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Como o conteúdo autêntico ajuda marcas a construir confiança e credibilidade

Imagem: Divulgação/IAB

Karen Cunsolo (UOL), Érika Mello (Youse), Xan Ravelli (influencer) e Felipe Oliva (Squid) em evento do IAB

Em tempos de fake news, até informações verdadeiras viram objeto de desconfiança do público. “Hoje, basta uma pessoa não gostar de uma notícia para chamar de fake news”, disse Karen Cunsolo, head de Content LAB, do UOL, durante o IAB Branding & Performance, em São Paulo. Ela mediou um bate-papo sobre o desafio enfrentado por criadores de conteúdo e marcas para fazer sua mensagem circular com credibilidade em meio a um mar de notícias falsas.

Do painel “Veículos, creators e marcas: um novo ecossistema de publishers”, participaram Érika Mello, gerente de marketing da Youse, Felipe Oliva, cofundador e CSO da Squid, plataforma de curadoria de influenciadores, e Alexandra Ravelli, criadora de conteúdo do canal Soul Vaidosa.

O blog UOL AD_LAB destaca os principais insights dos debatedores:

Para Youse, verdade está no propósito

Por se tratar de uma companhia de seguros, conquistar a confiança do público é uma questão central para a comunicação da Youse, de acordo com Érika Mello. “O conceito de fake news está cada vez mais diverso. A Youse, que é uma seguradora, precisa ser o mais verdadeira possível. Eu preciso trazer a confiança do público, porque o meu assunto é muito delicado. Eu estou cuidando dos bens dos meus clientes”, afirma.

O modo que a marca encontra de comunicar sua verdade é focando no propósito. “Como falo de seguro de uma forma atrativa? Quando a gente olha para dentro da Youse, consegue permear os assuntos em torno do propósito e do que a gente acredita, para ir além do tema seguro e, lá no final, fazer um trabalho de funil e de conversão.”

Criação com liberdade é mais autêntica

Quando o conteúdo é produzido por influenciadores, a credibilidade depende da liberdade de criação, segundo Felipe Oliva, da Squid. “Os dados mostram que, quando o anunciante interfere muito no briefing, a campanha cai em engajamento, os números são piores. A partir do momento que se dá liberdade para o creator, ele tem autonomia para fazer o seu melhor. É isso que funciona.”

A liberdade de criação é tão importante para os influencers que muitos recusam propostas quando o grau de interferência é alto ou não há afinidade com a campanha. “A gente tem uma taxa de aceite das propostas de 70%. Isso significa que 30% das pessoas dizem não às marcas. Muito é porque ele está querendo fazer crescer a sua audiência, então não pode colocar a credibilidade em risco.”

Influenciadores são a própria marca

Para a influenciadora Alexandra Ravelli, é preciso haver liberdade de criação já que, tudo o que produz, reflete sua própria imagem. “Enquanto criadora de conteudo, eu sou eu a minha marca. Quando eu coloco a minha cara para falar, eu falo daquilo que eu acredito.”

Ela diz que, muitas vezes, aparecem propostas fora do seu perfil. “A tentação é muito grande. Às vezes chega uma coisa que não tem absolutamente nada a ver como aquilo que a gente acredita, mas com um dinheiro bom na mão. E aí? O que vale mais? Em alguns casos, eu posso falar se for do meu jeito. Outras vezes eu digo que não vou conseguir falar, porque tenho uma visão completamente diferente.”


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo