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Caboré 2022: Desafio do ano foi disputar talentos, diz Carol Buzetto, da WMS

Imagem: Divulgação

A área de mídia vem, nos últimos anos, passando por uma transformação que a levou até o centro do business das agências, valorizando os profissionais. “Quando comecei, mídia era secundário, não tinha papel de protagonismo no negócio da agência. Hoje, é uma das operações que estão no core do negócio, tanto que a gente vê muitos anunciantes com operações de mídia, para você ver como é importante para gerar resultado”, afirma Carolina Buzetto, co-founder & CEO da WPP Media Services (WMS). Ela é indicada ao Prêmio Caboré de profissional de mídia do ano.

Liderada por Carolina, a WMS é o braço brasileiro de mídia da WPP que, gigante, hoje conta com 500 funcionários, e segue crescendo. Segundo a executiva, o projeto que oferece ferramentas globais de mídia se fez necessário pela complexidade da disciplina, que aumenta a cada ano.

“Quando você olha para as agências, o modelo foi desenhado numa operação antiga. E a mídia começou a criar tanta fragmentação e especialidade, que não adianta hoje achar que o profissional de mídia consegue cumprir o end-to-end. E não é só sobre digital, que tem o search, commerce, programática. A cada ano aparecem coisas novas, plataformas novas que não existiam e se tornam poderosíssimas”, diz.

De acordo com a CEO, para manter uma operação inteira de mídia treinada e atualizada, com pessoas seniores, foi necessário reformular a operação. “A gente olhou para a nossa casa – nós somos a maior holding de compradora de mídia do Brasil. E, como líderes, precisamos repensar o modelo, para estarmos mais preparados para o futuro e sermos melhores para os nossos talentos, construindo um ecossistema mais saudável.”

Esse trabalho resultou em diversos gols em 2022, com a chegada de novas contas e ampliação de operações já existentes. “Para a gente, foi um ano de colher o que a gente plantou no ano passado. Ganhamos grandes contas, montamos alguns hubs de mídia e operações grandes, como a de Coca-Cola, e tivemos crescimento em clientes como Samsung. Foi um ano positivo de resultados do que a gente se reestruturou.”

Com a marcha acelerada, a dificuldade de 2022 foi encontrar pessoas. “O desafio que a gente teve de maior no ano não é de WPP, mas de mercado. Mídia é uma área que está muito aquecida, e talentos de mídia estão cada vez mais disputados. A gente tem tentado muito entender como contribuir para a formação desse mercado, porque precisamos trazer pessoas novas para a base. E há muita demanda versus a oferta de talentos.”

Para isso, uma das iniciativas de 2022 foi abrir um programa de estágio bem-estruturado, com treinamento e formação. “Não é só contratar e jogar no time. A gente tem preparado os nossos líderes para fazer a formação correta, porque no final o nosso produto são pessoas, são talentos. Esse tem sido um ponto bem importante para a gente, para ter um ecossistema mais saudável e talentos melhores”

Segundo Carolina, o perfil do profissional de mídia também se transformou ao longo do tempo. “O mídia hoje tem de ser uma pessoa muito curiosa e analítica, porque precisa estudar muito. Cada vez mais tem de se atualizar. Quando a gente olha para o profissional hoje, procura isso. Tem de ter curiosidade e proatividade. Antigamente, o mídia podia ser mais passivo, porque as coisas chegavam mais prontas. Hoje, tem que ser alguém que provoca a agência e provoca os criativos.”


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