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Fábio Meneghati, da Greenz: conhecer IA será mandatório, mas poucos sabem usar

Imagem: Divulgação

Embora ferramentas de inteligência artificial estejam há tempos embarcadas em campanhas de publicidade – especialmente em estratégias de mídia, BI e growth –, o conhecimento de como operá-las para otimizar funções em disciplinas como atendimento, planejamento e até criação é algo ainda restrito a poucos profissionais de publicidade e marketing, segundo Fábio Meneghati, CEO da Greenz, agência aceleradora de negócios.

“Na fase em que a gente está, as pessoas sabem que a IA existe e que pode ajudar nas tarefas, mas os os profissionais ainda estão caminhando, quase como em um funil de vendas, de awareness, consideração, conversão. O mercado está muito longe ainda da utilização ampla de IA, porque são poucas as pessoas que estão sabendo utilizar em marketing e publicidade.”

Além disso, segundo a percepção de Fábio, o uso das IAs tem sido mais concentrado por quem exerce funções operacionais e também pela alta liderança, que recorre à tecnologia de forma estratégica. “Se formos classificar em níveis hierárquicos, as IAs são mais aplicadas nas operações técnicas, depois, vêm os C-Levels, que estão na ponta usando para compreender como a ferramenta contribui no negócio. Mas, na linha do meio, a média gerência ainda não está usando.”

No entanto, segundo ele, em poucos anos, saber operar IAs será atribuição de todos. “Por mais que exista uma certa diferença entre verticais de marketing e disciplinas nas agências, em todas elas isso vai se tornar mandatório. O que vai acontecer nos próximos cinco anos é que as IAs farão parte da rotina. Porque a ferramenta é um facilitador que auxilia o trabalho humano. Somada à ponderação humana, o uso das IAs será exponencial e transformador para os negócios.”

Pensando em suprir essa necessidade de conhecimento, segundo ele, a Greenz, em parceria com a Startse, tomou a iniciativa de criar um curso para preparar profissionais de marketing para esse desafio: o “IA Para Marketing“. “Tivemos juntos esse insight. O tema está em voga e vai perdurar mais tempo. Os profissionais realmente têm uma série de dúvidas, e a gente pode encurtar o caminho das pessoas.”

O primeiro curso sobre o tema lançado na plataforma Startse é voltado para um público iniciante. “É para a turma que sabe que a IA existe, mas não sabe o que fazer com ela na prática. Não é para uma pessoa que já está ‘promptando’ [produzindo prompts, que são os comandos dados à IA] há muito tempo. É para quem precisa saber utilizar, conhecer as melhores práticas.” A ideia é, nos próximos módulos, seguir avançando junto com eles na jornada.

Para compreender o funcionamento de uma IA generativa, de acordo com Fábio, é preciso, primeiro, experimentar a ferramenta para poder direcionar o estudo de acordo com as dificuldades que aparecem. “O profissional de marketing precisa, primeiro, começar a usar. E, então, estudar olhando para as dificuldades. E volta para a prática. Quanto mais você evolui no uso e no estudo, melhores são as respostas que obtém da ferramenta. Tem muita gente se debruçando sobre o tema.”

Ele destaca que parte do “segredo” para alcançar respostas satisfatórias com IAs generativas tem a ver com os insumos inseridos por quem opera a ferramenta, seja por meio de repertório próprio, ou por meio de upload de dados e materiais.

“Quanto mais repertório você tem, melhor prompeteiro você vai ser. Se você não oferece repertório ou dados, o prompt vai ficar empobrecido. O curso é um acelerador nesse sentido, de entender como combinar o fator humano com as técnicas para fazer um bom prompt. Tem formas de perguntar que aumentam a eficiência da IA.”


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