O público brasileiro já incorpora os games em seus hábitos de entretenimento, mostra a Pesquisa Game Brasil 2019. Para 63,8% dos respondentes, o jogo digital está entre suas principais formas de diversão. Destes, 58,6% já declaram que o game é o seu maior meio de descontração. A 6ª edição do estudo foi realizada em fevereiro de 2019, com 3.251 pessoas de todos os Estados, que responderam às questões online.
Para as estratégias de marcas interessadas nos jogos eletrônicos, é importante observar como esse meio se conecta aos demais. De acordo com a PGB 2019, a experiência do jogo é dividida com outras atividades de consumo, seja de mídia e ou de produtos: 48,3% dizem assistir à TV enquanto jogam, 41% escutam música e 23,5% navegam na internet.
Eles também comem (23,5%) e bebem (23,3%) durante o jogo. O consumo dos gamers entrevistados é de salgadinhos/snacks (33,7%), sucos (32,6%), refrigerantes (32,5%), chocolates/doces (31,1%) e energéticos (7,6%). Isso mostra clara oportunidade de inserção de marcas não-endêmicas no universo gamer.
Maioria é mulher e joga no smartphone
Os dados gerais da pesquisa apontam que os gamers brasileiros já são 66,3%, entre os consultados. A maioria é mulher (53%), contra 47% de homens. O estudo considera gamers aqueles que têm o hábito de se entreter com jogos eletrônicos, independentemente de estilo, frequência, duração de partidas e conhecimento sobre softwares e hardwares. Entre as principais plataformas de jogo, estão smartphone (83%), videogame (48,5%) e notebook (42,6%).
Os jogadores foram divididos em dois perfis: o casual gamer, que joga até três vezes por semana em sessões de até três horas (67,2%) e o hardcore gamer, que tem uma frequência de jogo acima de três vezes por semana, com duração superior a três horas (32,8%).
O casual gamer é um perfil predominantemente feminino (58,8%) e adepto do smartphone (57,8% preferem o celular para jogar). O hardcore gamer é um perfil predominantemente masculino (58,9%) e adepto do videogame (preferência de 41,8%). Os hardcore gamers costumam consumir mais alimentos durante as partidas que os casual gamers, como refrigerantes (39%), salgadinhos (38,1%) e sucos (35,7%).
eSports: o jogo como profissão
A pesquisa ainda mostra uma forte adesão aos jogos competitivos: 60,3% dos entrevistados já ouviram falar de eSports (esportes eletrônicos). Destes, 48% jogam ou praticam a modalidade. Um dado interessante é que 20,6% declararam já ter participado de campeonatos. Entre eles, 49,8% disseram já ter ganhado dinheiro com a atividade.
Esse recorte mostra que, além de diversão, os games já começam a ser vistos entre os brasileiros como possibilidade de ganhos e atuação profissional. Fora do Brasil, universidades já formam atletas de eSports de olho no mercado de trabalho e em oportunidades junto a marcas.