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Projeto Comprova engaja eleitores no combate à desinformação sobre eleições

Imagem: Reprodução/Site

Para combater a desinformação na internet durante o processo eleitoral no Brasil, 24 organizações de mídia, entre elas o UOL, se uniram numa iniciativa conjunta. No ar desde 6 de agosto, o Projeto Comprova conta com jornalistas dos veículos de imprensa parceiros num esforço para desmentir boatos, “fake news” e notícias fraudulentas que viralizam no ambiente digital.

“O UOL foi um dos primeiros veículos a assumir o compromisso de implementar o projeto no Brasil por entender que as notícias falsas e a desinformação representam risco real para a democracia”, diz Rodrigo Flores, diretor de Conteúdo do UOL. Com isso, a empresa que desde o ano passado mantém o UOL Confere, serviço próprio de fact checking, ainda reforça sua posição em defesa da internet como ambiente seguro.

O engajamento da audiência movimenta o serviço. Por meio de um número de WhatsApp (11-97795-0022), o público denuncia conteúdos suspeitos sobre eleições. Após o trabalho de apuração jornalística, cada denunciante é encorajado a compartilhar com seus contatos a informação verificada. Até o dia 20 de agosto, foram recebidas 1.127 mensagens com pedidos de checagem pelo WhatsApp. E o alcance da página no Facebook chegou a 429 mil pessoas, sendo 11 mil seguidores.


O Comprova é coordenado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e nasceu a partir de uma iniciativa do First Draft, projeto do Centro Shorenstein da Harvard Kennedy School (EUA). Recebe apoio do Projor (Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo), além de treinamento e apoio técnico e financeiro do Google NewsInitiative e do Facebook Journalism Project.

Para Daniel Bramatti, presidente da Abraji, abrir um canal de participação de usuários do WhatsApp é uma iniciativa que leva o serviço de fact checking para uma plataforma digital que, até então, era um ponto cego. “Como o WhatsApp não é uma rede aberta e seu conteúdo é criptografado, só com a ajuda dos usuários poderemos responder ao conteúdo enganoso que circula na plataforma”, afirma.

Como funciona

O eleitor que desconfia da veracidade de algum material compartilhado na internet sobre eleições deve salvar o número 11-97795-0022 na lista de contatos de seu celular. Em seguida, deve encaminhar uma mensagem via WhatsApp solicitando a checagem do conteúdo suspeito e oferecendo o link, print ou o arquivo em qualquer formato, como foto, áudio, vídeo e texto.

O grupo de apuração, formado por profissionais das 24 empresas de mídia parceiras, verifica as informações. O objetivo é checar o maior número possível denúncias, dando prioridade a conteúdos amplamente divulgados, ou que têm potencial de desinformar uma grande parte do eleitorado.

Todos os conteúdos verificados ficam disponíveis no site projetocomprova.com.br, em formato de ficha técnica. Nenhum conteúdo é publicado até que pelo menos três diferentes redações concordem com as etapas de verificação, em um processo conhecido como “crosscheck”. Os veículos participantes da checagem são indicados no texto.

As organizações de mídia envolvidas no Comprova são AFP, Band News, Band TV, Canal Futura, Correio do Povo, Exame, Folha de S.Paulo, GaúchaZH, Gazeta Online, Gazeta do Povo, Jornal do Commercio, Metro Brasil, Nexo Jornal, Nova Escola, NSC Comunicação, O Estado de S.Paulo, O Povo, Poder360, Rádio Band News FM, Rádio Bandeirantes, Revista piauí, SBT, UOL e Veja.

Material pode ser reproduzido e será estudado

O material tem licença autoral no regime de Creative Commons, ou seja, pode ser republicado por qualquer veículo interessado, desde que o conteúdo não seja alterado e seja oferecido o devido crédito ao Comprova.

A partir do materiais denunciados, pesquisadores da Harvard Kennedy School, parceira do projeto, irão investigar os padrões de circulação de conteúdo enganoso no país. As descobertas ajudarão a informar a imprensa sobre as melhores práticas para combater a desinformação.

Também são parceiros Institucionais a ANJ (Associação Nacional de Jornais no Brasil); o escritório do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Harvard; o Projor; a FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado); a agência Aos Fatos e a RBMDF Advogados. Os parceiros de tecnologia incluem CrowdTangle, NewsWhip, Torabit, Twitter e WhatsApp.


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