Inspirado nos bate-papos descontraídos entre vizinhos na porta de casa, o projeto “Cadeira na Calçada”, série de vídeos da agência Talent Marcel, chega ao seu último episódio nesta semana. São conversas entre especialistas em diversas áreas, com o objetivo de incentivar trocas de ideias livres sobre pautas relevantes da cultura que impactam a publicidade.
Já foram discutidos os temas tecnologia, religião, finanças, representatividade e etarismo. O vídeo final tratará de mobilidade. Especialistas do UOL participaram das conversas em dois episódios. Helton Simões, editor de Tilt UOL, falou de representatividade, e Tatiana Schibuola, gerente geral de conteúdo e projetos especiais do UOL, entrou no papo sobre etarismo.
No episódio sobre representatividade, Helton conversou com Yheuriet Kalil, fundador da agência Mosaico, e contou a história de como se enveredou pelo jornalismo de tecnologia, sem nunca perder de vista o significado de ser um negro em um ambiente branco. “Em algum momento me perguntaram como é isso, e eu percebi que tinha muito valor contar as reflexões de pessoas como eu que até então não tinham tido voz”, diz.
Tatiana Schibuola, no episódio sobre etarismo, conversa com Gilda, do canal “Avós da razão”. Ela fala da sua trajetória no jornalismo e afirma que o tema velhice aparece pouco nas mídias, e quase sempre de forma estereotipada. “É muito engraçado isso porque ao produzir para o ambiente digital, a gente percebe que os assuntos vão alcançar as pessoas mais por uma questão atitudinal do que etária. Você, como veículo, se relaciona com pessoas com uma maneira de viver e pensar o mundo que pode ter 60 anos e corre maratona, ou que pode ser adolescente e sedentária.”
Todas as conversas são mediadas por Douglas Nogueira, head de data e insights da Talent e idealizador do “Cadeira na Calçada”. Os papos começam com uma pergunta central e, a partir daí, a conversa segue de forma livre, sem vieses ou conceitos preconcebidos.
O episódio final irá tratar de mobilidade. E partirá da questão: “Como os problemas reais da mobilidade brasileira podem influenciar as soluções da Mobilidade do futuro?” Mais que um produto de comunicação, as prosas entre especialistas funcionam, ao mesmo tempo, como um um gerador de insights para a agência e um experimento de como tratar de assuntos importantes nos trabalhos criativos com um mindset fora da bolha.
Os assuntos conversados foram escolhidos por meio de mapeamento de dados. “Usamos a inteligência de dados para identificar temas sobre a cultura que impactam a publicidade, mas precisam de uma camada de profundidade. Algo que só uma conversa com pessoas que entendem do assunto pode trazer. Mais que dados, estamos interessados no que está por trás deles”, afirma Douglas.