Vídeos de produtos se tornaram uma modalidade de entretenimento. Tutoriais, unboxing, tours, testes e demonstrações – úteis para futuros consumidores – também mostram potencial para divertir boa parte da audiência. É o que aponta o estudo “Consumo Espetáculo”, a quinta edição do YouTube Vibes, com insights trimestrais para o mercado. Entre os entrevistados, 84% consideram que vídeos de consumo entretêm.
Segundo o levantamento, conduzido em parceria com a Float, consultoria de cultura, comportamento e estratégia, um sinal importante de que a audiência se distrai com esse tipo de produção é que 78% gostam de assistir a vídeos relacionados a compras mesmo sem a intenção de comprar.
Esse é um dado interessante para marcas considerarem no planejamento, já que não necessariamente a presença nesse tipo de conteúdo terá efeito direto na conversão, embora possa construir branding. “Na era do Consumo Espetáculo, os vídeos sobre compras podem tanto estimular quanto aliviar os impulsos de compra do espectador”, afirma o estudo.
A pesquisa foi realizada por meio de consultas online com 1000 brasileiros, entre 18-64 anos e complementada com entrevistas a um grupo focal on-line com 9 participantes entre 18-50 anos, de classes ABC, residentes das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Manaus e Porto Alegre.
Os achados do levantamento foram divididos em três “vibes”, do ponto de vista de quem assiste aos vídeos: desejo guiado (busca por referências de compra), vitrine de milhões (aspiração de um mundo de luxo) e vaidades virtuais (mergulho nas realidades virtualizadas e compras imateriais).
Os vídeos que trazem referências de compra, claro, têm potencial de influência na decisão de consumo. Para 82% dos respondentes, é mais fácil se imaginar usando um produto a partir de vídeos que apresentam suas utilidades e características. E 62% têm como referência um youtuber/creator no qual confia sobre recomendações de marcas e produtos.
Mas outras modalidades de vídeos sobre consumo servem mais para satisfazer a curiosidade dos consumidores: 64% dos entrevistados dizem que assistem a vídeos que apresentam produtos de edições limitadas e exclusivas apenas para saber como são.
Já os vídeos sobre artigos de luxo servem de entretenimento à medida que alimentam a fantasia de riqueza, demonstrando experiências. A maioria da amostra (69%) acredita que vídeos que apresentam compras caras, ligadas a um estilo de vida aspiracional, “emprestam” uma sensação de pertencimento.
Enquanto isso, há quem já se familiarize com a ideia de que itens e eventos totalmente digitais são novos sonhos de consumo. Para 61% dos entrevistados, o metaverso não será apenas uma moda passageira. A maioria (56%) acha que itens virtuais como NFTs e skins em games já podem ser tão desejados quanto produtos reais. E 59% acreditam que a moda virtual logo terá tanta importância quanto a real.
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