O social commerce não é só mais um entre tantos canais de vendas digitais disponíveis no momento. A tendência é que as compras por meio das redes sociais devam suplantar as demais plataformas até o fim desta década. A previsão é de dois estudos da Wunderman Thompson: “Social commerce – Canal de vendas online para superar todos os outros?” e “Ready Or Not – O líder do comércio digital”.
“Líderes de TI e comércio digital preveem que o social commerce deve se tornar o canal número um até 2029, superando marketplaces, sites de marcas e sites de varejistas”, considera o relatório “Ready Or Not”. Já o levantamento “Social Commerce” foi atrás de números junto aos consumidores para validar a tese. Ouviu 31.040 consumidores online, que realizam compras pelo menos uma vez por mês pela internet, em 18 mercados, incluindo o Brasil.
No estudo, 65% dos consumidores globais ouvidos disseram que compraram por meio de plataformas de mídia social em 2022. O número mostra um salto de 21 pontos percentuais em comparação com 2021 (44%). Entre os compradores digitais do Brasil, essa fatia está acima da média mundial, alcançando 72%.
E a tendência é aumentar: 53% dos respondentes globais pretendem comprar mais por meio de plataformas sociais no futuro. A partir dos comportamentos mapeados, o estudo projeta um crescimento da plataforma de vendas de 28,4%, entre 2021 e 2028, fazendo com que o social commerce “carregue um maior senso de urgência e oportunidade”.
Um sinal importante disso está no fato de que o crescimento das redes sociais como plataformas de vendas está sendo puxado pelos jovens, que tendem a cristalizar o hábito ao longo dos anos e influenciar as demais faixas etárias.
O número de respondentes jovens de 16 a 24 anos, que compraram nas redes sociais este ano, pulou para 78%, um aumento de 29 pontos. “Isso sugere que os compradores mais jovens não estão apenas migrando para o comércio social em massa, mas também estão inspirados a comprar”, considera o documento.
A fatia de entrevistados de 25 a 34 anos (76%) e de 35 a 44 anos (65%) que compraram um item nas mídias sociais este ano também aumentou – 21 e 15 pontos, respectivamente –, em relação ao ano passado. “Essas estatísticas apoiam ainda mais a visão de que o social commerce não está apenas aqui para ficar, mas crescendo a uma taxa exponencial, e que não é apenas para os jovens.”
As redes sociais também se mostram uma importante ferramenta, do topo ao fundo do funil de vendas: 83% dos usuários do Facebook e Instagram consultados dizem que descobrem novos produtos nas redes sociais; e 31% dos consumidores confiam nos canais sociais para encontrar ofertas da Black Friday.