A maioria dos consumidores de móveis e decoração é fiel a marcas, realiza buscas diretamente nos sites das lojas, considera qualidade e estilo dos produtos e toma decisão principalmente por preço. Essa jornada foi mapeada pela pesquisa “Móveis e Decoração”, realizada pela Opinion Box, e ajuda a compreender o comportamento de compra após um ano de pandemia.
Segundo o levantamento, a maioria dos entrevistados procura por produtos do segmento de móveis e decoração nos buscadores (58%), mas chama a atenção que uma parcela também majoritária (56%) ao mesmo tempo pesquisa diretamente nos sites das lojas online que gosta e conhece.
Esse comportamento, por si só, já mostra a força do branding no setor. Mas o dado ainda é confirmado nas perguntas mais diretas. A maioria dos respondentes (51%) declara ser fiel às lojas de móveis e objetos de decoração onde costuma comprar. E 70% preferem pagar mais caro por marcas de móveis e decoração que gostam e confiam.
A pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2021, com 2.100 brasileiros acima de 16 anos, de todos os estados. A amostra colhida por meio de painel online tem representação de 19% das classes AB e 81% das classes CDE. E conta com 48% de homens e 52% de mulheres.
As cinco marcas mais lembradas espontaneamente pelos entrevistados foram Tok&Stok (para 10%), Etna (8%), Leroy Merlin (4%), Mobly (3%) e MadeiraMadeira (2%). E aqui é interessante ressaltar que, entre as primeiras do ranking, figuram dois marketplaces que trabalham exclusivamente no digital.
Isso é reflexo direto do avanço do setor de móveis e decoração nas vendas online, que tiveram alta expressiva de 128% em um ano, segundo o Relatório E-commerce do Brasil, feito pela Conversion, com dados de abril de 2021. O estudo foi mencionado pela head de insights da Opinion Box, Julia Vilella, ao explicar sobre os hábitos de compra online mapeados na apresentação da pesquisa.
“Essa mudança de comportamento de compra impactou muito positivamente este mercado. As pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e sentiram a necessidade de mexer na decoração, mexer na disposição dos ambientes para incluir atividades que antes não faziam em casa, como trabalho e exercícios físicos”, avaliou a executiva.
A compra digital no segmento tende a permanecer, embora com a reabertura gradual do comércio as lojas físicas voltem a ganhar força, até pela preferência do consumidor em experimentar os produtos. A maioria dos respondentes declara como principal local de compras as lojas físicas (62%), mas se mantém com grande relevância os meios digitais como site da loja (para 49%), aplicativos (30%) e outras formas de comércio online (19%).
Consideração e decisão
No meio do funil de vendas, a relação do consumidor com os produtos de móveis e decoração se aprofunda. Segundo a pesquisa, 83% dos respondentes declaram que “os objetos de decoração precisam ter a ver com meu estilo”, 83% dizem que os melhores móveis são os que duram mais tempo e 76% dizem que os produtos escolhidos “contam muito sobre minha personalidade”. São respostas que mostram, no momento da consideração, oportunidades para marcas trabalharem conteúdos que estimulem a proximidade com seus públicos.
Na etapa seguinte, do carrinho de compras, o que determina a decisão passa por critérios mais racionais, relacionados à oferta e às especificidades do produto, de acordo com a pesquisa. O preço é o principal fator decisor para 44% dos respondentes. Em seguida, vêm a qualidade do material (36%), durabilidade (29%), promoção (25%) e frete (21%).