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Rodolfo Medina, do Grupo Dreamers: novas experiências serão híbridas e imersivas

Imagem: Divulgação

O universo dos eventos será em breve povoado de novas experiências híbridas e imersivas, prevê Rodolfo Medina, presidente executivo do Grupo Dreamers — holding com 16 empresas de comunicação e entretenimento, entre elas, o Rock in Rio e a agência Artplan. “Numa maratona, você vai poder pontuar para a prova sem precisar estar lá fisicamente”, afirma. Ele não está falando de forma hipotética, mas sim das provas virtuais da Maratona do Rio 2021, que será realizada em novembro pela Dream Factory, braço de eventos do grupo.

“A gente pode esperar experiências completamente novas com as possibilidades que o digital trouxe para a gente. No caso das artes, vai ter mais gente sabendo consumir o conteúdo. Faremos eventos mais participativos através, inclusive, da TV, que é uma tela super importante.

A escalada de digitalização pela qual o mundo passou em função da pandemia vem transformando radicalmente a indústria do entretenimento. E isso acelerou os planos do grupo, que já tinha uma estratégia desenhada com o propósito de realizar experiências memoráveis que também convertem. Em 2020, a holding passou por um rebranding, deixando de ser Grupo Artplan para se tornar Grupo Dreamers, com esse alinhamento.

Uma coisa que está forte no nosso DNA é usar a experiência para criar momentos mágicos. E passamos a entender essa experiência de forma mais alargada. Pode estar numa compra por e-commerce, num festival de música, numa maratona, na campanha.” Assim, a companhia ampliou seu campo de atuação entrando também para o marketing digital, performance e e-commerce, com a aquisição da V4 Company.

Embora as medidas de distanciamento social tenham sido um baque para o setor de entretenimento, Rodolfo viu no outro lado da moeda novas oportunidades se abrindo. “O isolamento trouxe para a gente uma nova audiência. E a gente entendeu que isso funciona. Sempre tivemos operações digitais real-time gigantes no Rock in Rio, para amplificar a experiência dos shows. Mas hoje existe uma audiência muito maior disponível para consumir esse conteúdo”, afirma.

Mesmo com a reabertura no pós-pandemia dando novo fôlego a shows e outros eventos presenciais, a busca pelo maior alcance no digital deve permanecer. “A vida é ao vivo e o digital não vai substituir o físico. Mas nem todo mundo poderá estar lá”, pontua o executivo. “Isso veio para ficar. Isso é uma mega oportunidade de aprimorar produtos, serviços, experiências.”

Ele ressalta que o digital deve transformar a live experience, permitindo no presencial experiências mais imersivas, integradas e interativas. Segundo Rodolfo, os novos formatos de eventos terão múltiplas telas, com pessoas e artistas gerando muito conteúdo, num “grande afluxo”. Nesse aspecto, um aprendizado importante deve vir dos games, território onde o grupo tem expertise adquirida com a realização da Game XP.

“É uma nova linguagem, um novo jeito de se comunicar. Quando começamos com a Game XP eram duas arenas dentro do Rock in Rio que não sabíamos se iriam funcionar. Tinha um pouco de feira, de live experience, lançamentos. E, quando lançamos, os ingressos estavam todos vendidos. Não é um nicho, é todo mundo. E todo mundo interagindo no digital.”


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