O marketing de influência é uma estratégia amplamente consolidada no país, mas as barreiras para mensuração de resultados para os negócios das marcas ainda freiam os investimentos. É o que aponta a quinta edição da pesquisa “ROI & Influência 2024”, conduzida pelo Youpix em parceria com a Nielsen.
De acordo com o estudo, 88% dos profissionais de marketing consultados afirmam que suas marcas realizam ações remuneradas com influenciadores – confirmando a relevância da disciplina nas estratégias. E, para 76%, o marketing de influência é importante ou muito importante dentro do plano de comunicação, sendo que, para 41%, faz parte central da estratégia.
O objetivo do levantamento foi desvendar os desafios e as oportunidades do mercado de influência, fornecendo insights para marcas e profissionais. Para isso, ouviu 76 profissionais de empresas de diferentes áreas e portes, sendo 74% ocupantes de cargos de alto nível, como CEOs, diretores, gerentes e coordenadores. Do total, 46% estão em empresas de grande porte.
No ranking de canais de comunicação digital que inclui os influenciadores, eles ficam atrás apenas do Instagram como meio indispensável dentro dos planos de mídia. Segundo o estudo, os canais que não podem ficar de fora da estratégia foram Instagram (87% das menções); influenciadores (64%), Tik Tok (28%), sites (21%) e YouTube (21% ).
Quando perguntados para quais objetivos o marketing de influência produz os melhores resultados, os respondentes elegeram amplificação e awareness como o principal (mencionado por 62% dos profissionais). Em seguida, os mais citados foram: chegar a novas audiências (55%), traduzir mensagens da marca (43%), oferecer clareza na compreensão da mensagem (29%) e brand advocacy (28%).
Mas ainda há barreiras de mensuração para investir mais no setor, segundo os entrevistados. Quando questionados sobre os desafios que impedem sua marca de investir mais em marketing de influência, 57% afirmam que provar a efetividade do influenciador é um gargalo, seguido da dificuldade de quantificar o ROI (retorno sobre o investimento), para 55%. Também foram mencionados desafios como ser muito caro (33%) e baixa profissionalização (24%).
Apesar disso, 50% dizem que planejam as ações de marketing de influência a partir de métricas e KPI’s que contribuem para os objetivos de negócios da empresa. Outros 26% afirmam que o plano atende a outros objetivos de comunicação sem correlacionar com resultados de negócio. E 13% pensam mais estruturadas do ponto de vista criativo, mas sem um plano estratégico e de negócios.
Na escolha por um influenciador, para a maioria dos respondentes, os principais fatores que determinam a decisão têm relação com o branding. A afinidade do público-alvo do influencer com o target da marca foi o critério mais citado (57% de menções). Em seguida, aparecem confiança e credibilidade com a audiência (38%), criatividade ou originalidade do conteúdo (37%) e taxa de engajamento e nível de interação (37%).
Mas o que mais pesa para a marca voltar a trabalhar com o contratado é o resultado que ele entrega. Para 72%, a continuidade da parceria se dá porque o influencer atingiu boas métricas e KPIs. Também são importantes para a recontratação: o bom relacionamento (66%), entregas criativas (62%), ser engajado com a marca (37%) e entregar mais do que o contratado (26%).