Os números podem parecer bons. São sites com alto índice de compartilhamento. Têm poder de engajamento. Formam opinião. Um ótimo chamariz para anúncios, correto? Só tem um problema: o conteúdo é falso. Para uma marca, o quanto pesa passar por desinformada?
Desde a eleição do republicano Donald Trump à presidência dos EUA, a questão da desinformação tem chamado a atenção por sua gravidade. Sites de notícias falsas têm se multiplicado no mundo, e notícias mentirosas chegam a ser mais compartilhadas do que as verdadeiras nas redes sociais.
Diante de acusações de que, por omissão, o Facebook teria contribuído para a vitória de Trump, a rede social está revendo sua política de compartilhamento e publicidade para esses links.
As consequências de uma mentira espalhada podem ser irreversíveis. “O dano que isso causa é incalculável, difamação de pessoas, de empresas, de marcas, o que é ruim para a sociedade. A missão de manter o público informado já é árdua. A de combater a mentira é ainda mais difícil”, afirma Irineu Machado, gerente de UOL Notícias.
Para as marcas que se veem ligadas a conteúdos falsos, além do prejuízo ao branding, um anúncio impresso junto com informações incorretas pode dar a ideia de que o anunciante contribui com a desinformação.
Os propósitos desses sites podem ser variados: “espalhar informações contra determinados grupos ou pessoas, ou simplesmente fomentar ódio, espalhar teorias conspiratórias, guerra de desinformação”, diz Machado.
Mas um deles implica diretamente as marcas: ganhar dinheiro com os cliques atraindo anunciantes. Isso coloca as notícias falsas lado a lado com outros problemas que afetam o brand safety, como pornografia e tráfego fraudulento.
O que as campanhas de mídia podem se perguntar antes do start é: como não atrelar a marca ao problema das notícias falsas?
Uma forma é não comprar mídia programática às cegas. Quem não tem controle ou gestão de onde o anúncio circula corre o risco de ver sua imagem associada a questões sociais muito graves, ocupando placements que ele não escolheu.
Outra estratégia é direcionar as campanhas online para sites de conteúdo premium. Espaços que têm produção própria e garantem informações confiáveis oferecem uma entrega mais qualificada.
O UOL, como publisher premium, por exemplo, possui produção diária de conteúdo da redação e também conta com parceiros de peso, que zelam pela correção da informação. A Folha, o maior jornal do Brasil, é um deles. Band, Rede TV!, Discovery, ESPN, Omelete, Olhar Digital, Caras, Virgula e tantos outros fazem parte do pool. A política de parcerias do UOL, aliás, segue a critérios rigorosos para garantir informação de qualidade à audiência e brand safe a seus anunciantes.