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Jerome Cadier, da LATAM: Marta nos ajudará a aprender mais sobre diversidade

Imagem: Divulgação

Um dia antes de estrear na Olimpíada de Tóquio, com goleada de 5×0 contra a China, a jogadora Marta, da Seleção Brasileira de futebol, foi anunciada como líder global de diversidade e inclusão do Grupo LATAM. Segundo Jerome Cadier, CEO da companhia no Brasil, será uma relação de longo prazo na qual a empresa aérea assume uma posição de aprendiz. Marta será uma espécie de mentora, num processo de transformação cultural interno e externo, com o objetivo de fomentar a inclusão e a diversidade.

“A gente quer ser reconhecida como uma empresa mais diversa, inclusiva, e com um papel social na construção de um país melhor. Agora, esse é um caminho que a gente sabe que é longo e a gente precisa de ajuda. E a parceria com a Marta é para ajudar a LATAM a chegar onde a gente quer em diversidade, inclusão e equidade”, diz o executivo. Será, segundo ele, um trabalho que vai além do patrocínio. A atleta deverá participar de reuniões com funcionários e executivos da companhia, contribuindo ativamente para essa transformação.

Seis vezes eleita a melhor jogadora de futebol do mundo, Marta é embaixadora global da ONU Mulheres e Defensora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas), além de ter protagonizado a campanha internacional #GoEqual, pela igualdade de gênero no esporte.

Segundo o CEO, a LATAM já busca a equidade em seus quadros, mas passou por uma revisão que considerou as iniciativas ainda insuficientes. “A gente já vem trabalhando nisso, tem um histórico de programas de diversidade, a comandante feminina mais antiga é da LATAM. Mas a gente quer continuar com mais impacto e mais força. Isso vai ajudar nossa equipe interna a se conectar melhor com o nosso cliente, que é muito diverso.”

A ideia é realizar um trabalho conjunto com Marta para cada mercado onde a LATAM atua, pensando nas funções dentro de uma companhia aérea. “A gente sabe que a carreira de piloto é historicamente vista como mais masculina. E isso vem mudando nos últimos tempos. Já tripulantes de cabine é o contrário, é uma função vista como mais feminina que também vem mudando. Vamos construir metas para cada uma das funções da companhia, com o objetivo de aumentar a equidade.”

O que motivou essa revisão de metas de inclusão, segundo Jerome, foi o impacto da pandemia. “A crise da pandemia fez a gente, o setor de turismo e a LATAM especificamente, repensar muita coisa: no que queremos ser, qual o modelo de negócio, eficiência, sustentabilidade e, principalmente, qual impacto social queremos produzir”, diz.

Serão três frentes fundamentais para essa transformação: gênero, pessoa com deficiência e diversidade. “A gente tem comitês internos que serão repensados e redesenhados em função dessa parceria. A gente também trabalha com parceiros externos ou consultorias que vão nos ajudar nesse caminho”, diz, antecipando que novas parcerias devem ser firmadas em breve.

Jerome diz que a escolha de Marta gerou uma expectativa interna muito grande para que a parceria fosse concretizada, pela admiração que inspira, e pela sua representatividade. “É um marco muito importante no caminho que a LATAM escolheu”, diz. Mas ele faz questão de reforçar que, mais do que um patrocínio, é uma parceria. “Tem muito de recursos humanos nessa decisão. Não foi uma decisão só da equipe de marketing e vendas, mas da companhia como um todo, de todas as áreas. Foi uma torcida muito grande para que desse certo, e a coisa foi conquistando corações muito além da associação de imagem.”


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