A pandemia de covid-19 está chegando com força às periferias, onde cumprir as medidas de isolamento social é um desafio maior. Além do alto risco do contágio, o temor pela perda dos empregos e de outros meios de renda alcança 80% da população periférica do país, de acordo com projeção da Agência Responsa, no report “Coronavírus: a voz das periferias”.
O levantamento, que consultou moradores de áreas vulneráveis em todas as regiões do país mostrou ainda que 81% dos respondentes acreditam que marcas podem ajudar as periferias neste momento.
Veja ações de marcas que buscam oferecer apoio à população periférica:
GPA: fundos emergenciais
O GPA (Grupo Pão de Açúcar) está empenhado em ações diversas de apoio às periferias, por meio das marcas Extra, Assaí Atacadista e James. Com Extra, o grupo faz aportes no Matchfunding Enfrente, plataforma de financiamento coletivo para iniciativas das periferias. Projetos de até R$ 30 mil são disponibilizados para captação de recursos. Toda arrecadação é triplicada: a cada R$ 1 doado, mais R$ 2 são investidos pelo fundo.
Com a marca Assaí Atacadista, o GPA apoia o Fundo Periferia Empreendedora, de crédito emergencial da Firgun e Empreende Ai, voltado a microempreendedores. A rede ainda apoia o Fundo de Apoio da Coalização Éditodos, formada por organizações que incentivam o empreendedorismo negro e da periferia: PretaHub, Vale do Dendê, FA.VELA, Solano Trindade, Afrobusiness, entre outros. Já o aplicativo de entrega James firmou parceria com o projeto “Favela sem Corona” para apoiar pequenos empreendedores da comunidade da Rocinha.
Hering: doação de máscaras e uniformes
A marca Hering destinou parte do lucro da coleção especial “Amor Essencial”, para o projeto Mães de Favela, da CUFA (Central Única das Favelas), como parte de sua campanha para o Dia das Mães. Em outras frentes, a marca lançou as “Camisetas com Amor”, com 100% do lucro revertido para a compra de ventiladores pulmonares. Já a Cia. Hering produziu e doou uniformes a unidades de saúde de Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte. Além disso, 300 mil máscaras foram distribuídas à população em vulnerabilidade social de Goiás.
A Fundação Hermann Hering, que tem a Cia Hering como uma das mantenedoras, doou 500 máscaras reutilizáveis ao Instituto Reciclar, que apoia jovens do Jaguaré, bairro periférico de São Paulo. A produção destas peças foi realizada pelo Projeto Retrama, com tecidos em estoque e confeccionada pelas costureiras da cooperativa Coopergips.
Casas Bahia: fundo para mulheres empreendedoras
A Fundação Casas Bahia, por sua vez, anunciou investimentos de R$ 1 milhão em iniciativas de apoio a pequenos negócios e ações humanitárias, em regiões periféricas. Com o propósito de fortalecer comunidades, a entidade criou um Fundo Emergencial que vai apoiar 2 mil mulheres microempreendedoras. Cada beneficiária vai receber uma doação de R$500 para investir em seus negócios
A Fundação também forneceu máscaras e luvas para as instituições de acolhimento a idosos em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde está localizada a sede da Via Varejo. Além disso, o estacionamento da loja Casas Bahia na comunidade de Paraisópolis foi cedido para o armazenamento das doações que a população da região tem recebido.