em brand experience e live marketing. 

A transição foi acelerada pela pandemia, ele acrescenta. “Durante o isolamento, muita gente sentiu que alguns hábitos fugiram das rédeas — por exemplo, o consumo de álcool. Daí veio a vontade de adotar um estilo de vida mais saudável.”

Mudança de comportamento gera novas fontes de receita 

Levantamentos recentes respaldam a tendência. A pesquisa Covitel 2023, realizada pela organização global de saúde Vital Strategies, apontou que o consumo frequente de álcool entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 10,7% no pré-Covid para 8,1% em 2023. 

Em estudo do ano passado, a consultoria Go Magenta ouviu 1.000 brasileiros com mais de 18 anos. Do total de entrevistados, 62% afirmaram já ter considerado reduzir a quantidade de bebida alcoólica ingerida para levar uma vida mais saudável e equilibrada. 

No mercado de eventos, os números significam a expansão de um público com perfil diferente. O grupo prioriza, cada vez mais, experiências que combinem entretenimento e bem-estar. 

Vale para festivais culturais, encontros corporativos e convenções, indica o Grupo 4ZERO4. A ascensão desse comportamento tem gerado novas fontes de receita para setores como bebidas não alcoólicas, alimentação funcional, fitness e wearables, além de plataformas de bem-estar e saúde mental.

Economia do bem-estar cresce e setor de bebidas se adapta 

O movimento protagonizado pela Gen Z está diretamente conectado ao crescimento da economia do bem-estar, que movimentou US$ 6,3 trilhões em 2023, segundo o Global Wellness Institute. A projeção é de que ela siga em curva ascendente, atingindo US$ 9 trilhões até 2028.

Um exemplo dessa mudança, no varejo, são os RTD (ready to drink) — bebidas prontas que se tornaram foco entre os lançamentos das fabricantes. “Temos feito muitas ações com produtos da Coca-Cola que integram essas linhas. RTD é uma bebida de festa e tem álcool, mas o teor alcoólico não é tão alto”, explica Thiago Aranha. 

Já Heineken 0.0 — uma das principais apostas da Heineken para os próximos anos — vem ampliando o alcance de seus patrocínios esportivos. Depois de Champions League e Fórmula 1, a marca de cerveja sem álcool decidiu ingressar também nos universos do skate e da corrida de rua. 

“O setor de bebidas está se adaptando. Paralelamente, outros vivem um boom, como o de alimentos funcionais”, observa Aranha. “E existem ainda marcas novas surgindo, como a Mamba Water, que investe na sustentabilidade e só é vendida na lata de alumínio — um produto 100% reciclado e reciclável.” 

No brand experience, trilhas de autocuidado e áreas para massagem

Diante de um mercado em mutação, a VOE tem atuado para conectar marcas a esse novo perfil de consumidor de forma autêntica e estratégica. A agência vem desenvolvendo experiências que traduzem as demandas recentes em ativações concretas — como festivais com trilhas de autocuidado e eventos corporativos com espaços dedicados ao relaxamento e equilíbrio emocional.

Seus cases incluem desde Bradesco ativando estações de água gratuita e área para massagens no Lollapalooza até o “Spa de Mal-Estar da Wandinha”. A brincadeira foi criada para a 2ª temporada do hit da Netflix, lançada no início do mês. 

Para dialogar com o consumidor que busca experiências mais conscientes e responsáveis — sem abrir mão do entretenimento —, as marcas precisam descobrir qual o seu papel nessa jornada, diz Aranha. 

“O importante é entender seu lugar de fala dentro do universo do bem-estar e trazer verdade sem ser oportunista. A verdade ajuda a contar histórias mais legais e proporcionar algo de valor”, afirma. “No brand experience, a lembrança da marca fica muito mais guardada pela pessoa. Se a iniciativa não gerar conexão real, pode provocar uma reação negativa mais intensa do que se fosse apenas uma propaganda.”  

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Networking|6 ago, 2025|

Busca da Gen Z por bem-estar começa a redesenhar o setor de eventos, diz Thiago Aranha, da agência VOE

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Débora Yuri - UOL para Marcas

Mais saúde, autocuidado e equilíbrio; menos bebidas alcoólicas, comida processada e estresse. Além de abrir novas oportunidades de negócio, a busca da Geração Z por bem-estar vem impulsionando a transformação de um mercado.

“Com essa mudança de comportamento, os jovens começaram a redesenhar o setor de eventos”, diz Thiago Aranha, head de criação e planejamento da VOE, uma das agências da 4ZERO4 — grupo brasileiro especializado em brand experience e live marketing. 

A transição foi acelerada pela pandemia, ele acrescenta. “Durante o isolamento, muita gente sentiu que alguns hábitos fugiram das rédeas — por exemplo, o consumo de álcool. Daí veio a vontade de adotar um estilo de vida mais saudável.”

Mudança de comportamento gera novas fontes de receita 

Levantamentos recentes respaldam a tendência. A pesquisa Covitel 2023, realizada pela organização global de saúde Vital Strategies, apontou que o consumo frequente de álcool entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 10,7% no pré-Covid para 8,1% em 2023. 

Em estudo do ano passado, a consultoria Go Magenta ouviu 1.000 brasileiros com mais de 18 anos. Do total de entrevistados, 62% afirmaram já ter considerado reduzir a quantidade de bebida alcoólica ingerida para levar uma vida mais saudável e equilibrada. 

No mercado de eventos, os números significam a expansão de um público com perfil diferente. O grupo prioriza, cada vez mais, experiências que combinem entretenimento e bem-estar. 

Vale para festivais culturais, encontros corporativos e convenções, indica o Grupo 4ZERO4. A ascensão desse comportamento tem gerado novas fontes de receita para setores como bebidas não alcoólicas, alimentação funcional, fitness e wearables, além de plataformas de bem-estar e saúde mental.

Economia do bem-estar cresce e setor de bebidas se adapta 

O movimento protagonizado pela Gen Z está diretamente conectado ao crescimento da economia do bem-estar, que movimentou US$ 6,3 trilhões em 2023, segundo o Global Wellness Institute. A projeção é de que ela siga em curva ascendente, atingindo US$ 9 trilhões até 2028.

Um exemplo dessa mudança, no varejo, são os RTD (ready to drink) — bebidas prontas que se tornaram foco entre os lançamentos das fabricantes. “Temos feito muitas ações com produtos da Coca-Cola que integram essas linhas. RTD é uma bebida de festa e tem álcool, mas o teor alcoólico não é tão alto”, explica Thiago Aranha. 

Já Heineken 0.0 — uma das principais apostas da Heineken para os próximos anos — vem ampliando o alcance de seus patrocínios esportivos. Depois de Champions League e Fórmula 1, a marca de cerveja sem álcool decidiu ingressar também nos universos do skate e da corrida de rua. 

“O setor de bebidas está se adaptando. Paralelamente, outros vivem um boom, como o de alimentos funcionais”, observa Aranha. “E existem ainda marcas novas surgindo, como a Mamba Water, que investe na sustentabilidade e só é vendida na lata de alumínio — um produto 100% reciclado e reciclável.” 

No brand experience, trilhas de autocuidado e áreas para massagem

Diante de um mercado em mutação, a VOE tem atuado para conectar marcas a esse novo perfil de consumidor de forma autêntica e estratégica. A agência vem desenvolvendo experiências que traduzem as demandas recentes em ativações concretas — como festivais com trilhas de autocuidado e eventos corporativos com espaços dedicados ao relaxamento e equilíbrio emocional.

Seus cases incluem desde Bradesco ativando estações de água gratuita e área para massagens no Lollapalooza até o “Spa de Mal-Estar da Wandinha”. A brincadeira foi criada para a 2ª temporada do hit da Netflix, lançada no início do mês. 

Para dialogar com o consumidor que busca experiências mais conscientes e responsáveis — sem abrir mão do entretenimento —, as marcas precisam descobrir qual o seu papel nessa jornada, diz Aranha. 

“O importante é entender seu lugar de fala dentro do universo do bem-estar e trazer verdade sem ser oportunista. A verdade ajuda a contar histórias mais legais e proporcionar algo de valor”, afirma. “No brand experience, a lembrança da marca fica muito mais guardada pela pessoa. Se a iniciativa não gerar conexão real, pode provocar uma reação negativa mais intensa do que se fosse apenas uma propaganda.”  

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