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Cosméticos, roupas e cursos são itens mais comprados sob influência, diz estudo

Imagem: Ron Lach/Pexels

Influenciadores digitais inspiram suas comunidades, ditam comportamentos e mexem nos ponteiros de vendas das marcas patrocinadoras. Especialmente, quando os produtos e serviços indicados são cosméticos, roupas e cursos, segundo o “Relatório Influenciadores Digitais 2024”, realizado pela Opinion Box, em parceria com a Influency.me.

De acordo com o estudo, 69% dos entrevistados já realizaram algum tipo de compra após a recomendação de um influenciador nas redes sociais. Destes, 75% consideram provável que voltem a comprar por indicação.

No ranking de categorias de produtos e serviços mais consumidos por influência, os cosméticos lideram com 45% das menções, seguidos de roupas e cursos (ambos com 40% das citações). Maquiagens e livros (ambos com 33%), alimentos e bebidas (27%) e sapatos (20%) vêm em seguida.

O levantamento ouviu 2.037 pessoas acima de 16 anos usuárias de internet, por meio de questionário online, de todas as regiões do país e classes sociais. O perfil predominante é de mulheres (52%), pessoas entre 30 a 49 anos (46%) e das classes CDE (85%). A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.

A maioria dos respondentes declara que segue algum influenciador digital nas redes sociais: 8 em cada 10 respondentes. O maior índice está entre os jovens de 16 a 29 anos (89%) e mulheres (84%). Entre os que se declaram seguidores, as redes mais citadas para acompanhar os criadores de conteúdo são Instagram (91%), YouTube (54%), Facebook (30%), TikTok (28%) e X/Twitter (13%).

Entre os que já realizaram alguma compra por indicação de influenciadores, vê-los testando e aprovando um produto que já pensavam em consumir é o principal motivo que levou à decisão, citado por 48%. O fator preço – estar barato ou ter bom custo benefício – aparece em segundo lugar, com 37% das menções.

As #publis também ajudam a mobilizar desejos, segundo a pesquisa. Para 34%, a compra se deu porque era um produto desconhecido que despertou curiosidade. Outros se motivaram por cupons de desconto exclusivo oferecido pelo influenciador (33%) e há também quem já considerava comprar, mas havia se esquecido do item (33%).

As razões para seguir um influenciador têm muito a ver com identificação. “Falar de um assunto que eu gosto” é o principal motivo, com 65% das concordâncias. Para 46% dos respondentes, o influenciador ser uma pessoa simpática ou carismática é fator preponderante, da mesma forma que oferecer um conteúdo atraente. Ter experiência na área em que atua faz 44% dos entrevistados seguirem, além de ter uma vida interessante de acompanhar (28%).

Já os motivos para dar unfollow se relacionam ao conteúdo e a uma quebra de imagem do influencer. Notar perda na qualidade do conteúdo é o que faz 56% dos respondentes deixarem de seguir um influencer. Para 44%, ter opiniões e posicionamentos muito diferentes dos seus é o que afasta. Também são razões: postar muita propaganda ou posts patrocinados por marcas (para 36%), divulgar marcas que não confiáveis (26%) e mudar o assunto ou área que trata no perfil (26%).


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