Os jogos de celular deixaram de ser só passatempo. Desenvolvedoras de games para esportes eletrônicos estão cada vez mais investindo em títulos que rodam também em smartphones. Os já consagrados Fortnite e Cross Fire Legend, além dos lançamentos Free Fire e Brawl Stars, são exemplos.
Na prática, isso aquece o cenário competitivo, que atrai novos jogadores e um número de espectadores ainda maior, impulsionando a popularidade dos eSports. Em 2019, o público global deve chegar a 456 milhões de pessoas, segundo relatório de tendências da Newzoo, agência global de marketing de eSports.
A Newzoo, aliás, aponta os jogos mobile como uma frente em ascensão nos esportes eletrônicos. Isso é possível, segundo a agência, porque os smartphones tornaram-se poderosos o suficiente para igualar certos laptops em processamento. “Como resultado, games que antes eram exclusivos para PC e console já são comuns em dispositivos móveis”, diz o relatório.
À medida que não necessitam mais de “supermáquinas” para rodar, os games competitivos também se tornam mais acessíveis, podendo chegar com mais força aos mercados emergentes.
“Atraídas para o potencial desses mercados, as desenvolvedoras continuarão a adaptar as franquias populares ao mercado de jogos para dispositivos móveis, seguindo os exemplos recentes da Fortnite e do próximo título da Activision-Blizzard, Diablo Immortal”, afirma a Neozoo.
Ações de marca mais criativas
Para as marcas, as disputas nos smartphones criam novas e mais precisas possibilidades para se aproximar dos seus públicos, dentro do cenário de eSports. Além disso, a mobilidade e a informalidade — próprias do celular — abrem terreno para ações mais criativas e divertidas.
O modo “brincadeira” já é uma realidade na divulgação dos games para mobile. Para o Fortnite — hit de 2018 –, a desenvolvedora Epic Games criou partidas entre jogadores profissionais e celebridades. Para divulgar o campeonato mundial de Cross Fire Legend, a Smilegate levou para a China um time irreverente de influenciadores brasileiros.
Com o universo de eSports se tornando cada vez mais móvel, as marcas — tanto endêmicas como não-endêmicas — têm pela frente oportunidades que combinam brand experience, conteúdo, patrocínio de campeonatos e times, e a possibilidade de alcançar o público em qualquer lugar, no momento certo.