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Em ano de volta à rua, beleza e autos lideram alta de gastos em publicidade digital

Imagem: Ziphaus/Unsplash

O ano de 2023 está sendo marcado pelo fim oficial da emergência da pandemia de Covid-19 e pelo pleno retorno das atividades presenciais de trabalho e lazer. Com isso, a publicidade digital foca seu investimento em jornadas de consumo associadas à volta das pessoas à rua e à vida social, segundo o relatório “Digital Ad Spend 2023/H1”, elaborado pelo IAB Brasil, com dados da Kantar Ibope Media.

De acordo com o levantamento, os setores de beleza e automóveis, por exemplo, mais do que dobraram seus gastos em anúncios digitais no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Líder na alta de investimentos, o setor de beleza aumentou em 113% sua injeção de verba, seguido do segmento automotivo (+104%).

No top 5 das áreas que mais cresceram seus investimentos, também tiveram alta expressiva os nichos farmacêutico (+60%); de bebidas (+54%) e vestuário (+37%). Por outro lado, segmentos que foram destaque no início do isolamento social, agora estacionam ou retraem gastos. É o caso de educação, com queda de 21% nos investimentos em publicidade digital, seguida de telecom e serviços, ambas as áreas com retração de 8%.

No primeiro semestre de 2023, o investimento total em publicidade digital alcançou R$ 16,4 bilhões. Isso representa uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

No share de participação, o formato vídeo foi o que recebeu a maior fatia da verba (37%), aumentando em dois pontos percentuais sua fatia em relação ao ano passado. Isso mostra uma valorização do conteúdo e dos contextos nas estratégias. O formato foi seguido de display (33%) e search (30%). Na participação de devices, mobile (76%) se sobrepõe ao desktop (24%) na concentração de gastos em anúncios digitais.

Relevância digital

O estudo também investigou comportamentos de consumo digital, para compreender os impactos do retorno das pessoas às ruas no uso dos meios. O entendimento é que a tecnologia não deixou de ser relevante nas experiências e dia-a-dia dos consumidores, pois ela os acompanha.

Entre os entrevistados, o índice de confiança na nuvem para manter os dados seguros subiu para 53% no primeiro semestre de 2023, dois pontos percentuais acima do mesmo período de 2022. As pessoas também se sentem perdidas sem o smartphone (58%, alta de um ponto). E elas consideram importante sincronizar todos os seus aparelhos eletrônicos (61%, alta de três pontos).

A relação com as marcas também evoluiu no semestre. Entre os respondentes, 40% costumam seguir as marcas nas redes sociais (alta de um ponto em relação ao mesmo período do ano passado). A maioria (50%) diz que frequentemente usa a internet para planejar compras (mesmo índice do período anterior). E 58% consideram que comprar online faz a vida mais fácil (alta de um ponto percentual).


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