Ele começou como office-boy na DM9DDB, de onde saiu como head de mídia digital. Com quase 25 anos de mercado, o publicitário Jairo Soares é um dos indicados ao prêmio Caboré 2017, na categoria profissional de mídia. Como ele mesmo diz, mergulhar no segmento de mídias digitais e antever sua importância estratégica quando poucos acreditavam foi o trampolim para a sua carreira. Hoje, como COO e head de mídia da Fischer, num cenário em que o digital ocupa lugar central das campanhas, a missão agora é encontrar formas inovadoras para unir a performance digital à experiência do consumidor.
É um desafio que, segundo ele, o mar de dados disponíveis por si só não resolvem. “Independentemente da mídia, se não tem uma boa história, com um bom lastro de produto, de marca e empresa, não adianta ter big data ou performance”, afirma. É preciso pensar em termos de resultados, sim, com ajuda das ferramentas tecnológicas. Mas, para que a ação funcione de fato, a comunicação precisa fazer sentido dentro da experiência do target, defende Jairo.
Ele antecipa que, agora em novembro, a Fischer vai lançar uma ação de marca que envolve um aplicativo de geolocalização e emissoras de rádio, ou seja: tecnologia de dados e veículos de informação unidos para entregar uma experiência com alcance preciso.
Mas a solução não estaria completa sem conteúdo de qualidade como base, segundo Jairo. “Tudo se liga na questão de usar a mensagem certa. Conteúdo está no nosso foco. No dia a dia buscamos esse tipo de projeto.” E essa preocupação também está nas parcerias com publishers digitais. “A gente conversa muito com o UOL Content_LAB, que traz uma visão diferenciada, de fazer a quatro, seis, oito mãos. Isso é de fato importante. Sentar e discutir é o diferencial. Dá mais trabalho, leva mais tempo, mas o resultado vem.”
Papel central na retomada da Fischer
Jairo chegou à Fischer em um momento de total transformação da agência. Foi em 2015, quando Eduardo Fischer, o fundador, retomava as rédeas da casa após anos de afastamento — ele havia vendido parte do grupo ao fundo de private equity Trindade Investimentos. “Ele precisava de uma pessoa que tivesse uma visão da gestão e também uma entrega de inovação. E eu sabia que participar desse processo seria um diferencial no futuro para mim.”
A Fischer fez uma retomada importante, diz Jairo. “Ganhou novas contas e vem fazendo movimentos para voltar a crescer. Fomos impactados pelo problema da J&F, mas a retomada que a gente desenhou desde o princípio quando entrei continua na mesma linha. Montamos um time muito bacana na liderança, novos negócios estão acontecendo, e tem um mundo digital onde a gente vai lançar muita novidade”