Vivi Duarte, da Plano: ‘Nada foi mimimi, tudo foi estratégia de negócio’
Divulgação

Por Débora Yuri - UOL para Marcas
Apesar da agenda anti-woke, não dá mais para retroceder. Viviane Duarte, CEO da Plano, resume assim o cenário atual para as marcas em relação a DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).
“Temos números, temos dados, que levamos para CEOs e C-levels. Mulheres, pessoas negras, pessoas LGBTQIA+: temos todos esses consumidores com poder de compra. Nada foi mimimi; tudo foi estratégia de negócio”, diz.
Há 15 anos, ela fundou a Plano Feminino, consultoria pioneira no Brasil focada em desenvolver projetos de impacto que abordem questões de gênero, raça e diversidade. Em 2024, com a entrada de novos sócios — Fátima Pissarra e Carlos Scappini, da agência de marketing de influência Mynd —, a companhia se tornou apenas Plano.
“Nós já fomos educados. Hoje, temos consciência do nosso poder de consumo e tiramos o dinheiro da mesa quando queremos tirar”, prossegue a empresária. “E a Geração Z está aí, com uma série de filtros: Como foi feita essa comida? Essa marca faz testes em animais?”
Experiência de marca
No Cannes Lions 2025, que vai acontecer de 16 a 20 de junho, com três presidentes de júri brasileiros, Vivi Duarte integra o júri de shortlisting dos Brand Experience & Activation Lions. O UOL para Marcas está fazendo uma série de entrevistas com jurados do festival para mapear movimentos e inovações em diferentes áreas da indústria.
Brand experience é o core da Plano desde o nascimento da empresa, lembra Duarte, que aponta como grande tendência da categoria marcas construindo suas próprias comunidades. “Elas usaram muito as dos influencers e agora querem fazer com mais profundidade. Estão olhando para o seu próprio ecossistema e criando squad de creators, clube do livro, de corrida.”
Abertura de espaços físicos temporários e collabs que democratizem produtos são outras, além de influencers de nicho consistentes — com autoridade para falar sobre certo assunto e lifestyle que se conecte à narrativa da marca.
Tecnologia versus criatividade
Para a empresária, tecnologia não é fundamental e pode até reduzir a criatividade, uma qualidade inerente aos humanos. Combinada com a inteligência humana, porém, a IA pode fazer negócios escalarem.
“O que não dá mais é um negócio não provocar impacto positivo para o ambiente ou a sociedade. Como uma marca pode mudar o dia a dia ou resolver uma dor de alguém? Não é mais só vender um produto, é deixar um legado. É possível conseguir a validação dos acionistas e também promover impacto.”
Com áreas de educação, consultoria e pesquisa, a Plano desenvolveu trabalhos que viraram cases de sucesso recentes. Conheça três deles.
“Hershe”, para Hershey’s
Primeira plataforma de capacitação e aceleração de negócios para mulheres artistas na América Latina, criada no Brasil e replicada em diversos países de atuação da Hershey’s na América do Norte, Latam e Ásia.
As vendas gerais registraram aumento percentual de dois dígitos e as barras de chocolate especiais — com embalagens desenhadas pelas artistas — venderam 692% a mais do que as tradicionais. A campanha ainda rendeu à marca crescimento em awareness, consideração e três Leões em Cannes.
“Elas na Direção”, para Chevrolet
Com o slogan “Para quem dirige a própria vida”, a campanha incentivou mulheres a tirar carteira de motorista e conquistar a liberdade que ela representa. A Chevrolet aportou R$ 1 milhão para proporcionar CNHs gratuitas a moradoras de periferias de todo o Brasil, e a Plano fez a seleção entre mais de 300 mil inscritas.
Escolhida como embaixadora, a filósofa Djamila Ribeiro protagonizou uma websérie com o passo a passo para obter o documento. Além de 90% de aceitação, a iniciativa gerou aumento de conversão em vendas e a melhor taxa de engajamento em campanhas da montadora nos últimos dois anos. “Quando você tem um propósito, consegue conectar mundos muito diferentes”, diz Vivi Duarte.
“Uma Princesa Puxa a Outra”, para Seda
Seda foi a primeira marca madrinha do Instituto Plano de Menina, ONG da Plano, e criou o movimento “Uma Princesa Puxa a Outra” em parceria com a Disney, Plano, Plano de Menina, PretaHub e a ONG Na Ponta dos Pés.
O objetivo era promover a autoestima e a representatividade de meninas negras, usando a princesa Tiana, do filme “A Princesa e o Sapo”, como inspiração para soltar os cabelos crespos e cacheados. O trabalho provocou aumento no engajamento, na fidelidade do consumidor e ganhou três Leões no Cannes Lions 2024.
Vivi Duarte, da Plano: ‘Nada foi mimimi, tudo foi estratégia de negócio’
Divulgação

Por Débora Yuri - UOL para Marcas
Apesar da agenda anti-woke, não dá mais para retroceder. Viviane Duarte, CEO da Plano, resume assim o cenário atual para as marcas em relação a DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).
“Temos números, temos dados, que levamos para CEOs e C-levels. Mulheres, pessoas negras, pessoas LGBTQIA+: temos todos esses consumidores com poder de compra. Nada foi mimimi; tudo foi estratégia de negócio”, diz.
Há 15 anos, ela fundou a Plano Feminino, consultoria pioneira no Brasil focada em desenvolver projetos de impacto que abordem questões de gênero, raça e diversidade. Em 2024, com a entrada de novos sócios — Fátima Pissarra e Carlos Scappini, da agência de marketing de influência Mynd —, a companhia se tornou apenas Plano.
“Nós já fomos educados. Hoje, temos consciência do nosso poder de consumo e tiramos o dinheiro da mesa quando queremos tirar”, prossegue a empresária. “E a Geração Z está aí, com uma série de filtros: Como foi feita essa comida? Essa marca faz testes em animais?”
Experiência de marca
No Cannes Lions 2025, que vai acontecer de 16 a 20 de junho, com três presidentes de júri brasileiros, Vivi Duarte integra o júri de shortlisting dos Brand Experience & Activation Lions. O UOL para Marcas está fazendo uma série de entrevistas com jurados do festival para mapear movimentos e inovações em diferentes áreas da indústria.
Brand experience é o core da Plano desde o nascimento da empresa, lembra Duarte, que aponta como grande tendência da categoria marcas construindo suas próprias comunidades. “Elas usaram muito as dos influencers e agora querem fazer com mais profundidade. Estão olhando para o seu próprio ecossistema e criando squad de creators, clube do livro, de corrida.”
Abertura de espaços físicos temporários e collabs que democratizem produtos são outras, além de influencers de nicho consistentes — com autoridade para falar sobre certo assunto e lifestyle que se conecte à narrativa da marca.
Tecnologia versus criatividade
Para a empresária, tecnologia não é fundamental e pode até reduzir a criatividade, uma qualidade inerente aos humanos. Combinada com a inteligência humana, porém, a IA pode fazer negócios escalarem.
“O que não dá mais é um negócio não provocar impacto positivo para o ambiente ou a sociedade. Como uma marca pode mudar o dia a dia ou resolver uma dor de alguém? Não é mais só vender um produto, é deixar um legado. É possível conseguir a validação dos acionistas e também promover impacto.”
Com áreas de educação, consultoria e pesquisa, a Plano desenvolveu trabalhos que viraram cases de sucesso recentes. Conheça três deles.
“Hershe”, para Hershey’s
Primeira plataforma de capacitação e aceleração de negócios para mulheres artistas na América Latina, criada no Brasil e replicada em diversos países de atuação da Hershey’s na América do Norte, Latam e Ásia.
As vendas gerais registraram aumento percentual de dois dígitos e as barras de chocolate especiais — com embalagens desenhadas pelas artistas — venderam 692% a mais do que as tradicionais. A campanha ainda rendeu à marca crescimento em awareness, consideração e três Leões em Cannes.
“Elas na Direção”, para Chevrolet
Com o slogan “Para quem dirige a própria vida”, a campanha incentivou mulheres a tirar carteira de motorista e conquistar a liberdade que ela representa. A Chevrolet aportou R$ 1 milhão para proporcionar CNHs gratuitas a moradoras de periferias de todo o Brasil, e a Plano fez a seleção entre mais de 300 mil inscritas.
Escolhida como embaixadora, a filósofa Djamila Ribeiro protagonizou uma websérie com o passo a passo para obter o documento. Além de 90% de aceitação, a iniciativa gerou aumento de conversão em vendas e a melhor taxa de engajamento em campanhas da montadora nos últimos dois anos. “Quando você tem um propósito, consegue conectar mundos muito diferentes”, diz Vivi Duarte.
“Uma Princesa Puxa a Outra”, para Seda
Seda foi a primeira marca madrinha do Instituto Plano de Menina, ONG da Plano, e criou o movimento “Uma Princesa Puxa a Outra” em parceria com a Disney, Plano, Plano de Menina, PretaHub e a ONG Na Ponta dos Pés.
O objetivo era promover a autoestima e a representatividade de meninas negras, usando a princesa Tiana, do filme “A Princesa e o Sapo”, como inspiração para soltar os cabelos crespos e cacheados. O trabalho provocou aumento no engajamento, na fidelidade do consumidor e ganhou três Leões no Cannes Lions 2024.
Vivi Duarte, da Plano: ‘Nada foi mimimi, tudo foi estratégia de negócio’
Divulgação

Por Débora Yuri - UOL para Marcas
Apesar da agenda anti-woke, não dá mais para retroceder. Viviane Duarte, CEO da Plano, resume assim o cenário atual para as marcas em relação a DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão).
“Temos números, temos dados, que levamos para CEOs e C-levels. Mulheres, pessoas negras, pessoas LGBTQIA+: temos todos esses consumidores com poder de compra. Nada foi mimimi; tudo foi estratégia de negócio”, diz.
Há 15 anos, ela fundou a Plano Feminino, consultoria pioneira no Brasil focada em desenvolver projetos de impacto que abordem questões de gênero, raça e diversidade. Em 2024, com a entrada de novos sócios — Fátima Pissarra e Carlos Scappini, da agência de marketing de influência Mynd —, a companhia se tornou apenas Plano.
“Nós já fomos educados. Hoje, temos consciência do nosso poder de consumo e tiramos o dinheiro da mesa quando queremos tirar”, prossegue a empresária. “E a Geração Z está aí, com uma série de filtros: Como foi feita essa comida? Essa marca faz testes em animais?”
Experiência de marca
No Cannes Lions 2025, que vai acontecer de 16 a 20 de junho, com três presidentes de júri brasileiros, Vivi Duarte integra o júri de shortlisting dos Brand Experience & Activation Lions. O UOL para Marcas está fazendo uma série de entrevistas com jurados do festival para mapear movimentos e inovações em diferentes áreas da indústria.
Brand experience é o core da Plano desde o nascimento da empresa, lembra Duarte, que aponta como grande tendência da categoria marcas construindo suas próprias comunidades. “Elas usaram muito as dos influencers e agora querem fazer com mais profundidade. Estão olhando para o seu próprio ecossistema e criando squad de creators, clube do livro, de corrida.”
Abertura de espaços físicos temporários e collabs que democratizem produtos são outras, além de influencers de nicho consistentes — com autoridade para falar sobre certo assunto e lifestyle que se conecte à narrativa da marca.
Tecnologia versus criatividade
Para a empresária, tecnologia não é fundamental e pode até reduzir a criatividade, uma qualidade inerente aos humanos. Combinada com a inteligência humana, porém, a IA pode fazer negócios escalarem.
“O que não dá mais é um negócio não provocar impacto positivo para o ambiente ou a sociedade. Como uma marca pode mudar o dia a dia ou resolver uma dor de alguém? Não é mais só vender um produto, é deixar um legado. É possível conseguir a validação dos acionistas e também promover impacto.”
Com áreas de educação, consultoria e pesquisa, a Plano desenvolveu trabalhos que viraram cases de sucesso recentes. Conheça três deles.
“Hershe”, para Hershey’s
Primeira plataforma de capacitação e aceleração de negócios para mulheres artistas na América Latina, criada no Brasil e replicada em diversos países de atuação da Hershey’s na América do Norte, Latam e Ásia.
As vendas gerais registraram aumento percentual de dois dígitos e as barras de chocolate especiais — com embalagens desenhadas pelas artistas — venderam 692% a mais do que as tradicionais. A campanha ainda rendeu à marca crescimento em awareness, consideração e três Leões em Cannes.
“Elas na Direção”, para Chevrolet
Com o slogan “Para quem dirige a própria vida”, a campanha incentivou mulheres a tirar carteira de motorista e conquistar a liberdade que ela representa. A Chevrolet aportou R$ 1 milhão para proporcionar CNHs gratuitas a moradoras de periferias de todo o Brasil, e a Plano fez a seleção entre mais de 300 mil inscritas.
Escolhida como embaixadora, a filósofa Djamila Ribeiro protagonizou uma websérie com o passo a passo para obter o documento. Além de 90% de aceitação, a iniciativa gerou aumento de conversão em vendas e a melhor taxa de engajamento em campanhas da montadora nos últimos dois anos. “Quando você tem um propósito, consegue conectar mundos muito diferentes”, diz Vivi Duarte.
“Uma Princesa Puxa a Outra”, para Seda
Seda foi a primeira marca madrinha do Instituto Plano de Menina, ONG da Plano, e criou o movimento “Uma Princesa Puxa a Outra” em parceria com a Disney, Plano, Plano de Menina, PretaHub e a ONG Na Ponta dos Pés.
O objetivo era promover a autoestima e a representatividade de meninas negras, usando a princesa Tiana, do filme “A Princesa e o Sapo”, como inspiração para soltar os cabelos crespos e cacheados. O trabalho provocou aumento no engajamento, na fidelidade do consumidor e ganhou três Leões no Cannes Lions 2024.
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