Marcas de toda natureza estão direcionando seus investimentos para experiências em múltiplos canais físicos e digitais, acompanhando a evolução das novas tecnologias. Esse movimento não é diferente para a indústria da informação e do entretenimento, que se vê frente a desafios que transformam seus modelos de negócios, segundo o relatório “Publisher Insights 24”, realizado pela GoAd Media, com apoio do UOL.
O conceito de omnicanalidade não é novo, mas hoje “entra numa era em que está cercada pela ubiquidade, que é a onipresença da conectividade e da digitalização dos canais, mesmo nas experiências físicas. É preciso hoje considerar que as jornadas são ubíquas e as pessoas estão todas conectadas”, afirma José Saad Neto, head de insights da GoAd Media.
Com isso, publishers e distribuidores de informação cada vez mais ampliam suas áreas de atuação por meio de parcerias e união de forças. “Nós vemos grupos de mídia e publishers estendendo suas marcas por meio de colaborações, fusões e aquisições”, diz Saad. O relatório completo está disponível ao mercado e pode ser apresentado in company no formato roadshow, oferecido pelo UOL a marcas e agências parceiras.
O levantamento foi elaborado a partir de curadoria de ideias e cases em grandes festivais internacionais de mídia, publicidade e criatividade, como Cannes Lions e DM Exco 23, e se soma a entrevistas com líderes da indústria e social listening. O objetivo foi identificar insights e tendências liderados por publishers nas suas relações com as marcas.
Veja três movimentos que devem influenciar o mercado dos publishers em 2024, na sua relação com as marcas:
Parceria com plataformas de Connected TV
A Connecetd TV abre uma nova fronteira de mídia e uma nova frente de investimento e geração de receita. “Por meio de apps proprietários e parcerias entre dispositivos e produtores de conteúdo, os publishers estão conseguindo incorporar esse inventário dentro do seu modelo comercial. A gente tem, numa ponta, os publishers com novos formatos de mídia e, na outra, os anunciantes colhendo os frutos desses investimentos piloto”, diz Saad.
Furando bolhas com influenciadores
Os grupos de mídia e informação estão procurando se posicionar como marcas influentes, e isso se dá por meio de parcerias para distribuição e relevância do conteúdo para determinadas comunidades. “Aqui as parcerias com redes de influenciadores e creators são fundamentais. Os publishers entendem que, para furar bolhas e entrar em comunidades específicas, a influência e os creators são essenciais como redes de parceiros.”
Distribuição por apps de mensagem
A distribuição conversacional é uma das tendências dentro dos grupos de informação, mídia e jornalismo, acompanhando novos contextos culturais especialmente em países como Brasil, Índia e Indonésia, segundo o relatório. “Os publishers intensificam a distribuição de conteúdo em plataformas de mensagens. Embora essa relação não tenha começado de forma muito positiva, já que essas plataformas serviram como distribuição de fake news nos últimos anos, os veículos entenderam que essa ferramenta é essencial para alcançar as pessoas, e passaram a otimizar e distribuir seus conteúdos.”
