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Antoine Morel, de MOV: do social ao streaming, vídeos do UOL acompanham audiência 

Imagem: Divulgação

As métricas de consumo de vídeos do UOL vêm numa trajetória crescente e sustentada nos últimos quatro anos, enquanto outros grandes players enfrentam queda no pós-pandemia, segundo dados da Comscore. Como isso se explica? Por trás desse feito está a MOV, produtora do UOL que trabalha de forma integrada e, ao mesmo tempo, independente e aberta a parcerias, com distribuição multiplataforma.

De acordo com Antoine Morel, gerente-geral da MOV, a expansão contínua das métricas de vídeos, como de visitantes e watchtime, se apoia no propósito do UOL de estar onde a audiência está. Isso guia investimentos em produção e parcerias estratégicas, do YouTube — onde o número de inscritos cresceu 200% — à Pluto TV, do social às plataformas de streaming.

“O crescimento vem de um investimento nosso na área e da percepção de que o UOL, que sempre foi pioneiro na produção de vídeos, precisava direcionar esforços para além da TV UOL. O drive nesses últimos quatro anos foi o de investir mais em hard news e também produzir conteúdos narrativos, de entretenimento, e para marcas. Com isso, o nosso ecossistema começou a crescer de forma conjunta, e a gente se expandiu mesmo.”

Ele explica que as lives – que se popularizaram em todo o mundo durante a pandemia – evoluíram no UOL para programas diários de hard news e breaking news, com âncoras e comentaristas, sobre notícias (UOL News), esportes (UOL News Esporte) e entretenimento (Splash Show). São programações que formam uma grade diária e se somam às produções originais, como o talk show “Otalab”, mesas redondas como “Posse de Bola”, séries de jornalismo investigativo, documentais, além de videocasts com conversas e entrevistas, e vídeos de culinária, bem-estar e humor.

“Isso fez a gente pensar em unir tudo em um canal, o Canal UOL, que é o lugar aberto onde o usuário pode acessar e descobrir conteúdos em vídeo de todos os nossos programas, sejam eles de hardnews, documentário, videocast, entretenimento, bem-estar. A gente tem de 10 a 11 horas de conteúdo ao vivo por dia, e todos os programas ficam on demand ali também, junto com as séries gravadas.”

É só no Canal UOL que o usuário encontra esses conteúdos? O pulo do gato é que não, segundo Antoine. “De um tempo para cá, a gente desenvolveu muito mais nossas entradas via YouTube e TikTok, de modo multiplataforma, podendo o UOL acompanhar a audiência onde ela está. E a gente quer estar onde as pessoas estão vendo vídeo: YouTube, TikTok, Netflix, Amazon Prime e nos streamings que estão chegando…”

De acordo com Antoine, o modelo de negócio de MOV permite essa flexibilidade. “A gente não tem necessidade de produzir apenas para a nossa plataforma. Estamos dentro do canal da Samsung, na Pluto TV. E a gente tem projetos para entrar nos streamings, com a nossa área de documentários narrativos. Temos uma grande vantagem que é estar integrado a um canal de distribuição gigantesco que é o UOL, e a capacidade de produção de conteúdo de qualidade, muito bem feito, de forma enxuta.”

Notícias pautam vídeos, que pautam notícias

Outro movimento que explica o crescimento contínuo dos resultados de vídeo do UOL, segundo Antoine, é um trabalho de integração entre MOV e a produção de notícias do UOL, que retroalimenta a distribuição dos vídeos. “A gente tem a força de produção de notícias, que vai para o destaque na Home. No programa UOL News, por exemplo, a âncora Fabíola Cidral apresenta e o colunista Josias de Souza vem comentar. Isso dá origem a novos textos, que contém o player do vídeo.”

Essa conversa entre notícias e vídeos foi estruturada de tal forma que criou um ecossistema maior de produção de textos a partir dos vídeos, dando maior força à distribuição. Isso porque o material audiovisual traz uma riqueza que pode se desdobrar em múltiplas notícias. “Hoje, na minha área, a gente integra um pessoal que produz esses textos.  Mas agora MOV faz texto? Sim, porque a gente começou a ver que hoje tudo envolve vídeo. Se tem uma notícia que alguém filmou, isso vai virar um vídeo de alguma forma, que vira texto e vai entrar no UOL News.”


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Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo