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‘Modo automático’: estudo da Eisenbahn mostra efeitos de viver de forma acelerada

Imagem: Divulgação/Eisenbahn

Os brasileiros estão vivendo num ritmo acelerado, que aparece na relação com as tecnologias e tem efeitos na saúde mental. Essas constatações estão no estudo “Modo Automático – A relação do brasileiro com o tempo”, encomendado pela cervejaria Eisenbahn, do Grupo Heineken, ao DataFolha.

Entre os entrevistados, 43% dizem viver em um ritmo acelerado ou muito acelerado, e 33% declaram que sentem estar no modo automático. O objetivo do levantamento é compreender a relação do brasileiro com o tempo, para poder criar ações que incentivam a melhora da qualidade de vida.

“A pesquisa traz luz e comprova um fato alarmante: estamos todos acelerando a vida na velocidade 2x. Isso nos leva a viver uma vida mais vazia, no automático. A Eisenbahn quer trazer luz para esse debate, provocando o consumidor a viver na velocidade normal, em 1x, para assim conseguir dedicar tempo e atenção para as situações da rotina que realmente importam”, afirma Karina Pugliesi, diretora de marketing da Eisenbahn.

A fala da executiva se baseia no dado de que mais de um quarto dos respondentes (26%) relata que assiste a vídeos ou ouve áudios em velocidade alterada, para sobrar tempo para resolver outras tarefas. Ao todo, foram ouvidas 1.500 pessoas acima de 18 anos e com acesso à internet, por meio de questionário online, em todas as regiões do país.

A relação com os dispositivos conectados é um dos pilares da pesquisa: 78% concordam totalmente ou em parte que a aceleração da tecnologia e o excesso de informações tornaram mais difícil a concentração em uma única atividade. E 45% costumam mexer no smartphone e redes sociais enquanto realizam outras tarefas.

Esse modo de viver traz implicações no autocuidado e na saúde mental, segundo a pesquisa. Metade dos entrevistados (50%) diz que sente ansiedade quando pensa nas tarefas do dia a dia. E 35% das pessoas ouvidas dizem que falta tempo para cuidar melhor da saúde. No recorte de idade de 25 a 34 anos, esse índice sobe para 44%.

O FOMO (fear of missing out, ou medo de deixar passar alguma informação) também foi mapeado: 67% dos entrevistados com ritmo acelerado de vida mostraram-se preocupados por sentir que não estão acompanhando o que acontece no planeta.

Nessa disputa por atenção na qual as tecnologias digitais saem na frente, atividades desconectadas têm sido deixadas para trás: 48% dos participantes da pesquisa dedicam menos tempo do que gostariam lendo livros, ou praticando um hobby (47%).

Mas, para além da evolução tecnológica, o momento pós-pandêmico também produz efeitos. Quase a totalidade da amostra (90%) diz concordar totalmente ou em parte que os dias passam mais rápido hoje do que passavam na infância. Além disso, 80% também concordam que, desde a pandemia, parece que o tempo está passando mais rápido.


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