O momento é de ascensão do live marketing. A ferramenta voltou com força total no retorno dos eventos sociais pós-pandemia. Mas, se antes a estratégia já se mostrava poderosa, hoje, num cenário de integração do mundo físico ao digital, os resultados são cada vez mais potencializados, segundo Silvana Torres, presidente da Mark UP, agência especializada na disciplina.
“A combinação do live marketing com ativação digital em eventos de entretenimento pode ser uma estratégia poderosa para atingir objetivos de branding e vendas das marcas. Isso ocorre porque essa abordagem permite que as marcas se conectem de forma mais profunda com o público-alvo, criem experiências memoráveis e explorem oportunidades de engajamento em tempo real”, afirma a executiva.
Isso porque, nessa integração físico-digital, as marcas podem acompanhar por meio de dados a jornada completa do público com a ativação, podendo criar experiências e ofertas customizadas. “A coleta de dados sobre gostos, preferências de gênero, idade e localização dos participantes pode ajudar as marcas a personalizarem suas abordagens. Isso pode resultar em ofertas que se alinham com os interesses individuais dos consumidores.”
Além disso, há a oportunidade de o engajamento das marcas com as pessoas impactadas pelas ativações ocorrer enquanto a ação acontece. “As marcas podem utilizar a coleta de dados em tempo real durante eventos para interagir com os participantes de forma mais relevante, o que pode incluir promoções especiais, concursos e atividades de engajamento que respondem às preferências e comportamentos do público no momento.”
Segundo ela, essa é uma estratégia que, para além das vendas, tem ainda a função de amplificar a ação. “A ativação digital em eventos desempenha um papel fundamental no diálogo com as marcas. Ela cria oportunidades para engajar o público de maneira interativa e compartilhável, o que pode gerar discussões, interesse e buzz em torno da marca. E, sabemos o quanto as redes sociais, por exemplo, possuem escalas exponenciais de divulgação, seja de uma mensagem ou no compartilhamento de alguma experiência.”
Portanto, é uma estratégia que, mesmo localizada, pode ganhar escala. “Ao envolver o público, incentivar a criação de conteúdo compartilhável e facilitar a interação online, as marcas podem aproveitar o evento como um catalisador para gerar interesse e discussões positivas sobre elas, fortalecendo assim seu posicionamento e aumentando significativamente sua visibilidade.”
Tudo isso combinado com geração de conteúdo de marca atento a tudo o que acontece. “Daí é natural pensar em ativações como foco na geração de conversas. Alguns exemplos são o engajamento interativo, conteúdo compartilhável, hashtags e tendências, transmissões ao vivo, coberturas em tempo real, experiências compartilháveis, interação em tempo real, entre muitas outras. O universo aqui é tão amplo quanto as possibilidades de alcance das redes.”
Quanto mais alinhada ao público, por meio de dados, mais efetiva é a ativação, podendo inclusive, trazer insights para o negócio, segundo Silvana. “O que vale é a compreensão daquilo que os clientes buscam no relacionamento com suas marcas. Hoje, ele não quer mais ser agente passivo, receber uma comunicação ou uma oferta e simplesmente comprar aquilo que deseja. O consumidor deseja viver uma experiência com a marca que admira. Quer fazer parte da sua jornada, ser considerado, ter voz ativa, muitas vezes no próprio desenvolvimento dos produtos ou serviços.”