_Networking

Denis Onish, da Pluto TV: sinergia entre talento e máquina é desafio no uso de IAs

Imagem: Reprodução/Video

O mercado de comunicação faz uso das inteligências artificiais nos mais variados processos, desde a criação até a entrega de mídia. E um dos principais desafios dos líderes de marcas, agências e veículos é entender como conjugar o talento humano à eficiência das máquinas, de forma que a tecnologia não ameace postos de trabalho.

“O desafio é como encontrar a sinergia entre talento e máquina. Como a gente usa as inteligências artificiais de forma que ela simplifique o trabalho”, disse Denis Onishi, diretor comercial sênior da Pluto TV, durante o painel “Inteligência artificial em escala”, no Encontro Nacional dos Anunciantes. Também participaram do debate Hugo Rodrigues, Chairman do McCann Worldgroup, Daniella Brissac, VP Marketing Brasil & CCX LATAM na Kenvue, e Renata Vieira, Diretora de Marketing Sênior da Reckitt.

Na Pluto TV, segundo ele, a aplicação das IAs vai além das recomendações de conteúdo dentro da plataforma de streaming em si. Passa pelos testes de engajamento e otimização de anúncios e peças de comunicação criativa, e faz parte de processos criativos dos conteúdos de marketing. Porém, nas produções de conteúdo de entretenimento, é onde a questão da sinergia homem-máquina encontra pontos mais desafiadores.

“Quando a gente fala de conteúdos, talvez posts e coisas mais curtas, sem dúvida nenhuma, a IA gera coisas em 30 segundos de forma impressionante. Quando a gente fala de histórias, um dos pedidos dos roteiristas de Hollywood foi que não se trabalhasse em cima de roteiros criados por IA. Porque até que ponto estamos deixando o talento das pessoas para trás? Nos longa-metragens e nas produções de séries, talvez a gente demore muito para aplicar as IAs por conta desse processo de a indústria entender como trabalhar junto.”

Nas outras áreas da Pluto TV, o uso de IA é uma realidade do dia a dia. “Por outro lado, quando a gente fala de plataforma streaming, você já tem uma IA. Qualquer algoritmo que se coloque para recomendar um título já é uma IA, seja para mostrar uma seleção na hora de abrir o aplicativo.”

O executivo acredita que, de forma geral no mercado de comunicação, a tendência é de um aprendizado de como trabalhar em conjunto com as IAs. “Acho que a gente vai viver uma transição, como hoje a gente vê no supermercado, em que há o caixa funcionando ao mesmo tempo que o balcão de autoatendimento. Como tudo no mundo, a evolução da indústria tem impacto na substituição de mão de obra. Mas talvez isso abra outras oportunidades de trabalho que hoje não existem.”

Segundo Denis, a indústria da comunicação cada vez mais se depara com novas ferramentas de IA, capazes de realizar as mais diferentes tarefas. “A velocidade como que elas estão aparecendo é exponencial. Qualquer coisa que se tente aprender sobre IA, amanhã já mudou. Por isso, tem que ter alguém que olhe para isso, traga insumos. Todo o dia vai entrar uma tecnologia melhor. Tem ferramenta hoje que escolhe até a trilha sonora para um vídeo, com músicas felizes para os momentos felizes do vídeo. E isso fica pronto em cinco minutos.”


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo