_Insights

Varejo precisa se preparar para clima extremo em 2025, diz estudo da WGSN

Imagem: Vinicius Henrique/Unsplash

Clima extremo de um lado, uso de dados e inteligência artificial de outro. Questões da natureza e da tecnologia estão na ponta dos movimentos que devem alterar a lógica do varejo para os próximos anos, de acordo com o relatório “O Varejo Brasileiro em Permaevolução 2025”, conduzido pela WGSN, em parceria com a E-commerce Brasil.

Segundo o documento, os padrões climáticos extremos e imprevisíveis devem dificultar a gestão das operações logísticas de venda. Por isso, a recomendação é que os varejistas tornem seus modelos mais flexíveis para evitar o “efeito chicote”, ou seja, a discrepância entre a quantidade de pedidos e o número de vendas para o consumidor final, que atrapalha o fluxo de produção e vendas.

Além disso, o documento alerta para a necessidade de as marcas atuarem mais ativamente em prol do meio ambiente. “Pense além do seu posicionamento e diferenciação de marca na hora de planejar iniciativas com foco socioambiental”, recomenda o documento.  Entre os entrevistados, apenas 13% dos decisores de marca acreditam que suas empresas lideram suas categorias nos compromissos de ESG.

Para traçar oportunidades de evolução potentes e pertinentes para 2025 no varejo brasileiro, o estudo mapeou propulsores dos cenários global e local, além de realizar uma sondagem quantitativa com 306 decisores de marcas de diferentes categorias em parceria com o E-commerce Brasil e entrevistas qualitativas com executivos de grandes marcas.

Outras saídas para administrar a emergência climática envolvem investir na economia circular. “O conceito de desperdício se expande onde otimizar recursos é pensar além dos resíduos incluindo também parcerias, tecnologias, meio ambiente e sociedade como forma de construção de modelos de negócio mais saudáveis.”

Por outro lado, o estudo mapeou que o varejo tem muito a se beneficiar com a evolução das inteligências artificiais generativas. Um dos focos será o uso do “comércio subconsciente” para antecipar demandas. Segundo o levantamento, 90,5% dos dados do consumidor e recursos de IA serão fundamentais para entender, se antecipar e atender novos hábitos dos clientes.

Dessa forma, o uso de dados somado às IAs ajudará na antecipação de compras, que gera encantamento. “A construção da sua base primária de dados é uma oportunidade de conhecer mais sobre consumidores e também para que eles conheçam mais sobre si mesmos através dos interesses presentes na sua experiência.”

A partir daí, outra tendência será o uso de IAs para ajudar o público a tomar decisões do dia a dia. “Torne a vida dele mais simples e ofereça soluções para tarefas corriqueiras e necessidades sazonais”, afirma o relatório.

Nesse sentido, será imprescindível humanizar as relações dos consumidores com as máquinas. Segundo o estudo, 50% dos decisores ouvidos acreditam que os consumidores desconhecem as implicações da IA. “Relações complementares entre pessoas e sistemas automatizados serão fundamentais, à medida que a IA se estabelece no varejo.”


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo