A popularização do conceito de Metaverso deu um salto, e os consumidores globais esperam que as novas realidades no ambiente virtual sejam inclusivas. É o que mostra o estudo “New Realities – Into the Metaverse and Beyond”, lançado recentemente pela Wunderman Thompson Intelligence.
De acordo com a pesquisa, que consultou 3.005 pessoas de 16 a 65 anos nos EUA, Reino Unido e China em março, 74% dos entrevistados tinham ouvido falar no metaverso. É um pulo de 42 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, lançada em setembro de 2021, quando 32% disseram conhecer o termo. O estudo atual é complementar ao relatório “Into the Metaverse”.
Quem sabe o que é o metaverso espera inclusão no ambiente virtual. Entre os entrevistados familiarizados com o conceito, 70% acreditam que o metaverso será inclusivo, 62% acham que o metaverso tem a capacidade de ser mais inclusivo que o mundo físico. E 71% dizem que marcas precisam trabalhar para criar espaços inclusivos tanto no metaverso quanto offline. “As marcas precisarão considerar os usuários com uma variedade de habilidades ao criar experiências de metaverso”, recomenda o estudo.
Ainda na visão dos entrevistados que conhecem o termo, o metaverso é mais do que hype. Tem potencial de transformar realidades: o metaverso é o futuro, para 74% deles, é a próxima grande novidade (72%), será a próxima internet (68%) e deverá representar mudança de vida (66%).
Na opinião deles, os setores que mais devem se transformar com o metaverso são: entretenimento (90%), publicidade (89%), varejo (86%), emprego e trabalho (85%) e moda (85%). Mesmo porque as pessoas esperam que o ambiente virtual replique atividades que também são feitas no presencial, como socializar (82%) e fazer compras (70%). Mais da metade (60%) diz que as marcas deveriam fabricar e vender produtos digitais como no mundo físico. E 42% possuem bens digitais.
O desejo de autoexpressão individual no metaverso é um ponto captado na pesquisa que pode representar oportunidades interessantes para marcas se conectarem com o público. A maioria dos que conhecem o metaverso (76%) quer que seu avatar expresse sua criatividade e individualidade de maneiras que não poderia no mundo físico. “As marcas precisarão pensar de forma criativa e abrangente para ajudar os usuários a criar rostos e corpos virtuais que reflitam uma variedade de identidades.”
No entanto, segurança e privacidade são preocupações cruciais que rondam os consumidores e precisam ser consideradas pelas marcas, diz o relatório. Entre os familiarizados com o metaverso, 69% estão preocupados com a privacidade e a mesma porcentagem está preocupada com a proteção de dados.
“Se as pessoas estão trazendo suas identidades e valores para o metaverso – junto com suas carteiras –, os riscos potenciais à proteção e privacidade de dados são muito maiores. As marcas que entrarem no metaverso precisarão construir medidas extras para garantir privacidade e proteção aos usuários“, recomenda o relatório.