Como maior festival de inovação e criatividade do mundo, o South by Southwest 24 (SXSW) abarca uma diversidade de discussões e movimentos que estão na ponta das transformações que impactam sociedade e negócios. E, embora a tecnologia atravesse de forma transversal todos os campos, nem todas as disrupções têm necessariamente a ver diretamente com ela. O novo pode nascer de onde não se espera.
Underground economy, design climático e no campo dos psicodélicos, storytelling para re-humanização de marcas são alguns dos temas mapeados na cobertura especial do UOL Para Marcas no SXSW 24, realizada diretamente de Austin, no Texas (EUA), que fogem da agenda tech como motor central.
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Nesta edição do megafestival, nossa curadoria de tendências conta com a parceria da GoAd Media, além dos olhares da correspondente Leila Ribeiro, phD e especialista em inovação, e da equipe de UOL Content_LAB. que trazem suas impressões voltadas às marcas e mercados emergentes. A cobertura do SXSW, que vai até 16 de março, tem o patrocínio do banco Itaú.
Veja insights que vão além da agenda tech:
Underground Economy
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Para José Saad Neto, head de insights da GoAd Media, esta é uma das edições do “South by” mais vibrantes desde que o festival foi criado em 1987. E, mesmo que as IAs sejam um assunto constante por todos os cantos em Austin, muita inovação tem surgido na “periferia” dessa discussão.
“Por aqui tem se discutido desde soluções para desafios urbanos até o crescimento da underground economy, que engloba hoje mercados ainda não regulados, como o de psicodélicos.” E na Casa SP, iniciativa da agência de fomento InvestSP, o destaque vai para a economia das favelas e para a potência da arte periférica.
Storytelling e re-humanização
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Para Carol Braga, head de Consumer Insights do UOL, o SXSW este ano se preocupou em lembrar que, numa era de inteligências artificiais (IAs) e exploração espacial, não se pode esquecer do que é humano.
“Uma coisa que nos define como humanos é a nossa capacidade de contar histórias. E a storyteller Cheryl Miller House apresentou, em sua palestra, recursos práticos para marcas que desejam melhorar sua conexão com o público. Para ela, a chave é humanizar a marca e transformá-la numa personagem – com profundidade, qualidades e vulnerabilidades e histórias –, que tem maior capacidade de falar ao coração do que o propósito de marca.”
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Nesse mesmo sentido, Bebeto Pirró, diretor de publicidade do UOL, observa que um dos principais pontos desta edição do SXSW está nas conexões humanas. “No ano passado se falou muito que as IAs iriam transformar tudo muito rápido. Este ano, a grande diferença é que a inteligência artificial vai fazer parte de tudo como suporte às pessoas para melhorar produtividade e, com isso, sobrar mais tempo para as conexões.”
Design para psicodélicos e clima
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A correspondente Leila Ribeiro, PhD e especialista em Inovação, percorreu a track de Design do SXSW 24, e destaca tendências aplicadas em saúde e sustentabilidade. “Na área de desenho de sistemas, a escola de design de Stanford, a D.School, criou o primeiro curso voltado a psicodélicos e medicina, com foco em redesenhar o tratamento para pacientes de câncer, cuidando do corpo e também dos sentimentos e espiritualidade”, diz.
Ela também chama a atenção para o design aplicado à adaptação climática nas cidades, a partir do painel com a arquiteta Pippa Brashear. “Ela mostra que cidades precisam ser planejadas a partir do sistema da natureza, saindo de métodos de engenharia baseados no modelo mental do patrimônio, para construir cidades transitórias que se modificam sempre em busca de equidade social e equilíbrio ambiental.”
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