O espaço está maior para mulheres no cenário competitivo de eSports brasileiro. Jogadoras amadoras e profissionais dos games Counter Strike: Global Offensive (CS:GO), League of Legends (LoL), Rainbow Six: Siege (R6) e DotA 2 contam agora com novos torneios exclusivos.
As disputas também criam mais oportunidades para marcas interessadas no cenário de games. De acordo com o estudo “eSports in Brazil”, da Newzoo, consultoria global especializada no cenário gamer, mulheres representam 38% da audiência das transmissões de jogos eletrônicos competitivos no país.
O investimento nos torneios femininos locais partiu da Bad Boy Leeroy (BBL), empresa brasileira de entretenimento e eSports. O grupo está organizando quatro competições para mulheres no país. Um deles é qualificatório para o GirlGamer eSports Festival, circuito internacional de LoL e CS:GO. As disputas serão em São Paulo, no mês de outubro.
Os demais campeonatos buscam acompanhar, ao longo do ano, uma jornada evolutiva das mulheres nos games. O primeiro foi o White Rabbit Cup, dedicado às jogadoras amadoras de R6 e Dota 2. A competição foi realizada em abril e sagrou a equipe Imperial eSports campeã.
No torneio seguinte, o Mad Hatter, o nível de dificuldade sobe. As disputas são voltadas a jogadoras de R6 e Dota 2 em transição para o circuito profissional. As vencedoras se qualificam para o campeonato Queen of Hearts, exclusivamente para pro-players. As competições vão até dezembro, com etapas presenciais e premiações.
Cenário competitivo feminino
Grandes equipes do cenário de eSports mantém equipes femininas, como Santos, VivoKeyd e INTZ. As jogadoras já competem em circuitos nacionais e internacionais que mantém lineups femininas.
Embora o cenário gamer ainda seja um reduto em que homens são maioria, elas encontram espaço para despontar como atletas e influenciadoras. Nicolle “Cherrygummns” Merhy é um exemplo. Primeiro, a gamer se destacou como atleta da equipe Black Dragons. Ao ver sua popularidade crescer, decidiu investir na imagem de influenciadora digital e nos negócios. Hoje, ela é dona do time, que mantém equipes competitivas que se destacam internacionalmente.