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Um em cada três usuários de WhatsApp segue canais de conteúdo no país, diz estudo 

Imagem: Reprodução

Quatro meses após o lançamento dos canais de WhatsApp, 32% dos usuários do aplicativo no Brasil – cerca de um terço – aderiram à funcionalidade. A ferramenta é uma espécie de inscrição para recebimento de conteúdo temático em forma de conversas por mensagem. Os dados são da pesquisa “Panorama – Mensageria no Brasil”, realizada pela OpinionBox em parceria com o Mobile Time, que foi a campo em janeiro.

O público dos canais de WhatsApp é predominantemente masculino, jovem e das classes D e E, segundo o levantamento. Entre os homens, a participação é de 34%, contra 30% das mulheres. Por idade, os jovens de 16 a 29 anos são o maior grupo (40%), seguidos da faixa de 30 a 49 anos (31%) e 50 anos ou mais (23%). Em relação à renda, as classes D e E (35%) são as que mais aderem, seguidas da classe C (30%) e das classes A e B (27%). 

A pesquisa ouviu 2.112 pessoas acima de 16 anos que acessam a internet e possuem smartphone. A sondagem foi realizada por meio de questionário online, durante o mês de janeiro de 2024. Os entrevistados foram distribuídos por todas as regiões do país, segundo parâmetros do IBGE de gênero, faixa etária e perfil de renda (classes ABCDE) para o grupo. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.

Quem segue canais no WhatsApp está buscando principalmente conteúdo de notícias (49%) e de entretenimento (49%). Outros temas mais procurados também são futebol (33%), celebridades (20%) e política (18%). Em cada assunto de interesse, há audiências majoritárias. Se olhada apenas a inscrição em notícias, predominam as pessoas entre 30 e 49 anos (54%). Em entretenimento, a maioria é de mulheres (55%). Os homens são os que mais recebem informações sobre futebol pelo aplicativo (50%). 

Case brasileiro, nos dois primeiros meses após o lançamento da funcionalidade, o UOL se tornou o maior publisher do mundo no WhatsApp, quando chegou a cerca de 28 milhões de inscrições em mais de 180 canais de conteúdos temáticos. Hoje, já são 38 milhões de usuários. “A gente está falando com pessoas que têm interesses específicos de uma maneira que nenhuma outra plataforma permite. E estamos explorando cada vez mais para ativar essas pessoas para que consumam nossos conteúdos”, afirma Murilo Garavello, diretor de conteúdo do UOL.

O WhatsApp é o aplicativo de mensageria mais presente nos smartphones dos entrevistados (98%). Em seguida, aparece o Instagram (88%), que tem a funcionalidade de troca de mensagens via “direct”; o Facebook Messenger (69%); Telegram (63%) e Signal (13%). O resultado do Telegram representa uma queda na base no Brasil, pela primeira vez após cinco anos de crescimento, segundo o estudo. Na rodada da pesquisa Panorama em agosto do ano passado, a proporção de smartphones com o app de mensageria instalado era de 66%.

Marcas na conversa 

A maioria dos entrevistados se comunica com marcas por meio de aplicativos de mensageria, com 79% afirmando que fazem isso por meio do WhatsApp. O Instagram Direct (64%) e o Telegram (48%) também entram nessa conversa. Porém, quando a abordagem é promocional, a abertura para o papo está caindo. De agosto de 2023 para janeiro de 2024 diminuiu de 54% para 51% a proporção de usuários do WhatsApp que entendem o app como um canal adequado para essa finalidade.

Além disso, no mesmo período, subiu de 39% para 43% a fatia dos usuários de WhatsApp que bloqueiam o número quando recebem spam de vendas. E cresceu de 6% para 8% a parcela dos que denunciam. O percentual de respondentes que simplesmente ignoram o spam, sem tomar qualquer providência, caiu de 34% para 29%. 


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo