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Estudo mostra que IAs são populares no Brasil, mas há preocupação com privacidade 

Imagem: Mojahid Mottakin/Unsplash

As inteligências artificiais (IAs) estão no cotidiano das pessoas, seja no trabalho, nas tarefas diárias, no uso de aplicativos. E elas estão, na grande maioria, conscientes disso. Mas como está sua percepção em relação a essa tecnologia? O “Relatório Inteligência Artificial”, realizado pela Opinion Box, foi atrás de responder essas questões, para entender seus usos e preocupações.

Entre os respondentes do estudo, cerca de 90% utilizam ou já utilizaram algum tipo de IA. A maior parte diz ter apenas uma noção básica sobre o tema (68%), enquanto 23% declaram ter um bom entendimento. O perfil de quem mais entende de IA é de homens, de 16 a 29 anos, que trabalham em empresas privadas..

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas conectadas à internet, por meio de questionário online, distribuídas por todas as regiões do país, segundo parâmetros do IBGE de gênero, faixa etária e perfil de renda (classes ABCDE). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

O sentimento em relação às IAs é ambíguo. Ao mesmo tempo que a maioria é otimista em relação às suas aplicações e funcionalidades, predomina também a preocupação com seus impactos negativos no trabalho e na privacidade de dados. Quando leem ou ficam sabendo de algo relacionado ao tema, 36% se dizem animados; 22% se sentem apreensivos; e um terço se diz tanto animado quanto apreensivo.

A maioria dos entrevistados (57%) acredita que a inteligência artificial pode ter um impacto positivo ou muito positivo na sociedade. E 43% acham que a tecnologia pode contribuir para a solução de problemas globais, como mudanças climáticas e escassez de recursos.

Por outro lado, a maior parte (77%) se preocupa em relação à privacidade e à forma que a tecnologia coleta e analisa dados pessoais. E 46% declaram ter medo da falta de limites de aplicações para as inteligências artificiais. Metade (51%) entende que não devemos ter medo da inteligência artificial, e sim aprender a usá-la do jeito certo.

A ferramenta é popular. Apenas 11% dos entrevistados declaram nunca ter usado produtos ou serviços que envolvem inteligência artificial, como assistentes virtuais e recomendações personalizadas. Entre os que utilizam, mais de um terço (36%) diz fazer uso da tecnologia diariamente.

Na aplicação cotidiana, para 47% das pessoas, a principal utilidade das ferramentas de IA é ajudar em tarefas do dia a dia e organização pessoal. Em seguida, a opção mais citada foi o auxílio nas tarefas do trabalho (45%), mas também chama atenção que 44% das pessoas ouvidas veem utilidade para pesquisar e aprender temas de interesse pessoal.

A sondagem também trouxe um recorte com 721 profissionais que declararam trabalhar em empresas privadas. Entre eles, 48% dizem que a companhia utiliza alguma solução de inteligência artificial.

Entre os principais benefícios que eles enxergam, a principal é facilidade para lidar com grande volume de dados e informações (citada por 53%); automação de tarefas tediosas (39%); melhora na precisão de resultados (38%); maior eficiência na hora de cumprir tarefas (37%); e criação de textos (30%).

O risco de substituição da mão de obra humana pela máquina divide opiniões: 41% concordam que somos insubstituíveis no trabalho; 32% não têm certeza; 27% acham que máquinas substituirão pessoas. Para 67% dos entrevistados, quem não aprender a usar a ferramenta pode ficar em desvantagem no mercado de trabalho.


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