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IAB Next: Para a Kantar, TV 3.0 irá transformar o cenário da publicidade no Brasil

Imagem: Divulgação

O brasileiro ama TV. E a sua forma de consumir conteúdo televisivo deve passar por uma revolução, na transição para a TV 3.0. Nessa transformação, o que existe no horizonte para as marcas? Que comportamentos devem ser observados? E como a nova tecnologia irá ditar novos parâmetros de publicidade? Esses foram alguns dos pontos principais da discussão no painel “Além da tela: o Brasil de olho na TV 3.0”, durante o evento IAB Next, nesta terça-feira (24).

Para a Kantar Ibope Media, o projeto tem tudo para dar certo no país, pensando no quanto o brasileiro gosta de TV. “Ele é plural, com diferenças regionais, de cultura e classes econômicas – e tudo isso tem de ser levado em consideração –, mas quando se compara o tempo de consumo de TV do brasileiro em relação a outros países da América Latina, o Brasil lidera”, afirma Paula Carvalho, diretora comercial de media owners na Kantar. Ela participou do debate ao lado de Luis Camargo, business development, media & entertainment no Google TV, e Ana Eliza Faria, senior regulatory manager na Globo.

Segundo a executiva, o Brasil é um mercado maduro quando se fala de métricas digitais, porém, elas ainda são olhadas de maneira isolada das mídias tradicionais. “A sacada da TV digital é juntar o melhor dos dois mundos. A gente está a um login de distância para ter. métricas comparáveis. Já existe um caminho, o que precisa é identificar como operacionalizar o volume de informação a que temos acesso.”

A TV 3.0 irá possibilitar cruzar dados tanto das emissoras como dos fabricantes, sempre tendo no horizonte o LGPD, o que cria um ambiente cheio de possibilidades para a publicidade. “Pensando nas marcas, existe uma oportunidade incrível, de entrar para o universo olhando da TV olhando de forma mais pragmática, com possibilidade de segmentar não só conteúdos como anúncios, e otimizar isso. E, através de toda regionalização e segmentação, trazer novos anunciantes para essa conversa.”

Além disso, o dispositivo chega com o diferencial de oferecer um ambiente seguro para a publicidade. “Quando a gente fala de programática, precisamos lembrar que a TV tem um conteúdo extremamente premium. E isso tem valor quando se fala do propósito de marca.”  E, pensando em inventário, em relação a formatos, não há nada completamente novo ainda, segundo ela. “Mas há a possibilidade de dar escala para grandes formatos, como banner clicável, live commerce.”

Para Paula, a TV 3.0 irá possibilitar unir os dois mundos, da TV linear e a digital. “Pensando em marca, a TV linear, em único dia consegue alcançar mais da metade da população brasileira e chegar a um objetivo de forma muito rápida. E na segmentação digital, é uma construção de mais tempo. Todas essas pontas do ecossistema precisam estar alinhadas. A TV fala com todo mundo, com todas as gerações, classes sociais. E isso é algo precioso para o mercado.”


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