Quanto vale a credibilidade de um publisher? Compensa investir em conteúdo jornalístico aprofundado, denso e investigativo? “A maioria dos anunciantes quer fugir desse tipo de conteúdo, mas exatamente o que eles pedem para ficar de fora é o que os traz para dentro do UOL, que é a confiança e a credibilidade”, afirma Bebeto Pirró, diretor de publicidade do UOL, no painel “A relevância da credibilidade e qualidade na produção de conteúdo”, do Maximídia.
O compromisso com a verdade, o combate à desinformação e a busca pela pluralidade de pessoas, ideias e formatos de conteúdo são os principais ativos do UOL. “Nossa redação tem quase mil pessoas. Hoje não tem na internet uma estrutura de conteúdo dessas. Nós — e acho que todos que estão aqui — temos responsabilidade de saber onde sua marca está sendo veiculada, se é verdade, se não é. A gente está numa época muito complicada de fake news e tantos absurdos. E você tem que ter um porto seguro”, disse o executivo.
A discussão fez parte da programação do último dia do Maximídia, evento realizado pelo Meio e Mensagem. O painel contou ainda com a presença de Murilo Garavello, diretor de conteúdo do UOL, Juliana Dal Piva, repórter investigativa e colunista do UOL, e Fabíola Cidral, apresentadora do UOL News, como mediadora.
Exemplo emblemático de como um conteúdo exclusivo e independente se torna tão relevante que ajuda a escrever a história do país é o podcast “A Vida Secreta de Jair”, realizado a partir do trabalho investigativo da jornalista Juliana Dal Piva, que acompanha a família Bolsonaro desde os tempos da Assembleia. A série está entre as mais ouvidas do ano no Spotify.
”É uma responsabilidade com a história do nosso tempo”, diz a jornalista. “Nosso desafio no podcast foi resumir tudo o que venho investigando nos últimos três anos, e ainda trazer novidades. A história começa com remessas de assessores de Flávio Bolsonaro para Fabrício Queiroz. E eu conheci uma pessoa que tinha gravações inéditas da Ana Cristina Valle [ex-mulher do presidente e peça-chave para compreender a teia de relações no escândalo das rachadinhas]”.
Para Murilo Garavello, conteúdo exclusivo e de impacto são essenciais para a construção e manutenção da credibilidade do veículo. “Já tem muito tempo que temos investido em um núcleo investigativo, com pessoas que ficam meses atrás de várias histórias. Hoje temos sete em andamento. Há um mês a gente publicou uma série documental que levou um ano de investigação sobre denúncias de violência sexual de um padre em Minas Gerais.”
Pluralidade e diversidade
Mas essa é apenas uma parte de um imenso esforço de produção de conteúdo do UOL, que está cada vez mais plural e diverso, em vozes, ideias e pessoas. “Tem tanta coisa ainda para fazer em diversidade, não é algo para a gente se vangloriar. Mas é uma filosofia nossa que ganhou mais força quando criamos o ECOA (vertical de sustentabilidade) e pensamos: ‘se queremos um mundo melhor, temos de fazer um conteúdo sobre mais gente, para mais gente’.” A partir daí, foi criado um comitê interno, chamado UOL Plural, que estabeleceu metas de diversidade para todos os verticais.
Essa pluralidade também aparece nos temas. O UOL vem investindo forte também no território de entretenimento. O movimento deu origem ao Canal UOL, grade de programação em vídeos que une toda a produção. “A gente vem intensificando nossa produção de vídeo de entretenimento nos últimos anos, criando formatos inclusive sob demanda das marcas. E este ano a gente se deu conta de que valia a pena organizar tudo o que a gente faz num lugar, o que não é pouco, a gente faz jornalismo, esporte, entretenimento o tempo inteiro.”
O conteúdo que se ancora no Canal UOL se espalha de modo multiplataforma, acompanhando as jornadas de consumo de informação onde quer que o público esteja. “Quando a gente faz um programa do Canal UOL, ele tem um impacto ao vivo, porque a gente transmite ao mesmo tempo no UOL, YouTube e Twitter. Esse conteúdo depois é fragmentado em um monte de vídeos que vão para Facebook e Twitter, TikTok, Instagram”, explica Murilo.
Sempre sob uma perspectiva que conversa com todos. “Quando a gente abre a página do UOL, que é a primeira que todo mundo abre, você tem de tudo lá. Quem quer acompanhar A Fazenda tem lá. Tudo o que está acontecendo na política, na economia, tem lá. É esse balanço que faz o UOL ser do tamanho que é, porque fala para a empregada doméstica e ao CEO da empresa”, resume Fabíola Cidral.