Networking|25 jun, 2025|

Laura Leal, da Kenner: ‘Senso de comunidade ressignifica o mundo da influência’

Mika Amato

Mika Amato

Por Débora Yuri - UOL para Marcas

Da garagem de um surfista a santuários da moda na França. A jornada da Kenner está ganhando novos capítulos com a ampliação de sua presença em território europeu. 

A marca de sandálias lançada no Rio de Janeiro, em 1988, chegou pela primeira vez a Marselha — mais especificamente, à vitrine da Corner Street, referência em streetwear. Em 26 de junho, inaugura em Paris um espaço na Galeries Lafayette, loja de departamentos de luxo fundada há 130 anos.

Até o final de julho, a capital francesa estará nos holofotes do setor. No período, vai sediar a Paris Fashion Week, a Semana de Moda Masculina e a Semana de Alta Costura.

Laura Leal, chief marketing officer da Kenner, define o movimento de ida para a França como “um casamento sem esforço”. 

“A multiculturalidade está intrínseca quando você vai para fora. O chinelo tem um papel de ocasião de uso e a marca é arrojada no design, além de representar uma atitude e um estilo de vida”, diz. 

Da zona sul aos meninos do passinho  

Inspiradas nos calçados de praia usados na Califórnia pelo pessoal do surfe, as sandálias Kenner foram criadas na garagem de Peter Simon (também surfista). Da década de 1980 para cá, a marca viveu fases distintas de popularidade. 

Jovens cariocas da zona sul e adultos em busca do conforto fornecido pelos produtos foram seus primeiros consumidores. Com a ascensão do funk, os chinelos viraram objetos de desejo também em morros e periferias. Parcerias e collabs com artistas como Anitta e o rapper L7nnon ajudaram a solidificar esse status. 

Segundo Leal, o consumidor da marca é o jovem maduro de classes A/B das principais capitais do Sudeste e do Nordeste. Mas existem públicos longitudinais — como o grupo que coloca qualidade, conforto e alta durabilidade acima do preço. Outro é aquele com repertório de moda, que não abre mão do design. 

“As pessoas se expressam por meio do que vestem. Nos tornamos um ícone de atitude, com escolas de samba usando, os meninos do passinho”, observa a CMO. “A Kenner tem uma potência, que é a verdade por trás da marca. Fomos escutando a nossa comunidade, e os consumidores foram nos convidando para entrar em seus territórios.”  

Focos da internacionalização   

Com o processo de internacionalização, a empresa foca na conexão com os universos de contracultura e streetwear mundo afora. 

“O Brasil ainda é muito associado a sol e praia, mas tem uma cena urbana cultural forte atualmente — uma brasilidade mais contemporânea, que envolve rap, música eletrônica, a comunidade preta”, afirma Laura Leal, que compartilhou insights e tendências do setor de moda com o UOL para Marcas. 

Para onde eu vou?  

“A gente não pode ter medo da escolha, não podemos deixar de escolher territórios. É preciso entender quais fazem sentido para cada marca.” 

Todas as ondas do mar 

“Depois de escolher um território, costumamos cometer erros tentando surfar todas as ondas, entrar em todas as trends. Temos de saber aonde não ir.”  

Revolução da influência 

“Uma tendência importante é o senso de comunidade — e ela ressignifica o mundo da influência. Estamos vendo esse deslocamento.” 

A vida real  

“A afirmação da omnicanalidade é outra tendência, para retenção de usuários e porque conceitos complexos só podem ser compreendidos com experiências físicas.”

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Networking|25 jun, 2025|

Laura Leal, da Kenner: ‘Senso de comunidade ressignifica o mundo da influência’

Mika Amato

Mika Amato

Por Débora Yuri - UOL para Marcas

Da garagem de um surfista a santuários da moda na França. A jornada da Kenner está ganhando novos capítulos com a ampliação de sua presença em território europeu. 

A marca de sandálias lançada no Rio de Janeiro, em 1988, chegou pela primeira vez a Marselha — mais especificamente, à vitrine da Corner Street, referência em streetwear. Em 26 de junho, inaugura em Paris um espaço na Galeries Lafayette, loja de departamentos de luxo fundada há 130 anos.

Até o final de julho, a capital francesa estará nos holofotes do setor. No período, vai sediar a Paris Fashion Week, a Semana de Moda Masculina e a Semana de Alta Costura.

Laura Leal, chief marketing officer da Kenner, define o movimento de ida para a França como “um casamento sem esforço”. 

“A multiculturalidade está intrínseca quando você vai para fora. O chinelo tem um papel de ocasião de uso e a marca é arrojada no design, além de representar uma atitude e um estilo de vida”, diz. 

Da zona sul aos meninos do passinho  

Inspiradas nos calçados de praia usados na Califórnia pelo pessoal do surfe, as sandálias Kenner foram criadas na garagem de Peter Simon (também surfista). Da década de 1980 para cá, a marca viveu fases distintas de popularidade. 

Jovens cariocas da zona sul e adultos em busca do conforto fornecido pelos produtos foram seus primeiros consumidores. Com a ascensão do funk, os chinelos viraram objetos de desejo também em morros e periferias. Parcerias e collabs com artistas como Anitta e o rapper L7nnon ajudaram a solidificar esse status. 

Segundo Leal, o consumidor da marca é o jovem maduro de classes A/B das principais capitais do Sudeste e do Nordeste. Mas existem públicos longitudinais — como o grupo que coloca qualidade, conforto e alta durabilidade acima do preço. Outro é aquele com repertório de moda, que não abre mão do design. 

“As pessoas se expressam por meio do que vestem. Nos tornamos um ícone de atitude, com escolas de samba usando, os meninos do passinho”, observa a CMO. “A Kenner tem uma potência, que é a verdade por trás da marca. Fomos escutando a nossa comunidade, e os consumidores foram nos convidando para entrar em seus territórios.”  

Focos da internacionalização   

Com o processo de internacionalização, a empresa foca na conexão com os universos de contracultura e streetwear mundo afora. 

“O Brasil ainda é muito associado a sol e praia, mas tem uma cena urbana cultural forte atualmente — uma brasilidade mais contemporânea, que envolve rap, música eletrônica, a comunidade preta”, afirma Laura Leal, que compartilhou insights e tendências do setor de moda com o UOL para Marcas. 

Para onde eu vou?  

“A gente não pode ter medo da escolha, não podemos deixar de escolher territórios. É preciso entender quais fazem sentido para cada marca.” 

Todas as ondas do mar 

“Depois de escolher um território, costumamos cometer erros tentando surfar todas as ondas, entrar em todas as trends. Temos de saber aonde não ir.”  

Revolução da influência 

“Uma tendência importante é o senso de comunidade — e ela ressignifica o mundo da influência. Estamos vendo esse deslocamento.” 

A vida real  

“A afirmação da omnicanalidade é outra tendência, para retenção de usuários e porque conceitos complexos só podem ser compreendidos com experiências físicas.”

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Networking|25 jun, 2025|

Laura Leal, da Kenner: ‘Senso de comunidade ressignifica o mundo da influência’

Mika Amato

Mika Amato

Por Débora Yuri - UOL para Marcas

Da garagem de um surfista a santuários da moda na França. A jornada da Kenner está ganhando novos capítulos com a ampliação de sua presença em território europeu. 

A marca de sandálias lançada no Rio de Janeiro, em 1988, chegou pela primeira vez a Marselha — mais especificamente, à vitrine da Corner Street, referência em streetwear. Em 26 de junho, inaugura em Paris um espaço na Galeries Lafayette, loja de departamentos de luxo fundada há 130 anos.

Até o final de julho, a capital francesa estará nos holofotes do setor. No período, vai sediar a Paris Fashion Week, a Semana de Moda Masculina e a Semana de Alta Costura.

Laura Leal, chief marketing officer da Kenner, define o movimento de ida para a França como “um casamento sem esforço”. 

“A multiculturalidade está intrínseca quando você vai para fora. O chinelo tem um papel de ocasião de uso e a marca é arrojada no design, além de representar uma atitude e um estilo de vida”, diz. 

Da zona sul aos meninos do passinho  

Inspiradas nos calçados de praia usados na Califórnia pelo pessoal do surfe, as sandálias Kenner foram criadas na garagem de Peter Simon (também surfista). Da década de 1980 para cá, a marca viveu fases distintas de popularidade. 

Jovens cariocas da zona sul e adultos em busca do conforto fornecido pelos produtos foram seus primeiros consumidores. Com a ascensão do funk, os chinelos viraram objetos de desejo também em morros e periferias. Parcerias e collabs com artistas como Anitta e o rapper L7nnon ajudaram a solidificar esse status. 

Segundo Leal, o consumidor da marca é o jovem maduro de classes A/B das principais capitais do Sudeste e do Nordeste. Mas existem públicos longitudinais — como o grupo que coloca qualidade, conforto e alta durabilidade acima do preço. Outro é aquele com repertório de moda, que não abre mão do design. 

“As pessoas se expressam por meio do que vestem. Nos tornamos um ícone de atitude, com escolas de samba usando, os meninos do passinho”, observa a CMO. “A Kenner tem uma potência, que é a verdade por trás da marca. Fomos escutando a nossa comunidade, e os consumidores foram nos convidando para entrar em seus territórios.”  

Focos da internacionalização   

Com o processo de internacionalização, a empresa foca na conexão com os universos de contracultura e streetwear mundo afora. 

“O Brasil ainda é muito associado a sol e praia, mas tem uma cena urbana cultural forte atualmente — uma brasilidade mais contemporânea, que envolve rap, música eletrônica, a comunidade preta”, afirma Laura Leal, que compartilhou insights e tendências do setor de moda com o UOL para Marcas. 

Para onde eu vou?  

“A gente não pode ter medo da escolha, não podemos deixar de escolher territórios. É preciso entender quais fazem sentido para cada marca.” 

Todas as ondas do mar 

“Depois de escolher um território, costumamos cometer erros tentando surfar todas as ondas, entrar em todas as trends. Temos de saber aonde não ir.”  

Revolução da influência 

“Uma tendência importante é o senso de comunidade — e ela ressignifica o mundo da influência. Estamos vendo esse deslocamento.” 

A vida real  

“A afirmação da omnicanalidade é outra tendência, para retenção de usuários e porque conceitos complexos só podem ser compreendidos com experiências físicas.”

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target