Maior mercado do mundo, a China tem sido berço de inovações tecnológicas que ditam tendências relacionadas a comércio, marketing, economia digital e tudo o mais. Do shopstreaming à criação de super aplicativos, que combinam mensagens, vendas, pagamentos e entretenimento, muitas novidades que nasceram no gigante asiático se espalham pelo globo.
Em parceria com o Jing Daily, publicação especializada em consumo de luxo na China, um estudo da Wunderman Thompson Intelligence identificou tendências emergentes na região Ásia-Pacífico lideradas pela China. Segundo o report “Transcendent Retail: APAC”, todas as fronteiras tendem a se evaporar nos mercados, canais e mídia. E o varejo será digital e físico, personalizado e social, tudo ao mesmo tempo.
O UOL para Marcas selecionou três tendências que devem influenciar diretamente nas estratégias de marketing e comunicação para varejo no mundo entre 17 movimentos de mercado apontados pelo documento completo da WT:
1. Lojas clicáveis
As lojas físicas evoluíram para integrar o comércio digital na China, e se tornaram clicáveis. Com a pandemia controlada no país, o varejo tradicional foi reaberto repensando o conceito de loja física, com o desenvolvimento de experiências híbridas, unindo o melhor do on e off: atraentes visualmente com a funcionalidade do digital.
Não só marcas chinesas, como também ocidentais estão abrindo lojas-conceito na China, como a Burberry e a L’Oreal. Segundo o report, isso mostra que o varejo físico não será morto pelo comércio eletrônico na China, mas sua integração com o digital será determinante para o futuro dos negócios. Cada vez mais, os consumidores esperam que as compras integrem recursos do e-commerce.
2. Curta-metragem de marca
As marcas chinesas abraçaram o território dos filmes curta-metragem para suas narrativas, com o objetivo de criar conexões mais profundas com os consumidores. Segundo o relatório, alguns movimentos explicam a tendência: a queda da audiência da televisão, a migração para o streaming de vídeo e restrições locais a comerciais no horário nobre.
Com isso, marcas investem em criatividade além dos 30 segundos na China. A Lexus, braço de luxo da Toyota, patrocinou a produção de um curta do diretor Zhang Dalei, numa parceria com o Primeiro Festival Internacional de Cinema da China
3. Influenciador virtual
Ser humano não é pré-requisito para ser influenciador, e isso a gente sabe há tempos no Brasil com a Lu, do Magalu. Mas embora esses personagens também tenham surgido há tempos na Ásia, o ano de 2020 foi revolucionário para os avatares digitais na China.
Um exemplo é a plataforma de streaming de vídeo Bilibili, que reúne fãs de anime, quadrinhos e games. Durante a pandemia, ela funcionou como uma fábrica de criação de astros virtuais, desde o desenvolvimento de conteúdo até a tecnologia de realidade virtual (VR), hospedando shows de influenciadores virtuais, que atraíram investimento de patrocinadores.