Orientar decisões por dados faz parte da rotina da maioria das empresas no Brasil, mas ainda faltam integração e eficiência no uso dessas informações, de acordo com o estudo Data Trends 2024. O levantamento, conduzido pela Opinion Box em parceria com a Looqbox, buscou conhecer o cenário de uso de dados nas estratégias das marcas no país, apontando avanços, gargalos e tendências.
De acordo com a pesquisa, que ouviu profissionais em diversas posições hierárquicas, 59% dos respondentes reconhecem a existência de uma cultura data-driven no seu local de trabalho, com 71% acessando dados diariamente em suas atividades. Isso, segundo o estudo, denota uma amplitude importante da transformação digital no país.
No entanto, a integração digital é baixa. Para 78% dos profissionais ouvidos, os dados usados são apenas os gerados em seus próprios silos dentro da empresa, sem compartilhamento entre as demais áreas. “Hoje o cenário ainda é de departamentos isolados trabalhando com suas próprias iniciativas de dados”, afirma o relatório.
Para o levantamento, foram ouvidos 1001 profissionais de empresas privadas de todas as regiões do Brasil e classes sociais, por meio de questionário em plataforma online. Quase metade dos entrevistados ocupa cargos operacionais, um quarto exerce funções de liderança. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais.
A falta de ferramentas adequadas, que permitam uma visão mais holística dos dados, é o principal fator que explica a baixa integração digital. No estudo, 83% dos entrevistados ainda usam planilhas do Excel para acessar informações da empresa em suas atividades. Além disso, somente 17% dos respondentes disseram usar plataformas de CRM ou ERP e 22% afirmam usar alguma ferramenta de BI para para tomada de decisões.
De acordo com o estudo, isso implica em perda de eficiência e desperdício de tempo: 30% dos respondentes gastam mais de uma hora por dia buscando informações da própria empresa para suas atividades. Os principais motivos para essa ineficiência são dados mal organizados (21%), dependência de outras pessoas para obter e analisar dados (19%) e falta de conhecimento técnico para obtê-los (16%).
“Mais de 20 horas de trabalho, por mês, são desperdiçadas porque os profissionais não encontram facilmente as informações que precisam para trabalhar. Esse é um grande ralo de dinheiro que não aparece na contabilidade”, alerta o documento.
Segurança de dados é outra questão. Apesar da LGPD, apenas 58% disseram que há políticas claras de segurança para evitar vazamentos de dados sensíveis na empresa em que trabalham. “Um número muito baixo dado a importância da segurança, que deve ser implementada mesmo nos estágios iniciais da transformação digital”, alerta o documento.
Quanto aos efeitos da Inteligência Artificial no dia a dia dos profissionais, como esperado, uma parcela significativa (46%) acredita que haverá um grande impacto em seu trabalho, enquanto 25% acreditam em um impacto limitado. “Se pensarmos que as IAs no ambiente de trabalho começaram a ser levadas a sério há menos de dois anos, esses números são consideravelmente altos.”
Integração é estratégica para publicidade
Ativar dados de forma adequada para ações de marketing data-driven eficientes e que respeitem a legislação é outro desafio das empresas. Nesse sentido, o UOL oferece às marcas um portfólio completo de soluções adtech. “Utilizamos data clean room e outros recursos para criar conectividade entre dados dos nossos clientes e o UOL ID, que é onde temos um entendimento 360º de toda a nossa massiva audiência”, afirma Adriano Marques, CDO e diretor de Adtech do UOL. “Vemos que a maioria das empresas tem muitas dúvidas e dificuldades para executar esse tipo de ação, e nós como um publisher com capabilities de adtech avançados, temos um papel super relevante para ajudar os anunciantes nessa ativação de seus dados proprietários em ambientes premium como o UOL”.
O executivo ainda afirma que o papel do UOL ID tende a crescer na estratégia do UOL: “Com o bloqueio dos cookies de terceiros no Chrome previsto para finalizar no final de 2024, todos os anunciantes terão desafios de segmentação. O entendimento que temos de nossa própria audiência de mais de 100 milhões de pessoas é um ativo extremamente relevante, e o UOL ID, que possui um entendimento de anos sobre essa audiência massiva, vai possibilitar não só o uso facilitado de nossos dados first party pelos anunciantes, como também o enriquecimento de seus dados proprietários e sua ativação em nossas propriedades de uma forma muito fácil.”