Insights|30 jul, 2025|

Ferramentas de IA são cada vez mais usadas como apoio emocional e mental

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Fernanda Bottoni - UOL para Marcas

Muitas pessoas estão usando ferramentas de IA como apoio emocional e mental. Isso significa que elas buscam esse tipo de tecnologia para conversar, desabafar e obter uma perspectiva que consideram mais neutra. Não quer dizer, no entanto, que estejam substituindo o contato humano – ou que não tenham consciência das limitações das ferramentas.

Quem esclarece tudo isso é o estudo global da Kantar Profiles, que entrevistou mais de 10 mil pessoas espalhadas por 10 países, inclusive o Brasil. Entre elas, 54% já usaram IA para pelo menos um propósito de bem-estar emocional ou mental.

Usos de IA como apoio emocional e mental

Entre os usos mais comuns da IA para apoio emocional e mental estão o coaching pessoal ou  motivação, usados por 29% dos entrevistados. Em seguida vem apoio ao bem-estar mental, com 25%.

Segundo o estudo, isso indica que a IA é procurada não apenas para fornecer respostas, mas também como uma forma de incentivo e orientação emocional.

Uso é mais frequente entre os mais jovens

Esse tipo de engajamento prevalece entre as gerações mais jovens. Entre os entrevistados da geração Z, 35% já usaram IA para apoio emocional. Entre os Millennials, 30%. Em comparação, apenas 14% da geração X e 7% dos Baby Boomers recorreram aos robôs com essa finalidade.

Um dado importante é que 41% das pessoas disseram que se sentiram um pouco ou muito confortáveis ao discutir detalhes pessoais ou emocionais com uma ferramenta de inteligência artificial.

Maioria prefere apoio humano

Mas nem tudo é IA na vida moderna. Tanto que 70% ainda preferem o apoio emocional humano. Esse sentimento é especialmente pronunciado entre os Baby Boomers. Nada menos do que 78% deles preferem conversar com outra pessoa a desabafar com uma ferramenta inteligente.

A geração Z, por outro lado, é a que demonstra a menor preferência por apoio humano. Nessa faixa etária, 65% preferem conversar com humanos a desabafar com robôs.

Um dado importante do estudo é que 60% das pessoas concordam que a IA não tem a empatia humana. E, embora alguns estejam dispostos a interagir com ela em contextos específicos, muitos permanecem cautelosos em relação às suas limitações.

Imparcial e disponível

Por outro lado, ainda que não sejam tão empáticas quanto os humanos, essas ferramentas conversacionais são vistas como mais imparciais e disponíveis.

Segundo o estudo, as pessoas não buscam inteligência artificial necessariamente para substituir os relacionamentos humanos. A ideia é ter um apoio em momentos de solidão, indecisão ou sobrecarga emocional.

De acordo com os dados, 34% dos entrevistados recorreriam à IA diante de uma decisão difícil, quando precisam de uma perspectiva “neutra”.

Além disso, 32% usariam a IA quando precisassem de alguém para conversar, mas não quisessem sobrecarregar amigos e familiares. Trinta por cento ainda afirmam que confiariam na IA para desabafar sem medo de julgamento.

Metade dos entrevistados, no entanto, se preocupa com privacidade e segurança de dados nessas interações. Também chama a atenção o fato de 43% se incomodarem com a falta de empatia genuína da IA e 32% com o potencial de manipulação emocional.

Principais lições para as marcas

Segundo a Kantar, para marcas, profissionais de marketing e pesquisadores, a conclusão é que o engajamento emocional com a IA está crescendo – embora com alguns atritos.

A dica para quem quiser explorar esse espaço é agir com cautela, equilibrando inovação com transparência e automação com autenticidade.

O estudo alerta que, à medida que a IA continua a evoluir, as expectativas dos consumidores também evoluem. Por isso, é fundamental compreender as dimensões emocionais desse engajamento para construir experiências confiáveis e centradas no ser humano.

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Insights|30 jul, 2025|

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Fernanda Bottoni - UOL para Marcas

Muitas pessoas estão usando ferramentas de IA como apoio emocional e mental. Isso significa que elas buscam esse tipo de tecnologia para conversar, desabafar e obter uma perspectiva que consideram mais neutra. Não quer dizer, no entanto, que estejam substituindo o contato humano – ou que não tenham consciência das limitações das ferramentas.

Quem esclarece tudo isso é o estudo global da Kantar Profiles, que entrevistou mais de 10 mil pessoas espalhadas por 10 países, inclusive o Brasil. Entre elas, 54% já usaram IA para pelo menos um propósito de bem-estar emocional ou mental.

Usos de IA como apoio emocional e mental

Entre os usos mais comuns da IA para apoio emocional e mental estão o coaching pessoal ou  motivação, usados por 29% dos entrevistados. Em seguida vem apoio ao bem-estar mental, com 25%.

Segundo o estudo, isso indica que a IA é procurada não apenas para fornecer respostas, mas também como uma forma de incentivo e orientação emocional.

Uso é mais frequente entre os mais jovens

Esse tipo de engajamento prevalece entre as gerações mais jovens. Entre os entrevistados da geração Z, 35% já usaram IA para apoio emocional. Entre os Millennials, 30%. Em comparação, apenas 14% da geração X e 7% dos Baby Boomers recorreram aos robôs com essa finalidade.

Um dado importante é que 41% das pessoas disseram que se sentiram um pouco ou muito confortáveis ao discutir detalhes pessoais ou emocionais com uma ferramenta de inteligência artificial.

Maioria prefere apoio humano

Mas nem tudo é IA na vida moderna. Tanto que 70% ainda preferem o apoio emocional humano. Esse sentimento é especialmente pronunciado entre os Baby Boomers. Nada menos do que 78% deles preferem conversar com outra pessoa a desabafar com uma ferramenta inteligente.

A geração Z, por outro lado, é a que demonstra a menor preferência por apoio humano. Nessa faixa etária, 65% preferem conversar com humanos a desabafar com robôs.

Um dado importante do estudo é que 60% das pessoas concordam que a IA não tem a empatia humana. E, embora alguns estejam dispostos a interagir com ela em contextos específicos, muitos permanecem cautelosos em relação às suas limitações.

Imparcial e disponível

Por outro lado, ainda que não sejam tão empáticas quanto os humanos, essas ferramentas conversacionais são vistas como mais imparciais e disponíveis.

Segundo o estudo, as pessoas não buscam inteligência artificial necessariamente para substituir os relacionamentos humanos. A ideia é ter um apoio em momentos de solidão, indecisão ou sobrecarga emocional.

De acordo com os dados, 34% dos entrevistados recorreriam à IA diante de uma decisão difícil, quando precisam de uma perspectiva “neutra”.

Além disso, 32% usariam a IA quando precisassem de alguém para conversar, mas não quisessem sobrecarregar amigos e familiares. Trinta por cento ainda afirmam que confiariam na IA para desabafar sem medo de julgamento.

Metade dos entrevistados, no entanto, se preocupa com privacidade e segurança de dados nessas interações. Também chama a atenção o fato de 43% se incomodarem com a falta de empatia genuína da IA e 32% com o potencial de manipulação emocional.

Principais lições para as marcas

Segundo a Kantar, para marcas, profissionais de marketing e pesquisadores, a conclusão é que o engajamento emocional com a IA está crescendo – embora com alguns atritos.

A dica para quem quiser explorar esse espaço é agir com cautela, equilibrando inovação com transparência e automação com autenticidade.

O estudo alerta que, à medida que a IA continua a evoluir, as expectativas dos consumidores também evoluem. Por isso, é fundamental compreender as dimensões emocionais desse engajamento para construir experiências confiáveis e centradas no ser humano.

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

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Muitas pessoas estão usando ferramentas de IA como apoio emocional e mental. Isso significa que elas buscam esse tipo de tecnologia para conversar, desabafar e obter uma perspectiva que consideram mais neutra. Não quer dizer, no entanto, que estejam substituindo o contato humano – ou que não tenham consciência das limitações das ferramentas.

Quem esclarece tudo isso é o estudo global da Kantar Profiles, que entrevistou mais de 10 mil pessoas espalhadas por 10 países, inclusive o Brasil. Entre elas, 54% já usaram IA para pelo menos um propósito de bem-estar emocional ou mental.

Usos de IA como apoio emocional e mental

Entre os usos mais comuns da IA para apoio emocional e mental estão o coaching pessoal ou  motivação, usados por 29% dos entrevistados. Em seguida vem apoio ao bem-estar mental, com 25%.

Segundo o estudo, isso indica que a IA é procurada não apenas para fornecer respostas, mas também como uma forma de incentivo e orientação emocional.

Uso é mais frequente entre os mais jovens

Esse tipo de engajamento prevalece entre as gerações mais jovens. Entre os entrevistados da geração Z, 35% já usaram IA para apoio emocional. Entre os Millennials, 30%. Em comparação, apenas 14% da geração X e 7% dos Baby Boomers recorreram aos robôs com essa finalidade.

Um dado importante é que 41% das pessoas disseram que se sentiram um pouco ou muito confortáveis ao discutir detalhes pessoais ou emocionais com uma ferramenta de inteligência artificial.

Maioria prefere apoio humano

Mas nem tudo é IA na vida moderna. Tanto que 70% ainda preferem o apoio emocional humano. Esse sentimento é especialmente pronunciado entre os Baby Boomers. Nada menos do que 78% deles preferem conversar com outra pessoa a desabafar com uma ferramenta inteligente.

A geração Z, por outro lado, é a que demonstra a menor preferência por apoio humano. Nessa faixa etária, 65% preferem conversar com humanos a desabafar com robôs.

Um dado importante do estudo é que 60% das pessoas concordam que a IA não tem a empatia humana. E, embora alguns estejam dispostos a interagir com ela em contextos específicos, muitos permanecem cautelosos em relação às suas limitações.

Imparcial e disponível

Por outro lado, ainda que não sejam tão empáticas quanto os humanos, essas ferramentas conversacionais são vistas como mais imparciais e disponíveis.

Segundo o estudo, as pessoas não buscam inteligência artificial necessariamente para substituir os relacionamentos humanos. A ideia é ter um apoio em momentos de solidão, indecisão ou sobrecarga emocional.

De acordo com os dados, 34% dos entrevistados recorreriam à IA diante de uma decisão difícil, quando precisam de uma perspectiva “neutra”.

Além disso, 32% usariam a IA quando precisassem de alguém para conversar, mas não quisessem sobrecarregar amigos e familiares. Trinta por cento ainda afirmam que confiariam na IA para desabafar sem medo de julgamento.

Metade dos entrevistados, no entanto, se preocupa com privacidade e segurança de dados nessas interações. Também chama a atenção o fato de 43% se incomodarem com a falta de empatia genuína da IA e 32% com o potencial de manipulação emocional.

Principais lições para as marcas

Segundo a Kantar, para marcas, profissionais de marketing e pesquisadores, a conclusão é que o engajamento emocional com a IA está crescendo – embora com alguns atritos.

A dica para quem quiser explorar esse espaço é agir com cautela, equilibrando inovação com transparência e automação com autenticidade.

O estudo alerta que, à medida que a IA continua a evoluir, as expectativas dos consumidores também evoluem. Por isso, é fundamental compreender as dimensões emocionais desse engajamento para construir experiências confiáveis e centradas no ser humano.

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