Sem filtro: o que move e como age a geração Alpha
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Fernanda Bottoni - UOL para Marcas
A geração Alfa, que tem hoje entre 8 e 15 anos, está mais propensa a olhar as redes sociais do que a postar. Mesmo com tantos dispositivos conectados, essas crianças e adolescentes estão redescobrindo o valor da vida real. Essas são algumas das descobertas de um estudo da GWI que reúne mais de 20 mil entrevistas com pessoas dessa faixa etária em 18 mercados, incluindo o Brasil. Confira a seguir os principais insights que podem guiar as ações e as estratégias das marcas voltadas para esse público.
Menos notícias, mais podcasts
Em comparação com 2021, menos crianças estão acompanhando as notícias ou as causas ambientais. Seu interesse está mais voltado para podcasts do que para notícias.
O estudo sugere que elas possam estar se desligando para proteger a saúde mental, diante da exposição a crises globais, estresse econômico transmitido pelos pais e discurso polarizado.
Para marcas e veículos, a dica é pensar nos formatos que a geração Alfa prefere – como áudio ou vídeo – em formato de conversa.
Beleza e maquiagem
Beleza, maquiagem e moda estão ganhando destaque entre os interesses da geração. No Reino Unido, por exemplo, a proporção de adolescentes interessados em beleza ou maquiagem mais que dobrou desde 2022, passando de 4% para os atuais 9%. Nos EUA, 44% das adolescentes assistiram sozinhas a um tutorial de maquiagem na última semana.
Esse comportamento alerta para o fato de as crianças estarem experimentando produtos feitos para a pele adulta. Algumas empresas já reagiram. A americana Kiehl’s lançou uma campanha contra o aumento de rotinas de 10 passos para menores de 15 anos. Farmácias suecas proibiram a venda de determinados produtos para crianças. A canadense Indeed Labs, de cuidados com a pele, desenvolveu fórmulas projetadas para peles mais jovens.
O estudo indica ainda que jovens de 12 a 15 anos, amantes de beleza e maquiagem, têm 55% mais chances do que seus pares de descobrir produtos por meio de celebridades ou criadores de conteúdo. Ou seja, marcas podem usar essas vozes não apenas para vender, mas para sinalizar claramente para quem seus produtos realmente foram feitos.
Menos telas, mais vida real
Cinco anos após a pandemia – que gerou uma superexposição das crianças às telas, inclusive para atividades escolares – a geração mais nova está redescobrindo a vida offline e a diversão de caminhar em família ou assistir a um filme com amigos.
Entre 2021 e 2025, a proporção de crianças e adolescentes que preferem o cinema ao streaming cresceu 44%. Houve também aumento de 15% no hábito de encontrar amigos no final de semana.
Por outro lado, 40% daqueles que têm entre 12 e 15 anos dizem fazer pausas em seus dispositivos, o que indica que estão atentos ao tempo que passam online.
Jogos híbridos
Entre os entrevistados de 8 a 11 anos, 77% jogam videogame. Entre os que têm de 12 a 15 anos, 38% gostam de títulos com elementos de construção ou criação, e o aumento de jogos estilo sandbox, como Roblox e Minecraft, comprova isso. O uso do Roblox quase dobrou desde 2021, saltando de 26% para 51%.
O mais interessante, no entanto, é que a parcela de adolescentes que jogam videogame com os amigos pessoalmente cresceu nos últimos anos. Os jogos híbridos, como Mario Party, tiveram aumento de 11% no engajamento desde 2021.
Isso indica que os jogos agora são o local em que as amizades se formam, os bate-papos em grupo começam e os primeiros encontros acontecem. A geração Alfa não necessariamente escolhe entre online ou offline porque suas experiências geralmente são uma mistura de ambos.
Meninas empoderadas
As meninas Alpha estão mais empoderadas, 54% acreditam que podem fazer o trabalho que quiserem, e isso fica claro em seus objetivos de carreira. Ainda que os empregos em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática estejam dominados por homens por enquanto, as meninas estão mostrando mais interesse em áreas como direito e medicina.
Pela primeira vez, o Conselho Médico Geral do Reino Unido registrou mais médicas do que médicos. A pesquisa sugere que as mulheres continuarão a ultrapassar os homens nessas profissões, com mais meninas demonstrando interesse por elas.
Olham, mas não postam
As crianças de hoje são mais conectadas do que qualquer geração anterior: aos 8 anos, 86% têm acesso a um smartphone ou tablet. Aos 13, quase três quartos têm seu próprio celular. Mas o comportamento dessa geração é diferente.
Em geral, eles acessam os dispositivos para assistir, navegar e comprar. Houve um grande aumento em comportamentos passivos, como acompanhar esportes, identificar tendências e buscar inspiração para estilo.
Por outro lado, em comparação com 2021, menos jovens de 12 a 15 anos usam as redes sociais para compartilhar opiniões, ler notícias ou falar sobre causas com as quais se importam. Apenas 1 em cada 10 posta tudo o que faz e apenas 2 em cada 5 se sentem à vontade para postar o que realmente pensam.
A recomendação é pensar como as marcas aparecem no feed dessa geração, considerando que o visual é a sua linguagem e o TikTok é sua plataforma favorita. É lá que crianças e adolescentes buscam inspiração visual, seja em estilo, produtos ou criadores com que se identificam. Para ganhar sua confiança a melhor estratégia pode ser oferecer algo que valha a pena salvar ou compartilhar.
Não pagam, mas influenciam
O estudo mostrou também que, embora a geração Alpha não pague a conta, ela influencia o que entra no carrinho. A maioria das crianças de 8 a 11 anos tem voz ativa — ou até mesmo a palavra final — em tudo, de brinquedos a comida.
Quase 60% dessas crianças gastam o dinheiro do bolso com comida, sua principal categoria de compra. Quando se trata de brinquedos, cerca de um terço afirma que decide sozinha.
Sem filtro: o que move e como age a geração Alpha
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Fernanda Bottoni - UOL para Marcas
A geração Alfa, que tem hoje entre 8 e 15 anos, está mais propensa a olhar as redes sociais do que a postar. Mesmo com tantos dispositivos conectados, essas crianças e adolescentes estão redescobrindo o valor da vida real. Essas são algumas das descobertas de um estudo da GWI que reúne mais de 20 mil entrevistas com pessoas dessa faixa etária em 18 mercados, incluindo o Brasil. Confira a seguir os principais insights que podem guiar as ações e as estratégias das marcas voltadas para esse público.
Menos notícias, mais podcasts
Em comparação com 2021, menos crianças estão acompanhando as notícias ou as causas ambientais. Seu interesse está mais voltado para podcasts do que para notícias.
O estudo sugere que elas possam estar se desligando para proteger a saúde mental, diante da exposição a crises globais, estresse econômico transmitido pelos pais e discurso polarizado.
Para marcas e veículos, a dica é pensar nos formatos que a geração Alfa prefere – como áudio ou vídeo – em formato de conversa.
Beleza e maquiagem
Beleza, maquiagem e moda estão ganhando destaque entre os interesses da geração. No Reino Unido, por exemplo, a proporção de adolescentes interessados em beleza ou maquiagem mais que dobrou desde 2022, passando de 4% para os atuais 9%. Nos EUA, 44% das adolescentes assistiram sozinhas a um tutorial de maquiagem na última semana.
Esse comportamento alerta para o fato de as crianças estarem experimentando produtos feitos para a pele adulta. Algumas empresas já reagiram. A americana Kiehl’s lançou uma campanha contra o aumento de rotinas de 10 passos para menores de 15 anos. Farmácias suecas proibiram a venda de determinados produtos para crianças. A canadense Indeed Labs, de cuidados com a pele, desenvolveu fórmulas projetadas para peles mais jovens.
O estudo indica ainda que jovens de 12 a 15 anos, amantes de beleza e maquiagem, têm 55% mais chances do que seus pares de descobrir produtos por meio de celebridades ou criadores de conteúdo. Ou seja, marcas podem usar essas vozes não apenas para vender, mas para sinalizar claramente para quem seus produtos realmente foram feitos.
Menos telas, mais vida real
Cinco anos após a pandemia – que gerou uma superexposição das crianças às telas, inclusive para atividades escolares – a geração mais nova está redescobrindo a vida offline e a diversão de caminhar em família ou assistir a um filme com amigos.
Entre 2021 e 2025, a proporção de crianças e adolescentes que preferem o cinema ao streaming cresceu 44%. Houve também aumento de 15% no hábito de encontrar amigos no final de semana.
Por outro lado, 40% daqueles que têm entre 12 e 15 anos dizem fazer pausas em seus dispositivos, o que indica que estão atentos ao tempo que passam online.
Jogos híbridos
Entre os entrevistados de 8 a 11 anos, 77% jogam videogame. Entre os que têm de 12 a 15 anos, 38% gostam de títulos com elementos de construção ou criação, e o aumento de jogos estilo sandbox, como Roblox e Minecraft, comprova isso. O uso do Roblox quase dobrou desde 2021, saltando de 26% para 51%.
O mais interessante, no entanto, é que a parcela de adolescentes que jogam videogame com os amigos pessoalmente cresceu nos últimos anos. Os jogos híbridos, como Mario Party, tiveram aumento de 11% no engajamento desde 2021.
Isso indica que os jogos agora são o local em que as amizades se formam, os bate-papos em grupo começam e os primeiros encontros acontecem. A geração Alfa não necessariamente escolhe entre online ou offline porque suas experiências geralmente são uma mistura de ambos.
Meninas empoderadas
As meninas Alpha estão mais empoderadas, 54% acreditam que podem fazer o trabalho que quiserem, e isso fica claro em seus objetivos de carreira. Ainda que os empregos em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática estejam dominados por homens por enquanto, as meninas estão mostrando mais interesse em áreas como direito e medicina.
Pela primeira vez, o Conselho Médico Geral do Reino Unido registrou mais médicas do que médicos. A pesquisa sugere que as mulheres continuarão a ultrapassar os homens nessas profissões, com mais meninas demonstrando interesse por elas.
Olham, mas não postam
As crianças de hoje são mais conectadas do que qualquer geração anterior: aos 8 anos, 86% têm acesso a um smartphone ou tablet. Aos 13, quase três quartos têm seu próprio celular. Mas o comportamento dessa geração é diferente.
Em geral, eles acessam os dispositivos para assistir, navegar e comprar. Houve um grande aumento em comportamentos passivos, como acompanhar esportes, identificar tendências e buscar inspiração para estilo.
Por outro lado, em comparação com 2021, menos jovens de 12 a 15 anos usam as redes sociais para compartilhar opiniões, ler notícias ou falar sobre causas com as quais se importam. Apenas 1 em cada 10 posta tudo o que faz e apenas 2 em cada 5 se sentem à vontade para postar o que realmente pensam.
A recomendação é pensar como as marcas aparecem no feed dessa geração, considerando que o visual é a sua linguagem e o TikTok é sua plataforma favorita. É lá que crianças e adolescentes buscam inspiração visual, seja em estilo, produtos ou criadores com que se identificam. Para ganhar sua confiança a melhor estratégia pode ser oferecer algo que valha a pena salvar ou compartilhar.
Não pagam, mas influenciam
O estudo mostrou também que, embora a geração Alpha não pague a conta, ela influencia o que entra no carrinho. A maioria das crianças de 8 a 11 anos tem voz ativa — ou até mesmo a palavra final — em tudo, de brinquedos a comida.
Quase 60% dessas crianças gastam o dinheiro do bolso com comida, sua principal categoria de compra. Quando se trata de brinquedos, cerca de um terço afirma que decide sozinha.
Sem filtro: o que move e como age a geração Alpha
AdobeStock

Fernanda Bottoni - UOL para Marcas
A geração Alfa, que tem hoje entre 8 e 15 anos, está mais propensa a olhar as redes sociais do que a postar. Mesmo com tantos dispositivos conectados, essas crianças e adolescentes estão redescobrindo o valor da vida real. Essas são algumas das descobertas de um estudo da GWI que reúne mais de 20 mil entrevistas com pessoas dessa faixa etária em 18 mercados, incluindo o Brasil. Confira a seguir os principais insights que podem guiar as ações e as estratégias das marcas voltadas para esse público.
Menos notícias, mais podcasts
Em comparação com 2021, menos crianças estão acompanhando as notícias ou as causas ambientais. Seu interesse está mais voltado para podcasts do que para notícias.
O estudo sugere que elas possam estar se desligando para proteger a saúde mental, diante da exposição a crises globais, estresse econômico transmitido pelos pais e discurso polarizado.
Para marcas e veículos, a dica é pensar nos formatos que a geração Alfa prefere – como áudio ou vídeo – em formato de conversa.
Beleza e maquiagem
Beleza, maquiagem e moda estão ganhando destaque entre os interesses da geração. No Reino Unido, por exemplo, a proporção de adolescentes interessados em beleza ou maquiagem mais que dobrou desde 2022, passando de 4% para os atuais 9%. Nos EUA, 44% das adolescentes assistiram sozinhas a um tutorial de maquiagem na última semana.
Esse comportamento alerta para o fato de as crianças estarem experimentando produtos feitos para a pele adulta. Algumas empresas já reagiram. A americana Kiehl’s lançou uma campanha contra o aumento de rotinas de 10 passos para menores de 15 anos. Farmácias suecas proibiram a venda de determinados produtos para crianças. A canadense Indeed Labs, de cuidados com a pele, desenvolveu fórmulas projetadas para peles mais jovens.
O estudo indica ainda que jovens de 12 a 15 anos, amantes de beleza e maquiagem, têm 55% mais chances do que seus pares de descobrir produtos por meio de celebridades ou criadores de conteúdo. Ou seja, marcas podem usar essas vozes não apenas para vender, mas para sinalizar claramente para quem seus produtos realmente foram feitos.
Menos telas, mais vida real
Cinco anos após a pandemia – que gerou uma superexposição das crianças às telas, inclusive para atividades escolares – a geração mais nova está redescobrindo a vida offline e a diversão de caminhar em família ou assistir a um filme com amigos.
Entre 2021 e 2025, a proporção de crianças e adolescentes que preferem o cinema ao streaming cresceu 44%. Houve também aumento de 15% no hábito de encontrar amigos no final de semana.
Por outro lado, 40% daqueles que têm entre 12 e 15 anos dizem fazer pausas em seus dispositivos, o que indica que estão atentos ao tempo que passam online.
Jogos híbridos
Entre os entrevistados de 8 a 11 anos, 77% jogam videogame. Entre os que têm de 12 a 15 anos, 38% gostam de títulos com elementos de construção ou criação, e o aumento de jogos estilo sandbox, como Roblox e Minecraft, comprova isso. O uso do Roblox quase dobrou desde 2021, saltando de 26% para 51%.
O mais interessante, no entanto, é que a parcela de adolescentes que jogam videogame com os amigos pessoalmente cresceu nos últimos anos. Os jogos híbridos, como Mario Party, tiveram aumento de 11% no engajamento desde 2021.
Isso indica que os jogos agora são o local em que as amizades se formam, os bate-papos em grupo começam e os primeiros encontros acontecem. A geração Alfa não necessariamente escolhe entre online ou offline porque suas experiências geralmente são uma mistura de ambos.
Meninas empoderadas
As meninas Alpha estão mais empoderadas, 54% acreditam que podem fazer o trabalho que quiserem, e isso fica claro em seus objetivos de carreira. Ainda que os empregos em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática estejam dominados por homens por enquanto, as meninas estão mostrando mais interesse em áreas como direito e medicina.
Pela primeira vez, o Conselho Médico Geral do Reino Unido registrou mais médicas do que médicos. A pesquisa sugere que as mulheres continuarão a ultrapassar os homens nessas profissões, com mais meninas demonstrando interesse por elas.
Olham, mas não postam
As crianças de hoje são mais conectadas do que qualquer geração anterior: aos 8 anos, 86% têm acesso a um smartphone ou tablet. Aos 13, quase três quartos têm seu próprio celular. Mas o comportamento dessa geração é diferente.
Em geral, eles acessam os dispositivos para assistir, navegar e comprar. Houve um grande aumento em comportamentos passivos, como acompanhar esportes, identificar tendências e buscar inspiração para estilo.
Por outro lado, em comparação com 2021, menos jovens de 12 a 15 anos usam as redes sociais para compartilhar opiniões, ler notícias ou falar sobre causas com as quais se importam. Apenas 1 em cada 10 posta tudo o que faz e apenas 2 em cada 5 se sentem à vontade para postar o que realmente pensam.
A recomendação é pensar como as marcas aparecem no feed dessa geração, considerando que o visual é a sua linguagem e o TikTok é sua plataforma favorita. É lá que crianças e adolescentes buscam inspiração visual, seja em estilo, produtos ou criadores com que se identificam. Para ganhar sua confiança a melhor estratégia pode ser oferecer algo que valha a pena salvar ou compartilhar.
Não pagam, mas influenciam
O estudo mostrou também que, embora a geração Alpha não pague a conta, ela influencia o que entra no carrinho. A maioria das crianças de 8 a 11 anos tem voz ativa — ou até mesmo a palavra final — em tudo, de brinquedos a comida.
Quase 60% dessas crianças gastam o dinheiro do bolso com comida, sua principal categoria de compra. Quando se trata de brinquedos, cerca de um terço afirma que decide sozinha.
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